Friday, March 28, 2008

Vampire Weekend - Aprovação Crítica

Se há coisa que os Vampire Weekend alcançaram com a estreia discográfica foi unanimidade. a A nível nacional, nota máxima atribuida pela Blitz e Ipsílon (suplemento semana do Público).

Ipsílon: *****

"(...) tudo isto funciona na perfeição (...) Os Vampire Weekend não são os primeiros, nem serão os últimos, a atingir um desígnio superior através de elementos isolados que se pulverizaram no todo, fazendo nascer um outro e admirável organismo. Mas, no seu caso, fazem-no de forma tão jovial e descomplexada que chega a ser caricato assistir ao espectáculo de uma canção que se aloja em nós como se fosse a primeira vez. (...) A voz é maleável e transforma-se num vírus entusiástico; a secção rítmica balança vigorosamente, apostando em polirrítmias inspiradas na pop africana; as orquestrações são elementares, sem serem simplórias; as guitarras provocam movimentos em cascata e daqui resultam canções concisas e claras sem deixarem de ser vibrantes. (...) Refrescante e charmoso quanto baste, é um álbum de estreia composto por onze canções em absoluto estado de graça."

Vitor Balanciano

Blitz: *****

(...) cá estão eles, os novos sonhadores da pop e já uma das revelações do ano. O debutante álbum homónimo da banda nova-iorquina é uma pincelada de percussões africanas («Mansard Roof»), guitarras indie («A-Punk» ou a brilhante «Cape Cod Kwassa Kwassa»), e pop clássica («M79»), que ilumina dias de chuva como só um arco-íris consegue. Mais importante que tudo: os Vampire Weekend não temem o absurdo, que é como quem diz, não temem a pop, e vão onde querem. Em cheio.

Ricardo Braz Frade

Lá fora, as reacções continuam a ser entusiasmantes. Atente-se às classificações da mais reputada imprensa da especialidade além fronteiras:


All Music Guide: 9/10
PopMatters: 9/10
Pitchfork: 8,8/10
The Guardian: 8/10
New Musical Express: 8/10
Uncut: 8/10
Blender: 8/10
The New York Times: 7/10
Rolling Stone: 7/10

Recorde-se que o NevermindedMusica destacou Vampire Weekend como um dos álbuns do ano atribuindo como nota final um estupendo 9/10.

Outros Álbuns:


The Presidents Of The United States of America - These Are The Good Times People - 7/10
Adam Green - Sixes and Sevens (Na Imagem) - 6/10
One Republic - Dreaming Out Loud - 3/10
Erykah Badu - New Amerykah Part One (4th World War) - 7/10
Sérgio Godinho - Nove e Meia no Maria Matos - 6/10
Dengue Fever - Venus On Earth - 4/10

Monday, March 24, 2008

The Kills - Midnight Boom

Depois de conquistada a confiança da crítica – culpa de dois belos discos, Your Mean Side, de 2003 e No Wow, de 2005 – eis um surpreendente regresso dos Kills. Midnight Boom renega, de certa forma, o passado do duo composto por Alison “VV” Mosshart e Jamie “Hotel” Hince – actualmente mais conhecido pela relação amorosa com Kate Moss.

Atenta-mos à capa de Midnight Boom e salta-nos à vista uma certa desarrumação – daquelas que só quem a fez pode ter tudo sob controlo –, desarrumação essa, que se transfere para o disco. Desarrumado, sim, mas faz todo o sentido que assim o seja. Ao terceiro álbum, os Franceses tiram-nos a areia dos olhos e revelam a veia mais rockeira e dançável, que o duo ainda não havia deixado vir ao de cima. Com produção de Alex Epton, Midnight Boom conta com particularidades que vão da distorção ao minimalismo de uns White Stripes, passando por uma faceta mais perfeccionista menos ajustada. As partes de guitarra parecem calculadas ao milésimo de segundo – falamos do registo mais acessível dos Kills. Senão, onde poderia alguma vez caber aqui “U.R.A. Fever”, o muito catchy primeiro single? Ou, a espaços, o funk de “Cheap And Cheerful”? De resto, vislumbram-se as dançáveis “Alphabet Pony” e “What New York Used To Be” – esta não causaria qualquer tipo de desdém aos Bravery -, o rock à seria de “Hook And Line” e “M.E.X.I.C.O.C.U.” e uma pérola, em formato balada, guardada com pompa e circunstância para o fim.

