Saturday, August 11, 2007

Smashing Pumpkins - Zeitgeist

A primeira encarnação estava feita a prazo. O primeiro sinal de autodestruição dos Smashing Pumpkins surgiu quando D'Arcy Wretzky deixou o baixo. Não havia problema. O feitio de Billy Corgan achava a solução na colocação de uma carismática personagem no seu lugar. Melissa Auf Der Maur era escolhida. Os Pumpkins podiam continuar a sua triunfante caminhada de sucesso. Seguir-se-lhe-ia James Iha e começavam a vir ao de cima verdadeiros sintomas de demência numa das mais importantes bandas da década de 90. Depois de uma inglória despedida com "Machina/ The Machines of God", Corgan tentou a sua sorte com os Zwan e voltou a tentá-la, a solo, com "The Future Embrace". Nada resultava. Tinha de fazer voltar a velha máquina. "Quero de volta a minha banda" era a frase de Billy Corgan que qualquer profeta de trazer por casa poderia ter anunciado. O regresso dá-se em estúdio no final de 2006, e aos palcos em meados de 2007. Dois meses depois da estreia nos palcos, "Zeitgeist" vê a luz do dia. Nada disto é novidade. Muito foi o alarido que rodeou o regresso da banda e, paralelamente, Corgan ia preparando terreno ao tocar novas canções como que a fazer a ponte entre os inúmeros sucessos dos Pumpkins."Tarantula" e "United States" já vinham a ser tocadas nos últimos meses por essa Europa fora. A digressão pré-novo álbum dos Smashing Pumpkins correu de feição. A banda provou que estava de regresso em boa forma, mesmo com uma formação 50% renovada. A mesma formação ficava então renovada com Ginger Reyes no baixo e Jeff Schroeder na guitarra.

"Zeitgeist"tem sido fustigado pela crítica. Não é caso para tal. A crítica esperava por "Zeitgeist". Queria tornar o regresso dos Smashing num dos fracaços/flops do ano. De certo modo vai conseguindo. Os fãs estão divididos. Há quem goste, há quem adore. Há quem se sinta indiferente. Uma coisa é certa. "Zeitgeist" não vai ficar para história como um álbum realmente marcante. É bom, sim! Mas falta qualquer coisa para atingir o outro patamar. Tem a capacidade de atribuir uma grande dose de protagonismo à bateria de Chamberlin: oiça-se o melhor momento do álbum, "Starz". "Doomsday Clook" possui a mesma energia que o single de apresentação, "Tarantula" que é capaz de ser um dos mais imparáveis singles dos Smashing Pumpkins. Não atinge a genialidade de "Stand Beside Your Love", "Bullet With Butterfly Wings" ou "Zero", é certo, mas consegue transmitir uma nova energia contida na (nova?) banda de Billy Corgan e Jimmy Chamberlin. "Bleeding The Orchid" é uma canção easy-listening e candidata a segundo single. "United States" é um bom épico e quase 10 minutos ao qual se segue o momento mais calmo de "Zeitgeist": "Neverlost".

Tudo isto seria muito bom, se as restantes quatro faixas que completam "Zeitgeist" não fossem um conjunto de canções sem cor, alma nem chama. De qualquer das formas já lhe valeu umas quantas entradas directas nos TOP's de todo o mundo. Prova de que os fãs não se esqueceram de álbuns como “Mellon Collie And The Infinite Sadness” ou “Siamese Dream”.

6/10

1 comment:

Alexandre Pereira said...

Nunca fui um grande fã de Smashing Pumpkins, mas acho que uma coisa que lhes ficava bem era aquela melancolia que pregavam nas músicas. E na minha opinião, quer se goste ou não disso, os Smashing são bons quando usam essa melancolia. Mas gosto de muitas músicas deste álbum, como "Starz", "tarantula", Bleeding the Orchid" e "united States". É apenas umálbum razoável na minha opinião!

Cumprimentos :)