Monday, August 27, 2007

Ozzy Osbourne - Black Rain

Aos 60 anos de idade, o mais mediático membro da família Osbourne, o velho Ozzy dá sinais de vida. Passaram-se seis anos desde o seu último registo de originais, "Down To Earth". "Black Rain" é uma prova de vitalidade.

Hoje em dia mais conhecido por um polémico programa televisivo e um não menos polémico festival de música pesada, Ozzy faz-se acompanhar do seu companheiro de sempre, o guitarrista Zakk Wylde. A formação fica completa com Blasko no baixo e Mike Bordin na bateria.

E que forma de começar o álbum senão com dois decididos pontapés nas dúvidas? "I'm Not Going Away" e "I Don't Wanna Stop" tratam de clarificar o amor do vocalista dos Black Sabath pela música, e acaba o mesmo com a prova que não é apenas conversa – "Countdown´s Begun" e "Trapdoor" são as faixas mais pesadas de um belo álbum de metal que cheira a anos 80.

Ao nono álbum de estúdio, Ozzy Osbourne parece não querer ficar por aqui.
8/10

Sunday, August 26, 2007

Youtube: Greenday - Jesus Of Suburbia Vs Brian Adams - Summer of 69














Não está em causa a diferença de qualidade das duas canções, mas sim um riff de guitarra. É constactar aos 2 ' 23 '' do vídeo dos Greenday e aos 32 '' do vídeo de "Summer Of 69". Uma referência a Silvana Querido, que foi quem detectou tais semelhanças.

Greenday - Jesus Of Suburbia -> http://youtube.com/watch?v=T2rlX0rF2oE

Brian Adams - Summer of 69 -> http://youtube.com/watch?v=ZpucUihZ4HE

Youtube: Queens Of The Stone Age - Sick, Sick, Sick (Vídeo Alternativo)















Se o vídeo oficial estava de "Causar Náuseas", o alternativo altera a classificação para "Pecaminoso". Um vídeo com pouca roupa, como os Queens Of The Stone Age nos vêm habituando.

Friday, August 24, 2007

Gogol Bordello - Super Taranta

Eugene Huntz, vocalista, líder e cara mais notada dos Gogol Bordello abandonou a Ucrânia após a catástrofe de Chernobyl, partindo então para os Estados Unidos da América, sendo nesse mesmo país que criou, tempos depois o seu projecto: Gogol Bordello. Já vão para 10 anos que eles andam aí, se bem, que não se tenha dada a devida importância à trupe mais entusiasmante do momento, no que a actuações ao vivo diz respeito. Na sua formação encontramos um Russo, um Ucraniano, um Israelita, um Etiópico, um Americano e duas asiáticas.

"Super Taranta" é já o quinto álbum da banda e, é sem dúvida, o álbum que os vai catapultar para o mainstream. Com todo o mérito, diga-se. "Super Taranta" representa na perfeição o melhor Gipsy-Punk dos nossos tempos...e alguém mais o pratica? É nessa inovação que os Gogol Bordello conseguem destacar-se. Juntam o citado Gipsy-Punk com alguns toques de World-Music e fazem jus a referências como os Pogues e os Clash. Punk? Sim, Punk! Mas é um Punk anárquico, completamente sem regras.

Nota para dois temas que ficarão recordados quando se mencionar o ano 2007: "Ultimate" e "Wonderlust King", este último contêm uma energia inesgotável e é momento alto nas actuações ao vivo.

Está no segredo dos Deuses, o porquê dos Gogol Bordello só agora saírem da toca. Podem-se arranjar justificações na colaboração com Madonna no Live Earth na canção "La Isla Bonita" ou poderá simplesmente referir-se que "Super Taranta" é o melhor álbum da trupe. O que realmente interessa é que finalmente se fazem notar.
8/10

Youtube: Mão Morta - Despedida ao Rock em Paredes de Coura
















"Paredes de Coura 07" foi generoso em bons concertos: Sparta, Gogol Bordello, New York Dolls, Linda Martini ou Cansei de Ser Sexy vão deixar saudades, mas também os Mão Morta com a agravante de Adolfo Luxuria Cabibal ter anunciado que seria o último concerto em formato Rock da banda. Dois vídeos de possível último concerto da banda:


e

Wednesday, August 22, 2007

Marilyn Manson - Eat Me, Drink Me

Ao sétimo álbum, Marilyn Manson parece estar a passar pela fase menos conturbada dos seus 38 anos de vida. Ninguém diria que após o último e fatídico ano - divorcia-se de Diva Von Teese caindo, por consequência, numa depressão curada pela sua nova diva, Evan Rachel Wood - Manson lançaria o álbum mais pop (passe-se o exagero) da sua carreira.