Este poderá muito bem ser o disco pelo qual os Kills ficarão conhecidos.

8/10

Sunday, March 23, 2008

DVD - Control - A história de Ian Curtis

Control - A história de Ian Curtis surge na senda da nova moda das biopic’s. Esta é a história – a que interessa – da vida de Ian Curtis, o icónico vocalista dos Joy Division.

Filmado pelo reconhecido fotógrafo - aqui produtor - Anton Corbijn, Control leva, primeiramente, o espectador a uma viagem ao tempo em que Ian Curtis era um miúdo como qualquer outro da sua idade, mas com uma personalidade já reveladora de uma mente demasiado depressiva, em que nada parece estar certo. A história desenrola-se a partir daqui. De forma não necessariamente ordenada, Ian Curtis junta-se aos outros três Joy Division, casa-se com o suposto amor de uma vida – mais tarde viria a admitir que esse mesmo casamento não teria sido nem mais nem menos que um erro –, tem uma filha, tem um caso com uma misteriosa jornalista Belga de nome Annik Honoré, assina contracto com a Factory e, finalmente, é-lhe diagnosticada epilepsia – faceta não tão explorada quanto o devia –, doença que, aliada a uma personalidade já de si depressiva e aos problemas pessoais, leva Ian Curtis ao trágico final de vida, que inflige a si mesmo. Curtis não sabia viver com a pressão, a dúvida, a escolha. A satisfação era, no seu ponto de vista, inalcançável. Não admira, pois, que tentasse agradar toda a gente, inclusive os fãs que a banda já havia ganho – Curtis sentia uma enorme pressão em cima do palco, que lhe conferia um estado de loucura nas actuações da banda, que o próprio não conseguia controlar.

Anton Corbijn tenta humanizar demasiado Ian Curtis ao explorar todas as facetas de um jovem que, para além da forma imperfeita como vê o mundo que o rodeia, seria absolutamente normal. Não será tão bom como os críticos o quiseram fazer crer, mas continua a ser um documento imprescindível para os fãs – e apreciadores de música, em geral – da maior banda que Manchester alguma vez pariu.

6/10

Saturday, March 22, 2008

Stephen Malkmus & The Jicks - Real Emotional Trash

Poucas dúvidas restarão, no que diz respeito às bandas que mais marcaram a década de 90. Podemos afirmar que os Nirvana são o símbolo, Pearl Jam os resistentes, Rage Against The Machine os revolucionários - óbvia - e os Manic Street Preachers os efémeros. Mas e os Pavement? Porquê que quase ninguém fala dos Pavement? Bem, os Pavement foram só a banda mais consistente da década passada.

Stephen Malkmus reúne-se – mais uma vez - com os Jicks e junta em Real Emotional Trash uma amálgama sonora tal, que faz o mais comum dos ouvintes reflectir acerca do grau de genuinidade desta música. Terão estas 10 canções saído de uma jam entre a banda e o ex-mentor dos Pavement? É possível, mas a verdade é que o quarto álbum de Malkmus junta guitarras cósmicas e desconcertantes ao desvario de uns Sonic Youth, fazendo com que Crooked Rain, Crooked Rain – a obra-prima dos Pavement – soe puramente mainstream. Exagero? Talvez, mas importa referir que este rock psicadélico – e bem mais pesado que o do anterior Face The Truth, de 2005 – junta as idiossincrasias do ex-líder dos Pavement em pouco mais de 50 minutos.

