Mesmo havendo novo álbum para apresentar – Nigth Eternal já está nas lojas –, a banda lançou-se num registo tipicamente best of, que se recomenda em contexto festivaleiro. A excepção esteve precisamente no novo single “Scorpion Flower” – sem Anneke Van Giersbergen, vocalista dos Gathering, que se encontra adoecida na Holanda – e no tema-título “Night Eternal. No resto, assistiu-se a um alinhamento composto pelos temas de sempre, indo de “Opium” e “Nocturna”, a “Evetything Invaded” passando por “Finistierra” e “Alma Mater”.
Fernando Ribeiro – já o referimos noutras ocasiões – é um grande mestre-de-cerimónias, provando mais uma vez que os Moonspell conseguem sobreviver debaixo de luz solar.
7/10
Apocalytyca:
Conhecidos pelas suas versões de alguns temas dos Metallica e o muito badalado single, do último Worlds Collid,e “I'm Not Jesus”, que conta com a colaboração de Corey Taylor (Slipknot e Stone Sour), os Apocalyptica apresentam-se em palco sem qualquer tipo de voz – apenas uma bateria e três vioncelos.
O espectáculo abriu com uma cover dos Sepultura, “Refuse/Resist”, a banda desdobra-se com a “5ª sinfonia de Bethoven” e, para não ferir susceptibilidades, quase a terminar, uma versão de “Seek & Destroy” dos Metallica. O resto foi um desfilar de canções, numa toada sempre acelerada, dos registos anteriores da banda.
Entre a surpresa de muitos e o consentimento de outros, salda-se algo positivo.
6/10
Machine Head:
Os Machine Head roubaram a noite aos Metallica. A banda de Robert Flynn foi absolutamente demolidora em palco.
O frontman da banda de Blackening – parece que é unânime, este é mesmo o melhor álbum dos Machine Head –, apelou ao mosh, elogiou o público português, relembrando anteriores actuações no nosso país, e comandou uma actuação irrepreensível.
A abrir o espectáculo, a melhor faixa de Blackening, a enorme “Clenching The Fists Of Dissent”, o pronuncio perfeito de uma actuação que gerava enormes expectativas. Prosseguiu-se com Imperium” e “Now I Lay Thee Down”, mas foi com “Aesthetics Of Hate” e “Dividian” que soldaram-se como os momentos mais festejados da noite.
Não é raro num concerto de Machine Head, imaginarmo-nos num Inferno caótico – passe a redundância – e esse é o melhor elogio que podemos fazer à actuação da banda Californiana.
Exige-se um concerto em nome próprio – The Blackening ainda não foi devidamente apresentado em terras lusas.
8/10
Metallica:
A herança dos Machine Head era pesada, mas os Metallica terão de se culpar a si mesmos pelo facto de este ter sido o mais fraco dos três últimos concertos dados em terras lusas.
A coisa até nem começou mal – “Ecstasy of Gold»”, abriu, como é habitual o espectáculo, dando logo lugar a “Creeping Death”. Pareciam bem encaminhados quando seguram a sequência com “Fuel” e “Wherever I May Roam”, mas dá-se uma inesperada reviravolta de 180º que se prolongou até à sempre festejada “Master Of Puppets”. Os Metallica não devem fazer estudos de mercado, pois se os fizessem saberiam que álbuns como Load e Reload só poderiam obter as reacções que acabaram por obter – frias, gélidas, embaraçosas. Felizmente, souberam acabar o concerto com os singles que faltavam de Black Album – “Unforgiven” excluída –, primeiro com a balada sempre tão bem recebida que é “Nothing Else Matters”, depois com a colossal “Sad But True” e, a terminar, com incontornável “Enter Sandman”. Entretanto já havia disparado toda a pirotecnia associada a “One”.
Reservadas para o fim ficaram algumas covers, “Last Caress” dos Misfits e “So What” dos “Anti-Nowhere League”, esta com participação especial dos Machine Head. O concerto acaba de forma previsível com “Seek & Destroy” e a promessa de um regresso no ano que vem.
É compreensível que uma banda como os Metallica queira dar um concerto diferente de cada vez que passa por Portugal, mas o catálogo da banda de São Francisco é demasiado vasto para ser necessário recorrer aos álbuns pós-1991.
6/10
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