Salta à vista que desde os tempos em que dava os primeiros passos, quando lançou o seu primeiro álbum (“Portrait of an American Family “) com a ajuda de Trent Reznor (Nine Inch Nails) até hoje, Mr. Manson era senhor de um respeitável metal industrial. Pode-se verificar que com "Eat Me, Drink Me", Mr. Manson dedicou-se ao Rock industiral.

Marilyn Manson revela também aqui, todo o seu fascínio pelo mundo mágico de "Alice no País das Maravilhas". Esse fascínio revela-se no próprio título do álbum, uma óbvia referência aos episódios em que a protagonista se depara com uma chávena de chá e um bolo, que pedem para que a mesma os beba e coma, respectivamente. De destacar que Manson vai lançar um filme com uma visão distorcida da história.

Há também uma mudança de postura do Anti-Cristo. Se no início a mesma se situava entre o visual Glam-Rock e o de um adorador de Satã, agora Manson limpou a imagem tornando-se numa mais normal personagem.

38 anos de idade. Manson já não está para loucura desenfreada de outros tempos. Sim é verdade que o vídeo do single de apresentação, "Heart-Shaped Glasses", é uma excepção, mas apenas ao nível audiovisual. Evan Rachel Wood a nova Mrs. Manson aparece no vídeo. Não há grandes canções em "Eat Me, Drink Me". O single "Heart Shaped Glasses" é o melhor momento do álbum. A mensagem, essa continua negra.

5/10

Tuesday, August 21, 2007

Youtube: Eddie Vedder, o homem-aranha















Eddie Vedder - qual homem-aranha - escala colunas, sobe ao cimo do palco. Volta a fazer o mesmo caminho mas de forma descendente. A canção - "Porch" - deixa de ter qualquer importância. Eram os Pearl Jam do ínicio da década de 90!

Vídeo - http://youtube.com/watch?v=IWgUXmbOEE4

Youtube: The Fall of Troy - Cut Down All The Trees

















"Cut Down All The Trees" é o primeiro single do novo álbum da banda Hardcore Fall Of Troy. Não é um poço de genialidade audiovisual. Na verdade dêem-lhes um estúdio que eles fazem a festa.

Vídeo - http://www.youtube.com/watch?v=T3qOa2K1-VY

Brincando aos Clássicos - System Of A Down - Toxicity

"Toxicity" é o álbum que coloca os System Of A Down (SOAD) nas bocas do mundo e o verdadeiro marco na história da banda Armena. Um verdadeiro clássico do metal no século XXI e uma das maiores pérolas nesse período editadas. A partir daqui seria sempre a crescer, até chegarmos aos incríveis primeiros lugares obtidos no TOP da Billboard, aquando da edição do de "Mesmerize" e, seis meses depois, "Hypnotize".

E muita coisa mudou desde o segundo álbum de originais dos System Of A Down. "Toxicity" é do tempo em que Serj Tenkian era a voz principal do projecto. "Toxicity" é do tempo em que os SOAD eram desvarios sónicos, que transformavam canções em momentos de imparável energia como são exemplo "Prison Song", "Needles", "Deer Dance" ou "Jet Pilot". Mas "Toxicity" é também o que vislumbrávamos nos SOAD antes da recente interrupção por tempo ilimitado. A sensibilidade de refrães como "Atwa", "Chop Soey", "Toxicity" ou a pseudo-balada que é "Aerials" ou a mistura de estilos e sub-estilos que vai do Speed metal, ao trash metal com algum simples rock à mistura.

"Toxicity" é o álbum que transformou os SOAD em certezas depois dos um disco anterior que lhes havia colocado como promessas. É o álbum que faz a transição do underground para o mainstream e os torna os monstros que são hoje – uma das maiores bandas da música extrema actual.

Sunday, August 19, 2007

Static X - Cannibal

Ao quinto álbum, os Static-X encontram boas razões, para continuar a sua caminhada pelo metal industrial.
Os elementos que tornaram a banda Wayne Static continuam lá – electrónica, beats e samples misturados com riff's rasgados a piscar meio olho aos System of A Down. Mas há pequenas diferenças que tornam "Cannibal" num dos melhores álbuns da banda Norte-Americana.