Real Emotional Trash é mais um grande álbum de Stephen Malkmus. Ou não tivesse este senhor um talento que nunca mais acaba – em caso de dúvida oiça-se “Real Emotional Trash”, épico exercício de pouco mais de 10 minutos de sons maquinais de uma perfeição avassaladora.

8/10

Friday, March 21, 2008

Outros Álbuns:


Earth - The Bees Made Honey In The Lion's Skull - 5/10
Andrew Bird - Soldier On EP - 7/10
The Cardigans - Best Of - 5/10
Mind da Gap - Matéria Prima 97/07 - 5/10
Protest The Hero - Fortress (Na Imagem) - 9/10
Born Ruffians - Red Yellow And Blue - 6/10

Thursday, March 20, 2008

The Black Crowes - Warpaint

É com mais 20 anos de carreira e após um hiato discográfico de 7 anos, que os Black Crowes regressam aos álbuns de originais – Warpaint é o sétimo registo de estúdio da banda.

Desde 2002 – com a edição do, de certa forma, fustigado Lions – que os Black Crowes se encontravam entrincheirados. Em 2005, a banda recompõe-se após o falhanço discográfico e reúne-se com uma assinalável mudança na sua formação – Luther Dickinson dos North Mississippi Allstars substituía Marc Ford. Entretanto, a banda havia lançado um álbum ao vivo e os irmãos Chris e Rich Robinson trabalhavam no seu próprio projecto paralelo, os Brothers Of A Father.

O regresso dos Black Crowes é, sem surpresas, o regresso de uma mistura - bem conseguida - de estilos e influências, que vai do mais óbvio blues de “Goodbye Daughters Of The Revolution”, à psicadélica “Whoa Mule” passando por canções midtempo como “Josephine” e “Locust Street”. Isto tudo com adições, em doses recomendáveis, de groove, folk, gospel e funk (com destaque para a agradável cover de “God’s Got It”, original de Rev. Charlie Jackson). Para a história ficam “Evergreen”, “We Who See The Deep” e a fantástica “Walk Believer Walk”.

7/10

Wednesday, March 19, 2008

Youtube: Vampire Weekend - A-Punk



São o primeiro grande hype de 2008 - o que é plenamente justificável. Vampire Weekend é a grande surpresa do primeiro trimestre do ano e figurará, com toda a certeza, nas listas de Dezembro.

Tuesday, March 18, 2008

The Gutter Twins - Saturnalia

É já habitual existir um ligeiro elevar de expectativas a cada projecto em que Mark Lanegan participa. Desta feita, um dos mais subvalorizados senhores do grunge chega-nos em parceria com o amigo Greg Dulli. Eis os The Gutter Twins e o regresso de dois ícones dos anos 90 à Subpop.

Mark Lanegan já pouco ou nada tem a provar. Foi líder incontestado dos seus – passe a redundância – Screaming Trees, ex-membro dos Queens Of The Stone Age (QOTSA) – por alturas da obra-prima Songs For The Deaf –, colaborou com Isobel Campbell no muito elogiado Ballad Of The Broken Seas – que rendeu uma nomeação para os Mercury Prize, em 2006 – e, em 2004, lançou o seu único álbum a solo, o também bastante elogiado pela crítica Bubblegum. Dulli conta com um passado menos brilhante, mas ainda assim relevante. Foi vocalista dos Afghan Whigs, fundou, posteriormente, os Twillight Singers, com os quais chegou inclusivamente a contar com a participação de Lanegan em dois álbuns de estúdio. De resto, ambos contam com um passado comum, seja por esporádicas colaborações em conjunto, seja pelos períodos (moderadamente) áureos das suas principais bandas coincidirem, ou mesmo nos problemas com drogas – Lanegan com heroína e Dulli com cocaína.

