Que fique desde já esclarecido: não, não existe por aqui nada que se assemelhe a “Luz Vaga”. É verdade que o projecto continua a passear-se por trilhos já antes explorados, ou seja, a electro-pop (“Tribunal da Relação” e “Munição”), mas há ambições de ir mais longe. Senão, repare-se na aura 60’s tão presente em “Estrela Carente” – os próprios Rolling Stones encontrariam familiaridades – ou o classicismo da introdução ao álbum “Porta de Entrada” – os créditos devidos à Orquestra Nacional do Porto.
A nível nacional, as comparações com os Clã são inevitáveis, seja pela voz de Mónica Ferraz (“Quando as palavras”, “Fiordes” e “Para todo o mal”), seja pela pop muito dançável presente em grande parte do disco. De resto, para além de João Pedro Coimbra (bateria, percussão e teclados), Mónica Ferraz (voz), Jorge Coelho (guitarra) e Miguel Ramos, Para todo o mal conta ainda com participações do saxofonista José Pedro Coelho, o percussionista Jean François Léze.
Nunca os Mesa foram tão ambiciosos e maduros.
7/10
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