As vocalizações do líder incontestado da banda, Wayne Static, estão mais agressivas e os riff's bem mais pesados, contando "Cannibal com a bem-vinda adição de solos de guitarra. Resumindo: "Cannibal" é o mais pesado álbum da carreira dos Static-X. E se o termo brutal é nos dias de hoje tão raramente bem empregue, os Static-X dão-nos razões para o empregar de forma nostalgicamente perfeita.

As canções são curtas, não passando dos três minutos e meio de duração. A lírica da banda continua a passar, na maior parte das vezes por enumerar conjugações verbais ou adjectivos vários, que na sua maioria remetem para uma só temática: a morte. O objectivo parece ser o de contar mórbidas histórias com o mínimo de vocabulário possível. De outra maneira o metal dos Static-X não resultaria.

Depois da desilusão que foi "Start A War", os Static-X dão um decidido passo em frente, na altura em que a banda edita pela primeira vez um álbum com a mesma formação.

7/10

Black Rebel Motorcycle Club - Baby 81

É impossível não associar a guitarra eléctrica da capa de "Baby 81" ao regresso das mesmas à música dos Black Rebel Motorcycle Club (BRMC). Os BRMC regressaram ao bom e velho Rock N' Roll."Baby 81" é um dos melhores registos do ano do género.

Depois de dois agitados primeiros álbuns de originais, o primeiro editado em 2001, de onde saiu o tão badalado tema "Whatever Happened to My Rock N' Roll?" e o segundo editado em 2003 – o trio sentiu a necessidade de colocar o peso de lado, dando então lugar à veia acústica que nunca lhes havíamos reconhecido. Estávamos em 2005 e "Howl" não era um mau álbum, mas sentiu-se que BRMC sem guitarras eléctricas seria o mesmo que uma bicicleta sem travões ou automóvel sem condutor: funciona, mas de forma limitada. “Howl” era portanto um passo tão atrás como "Baby 81" é um em frente.Grandes canções como "Took out a loan", "Berlin", a balada midtempo "All You Do Is Talk", ou o estupendo primeiro single "Weapon of Choice" - que revela a continua veia política da banda - provam que é neste campeonato que os os BRMC conseguiram e conseguirão os maiores feitos da sua carreira.

Ao quarto álbum de estúdio os BRMC voltam a pegar nas guitarras e tentam salvar o Rock. Salvar o Rock talvez seja exagerado, mas o trio Norte-Americano consegue fabricar um dos melhores álbuns do ano.

8/10

Thursday, August 16, 2007

Youtube: Smosh - Tranformers Rap















Têm fama de gozões e pelos vistos não desdenham o proveito. Como usar o humor para rappar a canção dos Transformers. Sim! Esses do filme que tem sido por demais publicitado.

Vídeo -> http://www.youtube.com/watch?v=0_T-RGXKGS8

Groove Armada - Soundboy Rock

Longe vão os tempos áureos dos Groove Armada, em que canções como "I see You Baby" e "Superstylin" se tornaram clássicos das pistas de dança de todo o mundo. O duo Londrino era no seu todo, o novo Messias e salvadores da música de dança, ainda que o ecletismo dos seus álbuns não revelasse tais pretensões. Entretanto muita coisa aconteceu. A banda foi perdendo popularidade, popularidade essa que a própria música de dança dava lugar. Vivia-se o revivalismo new-wave, ainda hoje muito em voga e o duo chegaria mesmo a colocar a hipótese de acabar com o projecto. Seria mesmo necessário esperar quatro anos para chegar o sucessor de Lovebox.

Passados dez anos desde a sua formação, "Soundboy Rock" poderá ser muito bem o canto do cisne para os Groove Armada. Tem tudo para resultar. Tem participações de gente ilustre como Alan Donohue dos The Rakes, Simon Lord dos Simion Mobile Disco e Tony Allen dos The Good, The Bad & The Queen (o mais recente projecto de Damon Albarn). Mas salvo um ou outro momento de inspiração cai na banalidade de quem já fez tudo isto antes com muito melhores resultados. Consegue surpreender com a Ex-Sugababe Muyta Buena (olha a piada fácil) em "Song 4 Mutya (Out of Control)", faz-se de reggae em "Soundboy Rock", volta à dança em "Feel The Same" e tenta ainda colocar de novo um tema dos Groove Armada nos anais da música de dança.

Pode-se dizer que Tom Findlay e Andy Cato fizeram de tudo para não construir um mau disco. Mas digamos que prolongar um mau disco para lá dos 60 minutos também não ajuda.

