Sunday, April 29, 2007

Gorillaz – O Fim Da Linha

Damon Albarn anunciou que os Gorillaz, o seu projecto virtual, não irão lançar mais nenhum álbum de originais. Na calha está apenas um filme com as personagens animadas da banda virtual. A banda sonora será ainda composta no formato “Gorillaz” mas, à mesma, não se poderá chamar álbum de originais. Como tal fica aqui a revisão crítica aos álbuns editados pela banda de Murdoch e 2D.



"Gorillaz"

Os Gorillaz nascem da separação - que se diz temporária - dos Blur no virar do século, mais exactamente no ano 2000, no auge do apregoar do fim do mundo que é como quem diz da humanidade. Damon Albarn era o mentor e o carvão necessário para a locomotiva animada funcionar. Virtualmente a formação da banda era constituída por 2D na voz, Noodle na guitarra, o pervertido Murdoc no baixo e redondo Russel na bateria.

Gorillaz é uma panóplia de estilos musicais, há rap em “Clint Eastwood” e “Rock Da House”, trip hop espalhado por todo o álbum, ritmos latinos em “Latin Simone” e Rock em “Punk” e “M1 A1”, referindo apenas os mais óbvios. Vai do clima festivo de “99-2000” a toadas mais calmas e baladeiras como “Tomorrow Comes Today”.

Bem recebido pela crítica e pelo grande público, os Gorillaz já podiam regozijar-se por não obterem sucesso, apenas, por possuírem uma imagem diferente e original.

8/10

"Demon Days"

Demon Days, o segundo e último de originais dos Gorillaz, foi melhor recebido pela crítica mas menos fervorosamente acarinhado pelo grande público. Compreende-se. É um álbum mais adulto que a estreia homónima.

Arranca com a melhor canção do disco: “Last Living Souls” é Damon Albarn no seu melhor. A música aqui pode ser de facto mais adulta mas, ainda assim, por vezes, torna-se tão festiva como no antecessor. Exemplos em “Dare” e “Dirty Harry”, ambos, óbvios singles retirados do álbum. A confusão de estilos também é herdada, sendo que há rap em “Dirty harry”, “November Has Come” e de certo modo em “Feel Good Inc. ”El Manana” e “Every Planet We Reach Is Dead” são trip-hop e “White Light” rock.

O segundo álbum dos Gorillaz não era para todos. Nem toda a gente o aceitou e poucos saberiam que seria uma despedida - em grande - de um dos projectos mais marcantes do século XXI.
7/10

Curiosidades:

  • Não foram apenas os dois álbuns de originais acima críticados que os Gorillaz editaram. Foi editado ainda um álbum entre os Gorillaz e os Space Monkeys. O nome do projecto era Space Monkeys Vs. Gorillaz e o álbum chamava-se "Laika Come Home".

Discografia:

  1. Gorillaz (2001)
  2. G-Sides (2002)
  3. Laika Come Home (2002)
  4. Demon Days (2005)

Videografia:

3 comments:

Alexandre Pereira said...

Sempre adorei esta banda, pois de certa forma, foram estas personagens virtuais que me apresentaram ao mundo da música. Com todos aqueles aglomerados de sonoridades, me contagiaram. Acho que as notas estão bem atrubuídas, mas falta o primeiro álbum deles. Também gostei bastante desse.

Boa crítica.

Boas

Pedro Arnaut said...

O primeiro álbum foi o "Gorillaz" que está aqui criticado. Omiti foi o de remisturas lançado entre os 2 de originais.

Alexandre Pereira said...

Eu acho que não, porque nesse álbum tem a música que até apareceu no Fifa 2002, a 19/2000 (acho que era ssim). Nesse que criticaste está tipo um remix dessa mesma música. Mas se calhar o álbum que estou a falar é mesmo esse de remisturas..