A ideia não é tão recente quanto se possa pensar e Saturnalia levou quatro anos a conceber. É, pois, um álbum de rock aprumado, psicadélico, sinistro e escuro, em que o contraste das duas vozes funciona como uma espécie de guerra de egos – e que egos! – em que paira sempre a dúvida no que diz respeito ao vencedor. Talvez o próprio ouvinte? De um lado está Greg Dulli com uma voz mais delicada, sensível, num registo próximo de Josh Homme (QOTSA) – atente-se a “Idle Hands", com guitarras ásperas, faixa que poderia muito bem estar em Lullabyes To Paralyze dos próprios QOTSA -, do outro está Mark Lanegan que, por seu lado, possui uma voz mais agressiva e ameaçadora. Resultado? Complementaridade.

Saturnalia confirma a impossibilidade de Mark Lanegan atirar ao lado.

7/10

Monday, March 17, 2008

Youtube: The Last Shadow Puppets - The Age Of The Understatement



"The Age Of The Understatement" é o single de avanço para o álbum de The Last Shadow Puppets - projecto paralelo de Alex Turner, vocalista dos Arctic Monkeys. Entretanto, a banda de Sheffield está em estúdio a trabalhar num novo álbum, que deverá sair no final do ano.

Saturday, March 15, 2008

Bauhaus - Go Away White

Segundo Peter Murphy, vocalista e mentor dos Bauhaus - banda seminal do início dos anos 80 -, Go Away White será a derradeira edição discográfica da banda. Despedida discográfica, sim. Dos palcos, provavelmente – as tournées de tempos a tempos, desde 1998, fazem-nos desconfiar.

Go Away White é o quinto álbum de uma banda – a formação é a original, com Peter Murphy, Daniel Ash, Daniel J e Kevin Haskins – que nos seus mais gloriosos anos não conseguiu falhar. Desde o debutante In The Flat Field até ao anterior Burning from the Inside, lançado em 1983 – ano em que a primeira fase (a que realmente interessa) terminou –, a banda foi disparando álbum certeiro atrás de álbum certeiro. Esta ideia é relevante, pois importa referir que o novo registo discográfico não rivaliza com os seus antecessores – seria difícil fazê-lo.

No site da Billboard, muito oportunamente, o crítico Kerri Mason referia que "se os Bauhaus tivessem gravado álbuns nos últimos 25 anos, então Go Away White seria o regresso à boa forma". O álbum contém as bases que tornaram os Bauhaus numa das mais influentes bandas dos anos 80 – rock de contornos góticos, negro, cru, distorcido. Mas falta sempre qualquer coisa.

O inicio não poderia ser mais prometedor, “Too Much 21 St Century” – há por aqui algo dos Beatles – e “Adrenalin” - labiríntica, complexa, distorcida e com Ian Curtis na voz de Peter Murphy – são o pontapé de saída ideal. Mas não nos fiquemos por aqui. Encontram-se outras boas razões para voltar a ouvir os Bauhaus em “Mirror Remains” (sombria e ao piano), “Undone” (com apontamentos electrónicos), e “The Dog’s A Vapour” – a mais negra e épica de todo o álbum.

Um gigante andou adormecido durante quase um quarto de século – Go Away White ressuscita-o. O problema é que esse mesmo gigante já se havia decidido pelo “suicídio”. Bauhaus R.I.P, definitivamente.

7/10

Friday, March 14, 2008

Youtube: Thom Yorke no The Big Fat Quiz Of The Year


Participação de Thom Yorke no programa The Big Fat Quiz Of The Year, em que o vocalista dos Radiohead pergunta e responde a uma questão relacionada com o último álbum da banda, In Rainbows. Atenção à gargalhada.

Wednesday, March 12, 2008

Youtube: British Sea Power - Waving Flags



Eis o primeiro single de Do You Like Rock Music? dos British Sea Power. "Waving Flags" poderia ser mesmo chamada de versão actualizada de "Wake Up" dos Canadianos Arcade Fire.

Monday, March 10, 2008

Nick Cave And The Bad Seeds - Dig Lazarus Dig!!!