4/10

Monday, August 13, 2007

Outros Álbuns


Ash - Then And Now - 6/10
The Rakes - 6/10
The Shins - Wincing the night away - 6/10 (Imagem)
A Perfect Murder - War Of Aggression - 6/10
Janes Addiction - Up From The Catacombs - 7/10
Architecture In Helsinki - Places Like This - 6/10
Tokio Hotel - Room 483 - 5/10
Funeral For A Friend - Tales Don't Tell Themselves - 7/10
Scorpions - Humanity Hour I - 4/10
VA - Transformers Ost - 4/10

Youtube: Punk's Not Dead - Movie Teaser
















Punk's Not Dead é um documentário que pretende fazer um retrato histórico, desde o punk de gigantes como Sex Pistols ou Ramons até aos actuais Greenday ou Sum 41. Fica o trailer/teaser depois de já ter estreado nos Estados Unidos.

Vídeo - http://www.youtube.com/watch?v=qoJ8LFswY9c

Saturday, August 11, 2007

Smashing Pumpkins - Zeitgeist

A primeira encarnação estava feita a prazo. O primeiro sinal de autodestruição dos Smashing Pumpkins surgiu quando D'Arcy Wretzky deixou o baixo. Não havia problema. O feitio de Billy Corgan achava a solução na colocação de uma carismática personagem no seu lugar. Melissa Auf Der Maur era escolhida. Os Pumpkins podiam continuar a sua triunfante caminhada de sucesso. Seguir-se-lhe-ia James Iha e começavam a vir ao de cima verdadeiros sintomas de demência numa das mais importantes bandas da década de 90. Depois de uma inglória despedida com "Machina/ The Machines of God", Corgan tentou a sua sorte com os Zwan e voltou a tentá-la, a solo, com "The Future Embrace". Nada resultava. Tinha de fazer voltar a velha máquina. "Quero de volta a minha banda" era a frase de Billy Corgan que qualquer profeta de trazer por casa poderia ter anunciado. O regresso dá-se em estúdio no final de 2006, e aos palcos em meados de 2007. Dois meses depois da estreia nos palcos, "Zeitgeist" vê a luz do dia. Nada disto é novidade. Muito foi o alarido que rodeou o regresso da banda e, paralelamente, Corgan ia preparando terreno ao tocar novas canções como que a fazer a ponte entre os inúmeros sucessos dos Pumpkins."Tarantula" e "United States" já vinham a ser tocadas nos últimos meses por essa Europa fora. A digressão pré-novo álbum dos Smashing Pumpkins correu de feição. A banda provou que estava de regresso em boa forma, mesmo com uma formação 50% renovada. A mesma formação ficava então renovada com Ginger Reyes no baixo e Jeff Schroeder na guitarra.

"Zeitgeist"tem sido fustigado pela crítica. Não é caso para tal. A crítica esperava por "Zeitgeist". Queria tornar o regresso dos Smashing num dos fracaços/flops do ano. De certo modo vai conseguindo. Os fãs estão divididos. Há quem goste, há quem adore. Há quem se sinta indiferente. Uma coisa é certa. "Zeitgeist" não vai ficar para história como um álbum realmente marcante. É bom, sim! Mas falta qualquer coisa para atingir o outro patamar. Tem a capacidade de atribuir uma grande dose de protagonismo à bateria de Chamberlin: oiça-se o melhor momento do álbum, "Starz". "Doomsday Clook" possui a mesma energia que o single de apresentação, "Tarantula" que é capaz de ser um dos mais imparáveis singles dos Smashing Pumpkins. Não atinge a genialidade de "Stand Beside Your Love", "Bullet With Butterfly Wings" ou "Zero", é certo, mas consegue transmitir uma nova energia contida na (nova?) banda de Billy Corgan e Jimmy Chamberlin. "Bleeding The Orchid" é uma canção easy-listening e candidata a segundo single. "United States" é um bom épico e quase 10 minutos ao qual se segue o momento mais calmo de "Zeitgeist": "Neverlost".

Tudo isto seria muito bom, se as restantes quatro faixas que completam "Zeitgeist" não fossem um conjunto de canções sem cor, alma nem chama. De qualquer das formas já lhe valeu umas quantas entradas directas nos TOP's de todo o mundo. Prova de que os fãs não se esqueceram de álbuns como “Mellon Collie And The Infinite Sadness” ou “Siamese Dream”.

6/10