Em 2006, os Linda Martini confirmaram o que há muito se lhes vaticinava. Olhos do Mongol confirmavam a banda de que já foi punk/hardcore como um dos mais promissores projectos nacionais surgidos nos últimos anos. O espantoso álbum de estreia colocava-os na boca da franja mais alternativa. Provava-se que o EP, anterior ao álbum, e os concertos por esse país fora não eram apenas fogo de vista. Entretanto, a banda de Pedro Geraldes, André Henriques, Cláudia Guerreiro, Hélio Morais e Sérgio Lemos passou pelos mais importantes festivais portugueses – Super Bock Super Rock, Sudoeste e Paredes de Coura –, sendo, este novo material, talvez, um fechar de ciclo. Para isso, a banda lança novo EP – como se estivesse a esquivar ao – olho cliché! – complicado segundo álbum.
Marsupial soa exactamente a resultado de um momento de reflexão. Como se fosse demasiado precipitado lançar, nesta altura, um segundo álbum, mas necessário manter a chama acesa com novo material.
Há por aqui coros épicos à Arcade Fire – “A Corda Do Elefante Sem Corda” e “Raposo Manhoso”, de resto os dois momentos altos do EP – alguma surpresa electrónica (“Parada”) e obrigatórias pontes com o passado – “Sabotagem” e “As putas dançam slows”.
A ser este EP um pronuncio do que por aí vem – leia-se segundo álbum –, tal como o foi Linda Martini para Olhos do Mongol, está dado o aval.
7/10
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