Nick Cave já nada tem a provar. Com meio século de vida, quase um quarto de carreira (24) e depois dos seus mais recentes projectos – a banda-sonora do muito recomendável Assassination of Jesse James e o projecto Grinderman, alvo de óptimas críticas - Cave lança o seu 14º álbum com os históricos Bad Seeds.

Dig Lazarus Dig!!! - e centremo-nos exactamente no título - remete precisamente para a ressurreição bíblica de Lazarus – transposto para a actual Nova-Iorque. É um álbum negro, misterioso, épico e divertido – o que para quem não conhece Cave pode soar a contra-senso. Cave é mesmo assim, encontra a cada álbum narrativas fascinantes, influencia várias gerações de vocalistas – com Eddie Vedder (Pearl Jam) a encabeçar e Craig Finn (The Hold Steady) na última vaga – e colabora com os melhores – o garage-rock dos Bad Seeds ainda está aí para as curvas.

No que realmente interessa “Dig Lazarus Dig!!!”, canção-título é um monumento rock e poderoso primeiro single, “Today’s Lesson” poderia significar caos, “Nights Of The Lótus Eaters” é de contornos negros e misteriosos e “Albert Goês West” é garage puro à Stooges. O melhor – não nos esqueçamos da fantástica faixa-título – fica para o fim com uma quase balada “Jesus Of The Moon”, a fantástica “Midnight Man” e, a terminar, a ontológica “More News From Nowhere”.

7/10

Sunday, March 9, 2008

Outros Álbuns:

Michael Jackson - Thriller (25th Anniversary Edition) - 8/10
Morrissey - Greatest hits - 6/10
The Montain Goats - Heretic Pride - 7/10
Muse - HAARP Live From Wembley Stadium - 8/10
Daft Punk - Alive - 9/10

Friday, March 7, 2008

Goldfrapp - Seventh Tree

Logo à primeira faixa, "Clowns", fica arrumada a questão – Seventh Tree é o regresso dos Goldfrapp às origens. Um regresso às origens que, entenda-se, tem como epicentro o primeiro álbum de originais do duo composto por Alison Goldfrapp e Will Gregory - Fel Mountain.

Quando apareceram em 2000, na ressaca do que de melhor se fez no trip-hop e no auge do tal movimento de Bristol, os Goldfrapp aventurava-se por terrenos soturnos em formato folk-pop em Fel Mountain. Pouco depois Beth Gibbons e os seus Portishead anunciavam um hiato que termina este mês com a edição de Third. Tudo fazia imenso sentido.

O que aconteceu em 2003 é exactamente o que acontece agora em 2008, ou seja, os Goldfrapp empatam a contenda, depois de dois álbuns de fusão electro-pop eficaz – Black Cherry, de 2003, e Supernatur, de 2005 -, a banda criou uma nova imagem de marca que tinha as pistas de dança como pano de fundo. Com Seventh Tree fazem-nos regressar à folk, às baladas com guitarras acústicas e, timidamente, ao electro-pop – em "Caravan Girl", a única faixa a remeter para o passado mais recente.

A verdade é que uma tão corajosa mudança de atitude e sonoridade já não faz em 2008 o sentido que fazia em 2003. O qurto álbum dos Goldfrapp goza de bons momentos – "Cologne Cerrone Houdini", "Little Bird" e "A&E" são bons exemplos – mas no final mostra-se muito insonso.

6/10

Thursday, March 6, 2008

Youtube: Alter Bridge - Ties That Bind


"Ties That Bind" é o segundo single retirado de Blackbird, um dos melhores - senão o melhor - álbuns hard-rock de 2007. O vídeo é, à imagem de "Rise Today" - primeiro single - baseado num concerto da banda. Tecnicamente irrepreensível.

Tuesday, March 4, 2008

Vampire Weekend - Vampire Weekend

Está descoberto o primeiro grande hype de 2008. Chamam-se Vampire Weekend, vêm de Nova-Iorque e resultam de uma salada de frutas de estilos e referências. A verdade é que as indicações já haviam sido dadas pelo homónimo EP de estreia, do qual saiu “Cape Cod Kwasse Kwassea”, 67ª melhor canção do ano para a reputada Rolling Stone.

À primeira audição de Vampire Weekend, damo-nos conta que se os Tinariwen são africanos a fazer música ocidental, os Vampire Weekend são Ocidentais que desfilam música Africana, piscando o olho à Jamaica.

Quer isto dizer que há por aqui bastantes ritmos africanos e reggae à Police - tudo subcategorias numa indie-pop apromadinha. Há ainda influências de gente como David Byrne e Talking Heads e canções que se distinguem perfeitamente umas das outras, indo directamente ao assunto.

O disco começa de forma enganadora com “Mansard Roof”, que é quase uma canção de embalar. Segue-se com uma cheia de groove “Oxford Comma” e uma portentosa “A-Punk” que contém um riff que promete dar que falar. A 6ª faixa, “Campus”, é também a primeira que passa, infelizmente, sem nos darmos conta. “One (Blake's Got A New Face)" faz valer um disco e “I Stanted Corrected” é uma canção midtempo, com voz tipo Alex Turner (Arctic Monkeys).

Esqueçam-se as influências. Este é um disco para ouvir sem complexos. Além disso, o adquirir de uma personalidade própria não parece ser um grande problema para os Vampire Weekend.

9/10

Monday, March 3, 2008

Youtube: Gogol Bordello - Start Wearing Purple



Os Gogol Bordello são o quinto nome confirmado para o Oeiras Alive! 08. A banda multi-étnica não vale, essencialmente, pelos álbuns, sendo que os mesmos parecem não passar de meras desculpas para as actuações ao vivo. O resultado em estúdio não é mau, mas ao vivo é estrondoso. Recomenda-se vivamente uma passagem por Oeiras no dia 10 de Julho - o mesmo dos Rage Against The Machine. O vídeo aqui presente é referente à passagem pela edição do Festival Paredes de Coura de 2007.

Saturday, March 1, 2008

Álbuns de Fevereiro:

Álbum do Mês:

British Sea Power - Do You Like Rock Music? (Imagem) - Link

Outros Álbuns:

Cat Power - Jukebox - Link

Hot Chip - Made In The Dark - Link

Bullet For My Valentine - Scream Aim Fire - Link

Sons & Daughters - This Gift - Link

Jack Johnson - Sleep Through The Static - Link

Lenny Kravitz - It Is Time For a Love Revolution - Link

Simple Plan - Simple Plan - Link

The Feeling - Join With Us - Link

The Feeling - Join With Us

Certamente se lembrará de "Sewn", enorme hit radiofónico saído do primeiro álbum dos Feeling - Twelve Stops And Home -, que invadiu os Top's Europeus, tornando os Ingleses na banda mais tocada nas rádios britânicas, em 2006 e no guilty-pleasure de muito boa gente.

Join With Us é um prolongamento das ideias do registo de estreia, ou seja, os Feeling não querem ser levados realmente a sério – ainda que arrisquem um pouco mais neste segundo capítulo discográfico –, sendo que desenham um disco pop fácil, com canções cada uma mais catchy que a outra, que denunciam uma banda que passou os últimos meses a ouvir o último álbum dos Silverchair e a discografia dos Queen.

No que diz respeito a canções, “I Thought It Was Over” é electro-pop um pouco descabida, "Join With Us", apesar dos patéticos primeiros segundo, é o melhor momento de do disco e a canção mais pesada que os Feeling alguma vez compuseram. “Spare Me” revela um Dan Gallispie – vocalista – que nunca ouvimos tão ambicioso e ”I did It For Everyone” desdobra-se num redundante final. “Won’t Go Away” torna-se na vez dos Rouxette serem usados como referência e “Loneliness” é digna de uma boys-band de plástico. O álbum termina com “The Greatest Show On Earth”, um épico, no geral, fraquinho.

Ao segundo álbum, os Feeling voltam a revelar alguns pormenores interessantes, mas com um resultado final demasiado inconstante. Esquecível.

4/10