7/10
Nota: A foto não é relativa ao concerto em questão
Do You Like Rock Music? é um composto de canções épicas, num registo que o culto indie não deixará escapar e em que, de quando em vez, soltam-se referências dos Canadianos Árcade Fire – oiça-se "No Lucifer", "All In It" e "We Close Our Eyes. A produção ficou a cargo de Howard Bilerman (Arcade Fire - lá está!), Graham Sutton (Jarvis Cocker), e Efrim Menuck (Godspeed You Black Emperor!).
Há
Do You Like Rock Music? Será, com toda a certeza, um dos mais impressionantes e surpreendentes álbuns de 2008.
8/10
Centremo-nos no óbvio e coloquemos os Simple Plan na mesma prateleira de gente tão medíocre como os Sum 41 e Good Charlotte. Quer isto dizer que Simple Plan contém melodias infantis, coros cliché, produção de luxo – Nate Danja Hills (Justin Timberlake, Duran Duran, Nelly Furtado), Max Martin (James Blunt, Kelly Clarkson, Avril Lavigne) e Dave Fortman (Evanescence, Mudvayne) -, teclados foleiros, tiques emo e o habitual punk aPOPalhado, que os Greenday desdenhariam.
Simple Plan não é melhor nem pior que os anteriores álbuns dos Simple Plan. É a mesma coisa medíocre e de target bem definido de sempre.
1/10
Lembra-se de Amor, Escárnio e Maldizer dos Da Weasel? Pois bem, It Is Time For A Love Revolution à imagem do último de originais dos seis de Almada centra-se na temática do amor. A revolução vem depois e em doses reduzidas.
Sempre com pose de guitar-hero Kravitz espalha influências óbvias, com Led Zeppelin e Jimmy Hendrix à cabeça, onde Rock N’ Roll, Funk e Soul dão as mãos num registo que possui como maior pecado o seu tempo de duração – para lá da hora de música.
It Is Time For a Love Revolution começa a queimar riffs em “Love Revolution”, seguida de “Bring It On” – a canção do álbum – e, mais afrente, apanha “If You Want It”. Todas elas soam Led Zeppelin. Em “Good Morning” os Beatles são reis e “Love Love Love” traz o funk de uns Red Hot Chili Peppers. “I’ll Be Waiting”, primeiro single, é a típica balada midtempo, pirosa e cliché embutida num álbum rock. Mais forçada só a soul de “Will You Marry Me” – alguém falou
Por fim, perdoe-se o mau gosto do nome do álbum, mas Lenny Kravitz já cá anda há tempo suficiente para saber que o título do seu oitavo de estúdio soa mais que apropriado.
6/10
Relembremos que Johnson é o surfista Havaiano, que com o seu anterior registo, In Between Dreams, originou um enorme culto à sua volta – em Portugal encheu, primeiro, um coliseu e, depois, um pavilhão Atlântico. Pois bem, Sleep Through The Static não vem alterar rigorosamente nada. O sing/song-writer continua a passear-se pelos campos da folk acústica, com algumas variações mais funk derivadas de uma guitarra irrequieta, sendo que Johnson nunca usou tanto a guitarra eléctrica como neste registo.
Ao quarto álbum – a banda sonora do filme “Curious George” não conta – Johnson faz ainda regressar JP Plunier (Ben Harper), que já havia produzido o debutante Brushfire Fairytales, em 2001. Jack Johnson, agora com 32 anos, não tem nada a provar, pelo que referir que a sua música é completamente descomplexada é o maior elogio que lhe poderremos fazer.
Sleep Through The Static pode não ser um registo realmente inovador, mas como negar a beleza de canções como "All at Once", "Sleep Through the Static" ou o pimeiro single "If I Had Eyes"? Canções essas, que tão bem encaixariam numa banda sonora de um hipotético “Shrek o quarto” – se os próprios Eels o fizeram...
6/10
This Gift – e este ponto é essencial – conta com produção do senhor Ex-Suede Bernard Butler (Aimee Mann e The Libertines), o que ajuda a perceber a similaridade entre as vocalizações de Adele Bether com os grupos femininos dos anos 60, como as Supremes ou as Rounettes, campo
Assim, de um enérgico terceiro registo de originais sobressai o pós-punk de “House In My Hand”, que possui a energia de uns Gang of Four ou de uns mais recentes Kaiser Chiefs, uma das melhores primeiras faixas do ano “Guilt Complex” – riff que tem feito mossa no seio da comunidade indie –, o êxtase de “This Gift”, o puro prazer de ouvir “Rebels With The Ghost” e “Chains” e os exemplos práticos de uma banda ambições bem definidas que são “Darling”, “Flags” e “Iodine”.
Ainda o ano vai no seu início e temos a certeza que os Sons & Daughters vão constar nas listas de melhores do ano.
8/10
Entretanto, a banda toma uma decisão, que pode parecer estranha aos olhos do “verdadeiro metaleiro”, ao recusar um contracto com a Roadrunner, para assinar pela major Sony BMG. Scream Aim Fire era então aguardado com um autêntico fervilhar de expectativas. Ponto assente: os seus críticos continuarão a persegui-los e os fãs continuarão a venerá-los. O segundo álbum da banda britânica não se esforça por se demarcar do anterior registo, repetindo a fórmula mais uma e outra vez.
Canções melódicas e preparadas para invadir as rádios mais mainstream, de que é exemplo o single e faixa título “Scream Aim Fire”, letras infantis – o maior problema do registo –, uma secção rítmica poderosa e o balanço certo entre metal e hardcore, de que poucas bandas do género se podem gabar de possuir. É notória também a influência da produção de Colin Richardson (Machine Head, Fear Factory), que já havia produzido o debutante registo da banda.
Destaque, para alem de “Scream Aim Fire”, para a colaboração de Skindred's Benji Webbe em “Take It Out With Me”, “Disappear” com coros tipicamente punk e a balada da praxe “Say Goodnight”.
Parece óbvio que os Bullet For My Vallentine ambicionam vender bastantes discos e encher as salas de espectáculo por onde quer que passem. A dúvida parece ser apenas saber se superam as expectativas.
7/10
Ao terceiro álbum ainda não está tudo resolvido, mas as respostas são cada vez mais esclarecedoras. Os Hot Chip querem agradar dois públicos. A outra coqueluche da DFA – a editora de música mais dançável do momento – volta a fabricar um disco que se pode definir, de uma forma geral, como uma electro-pop com várias ramificações.
O sucessor de Over And Over abre com uma faixa erradamente introdutória, “Out At The Pictures” – e isto sim, new-rave! Segue-se uma entusismante “Shake A Fist” e, ao terceiro tema, deparamo-nos com aquela que é, porventura, a canção mais catchy do quinteto britânico, “Ready For The Floor”. Em “Touch Too Much” trazem os Klaxons à baila com falsetes a rodos – alguém falou em new-rave, outra vez? “One Pure Thought” começa movida a guitarra indie para, mais afrente, pedir emprestadas caixinhas de ritmo aos Kasabian de Empire. “Wrestlers” é infantil, nem que seja pela temática tratada. O resto é canções midtempo sem sal.
Um dia o underground e o mainstream poderão andar de mãos dadas e, nessa altura, lá estarão os Hot Chip para festejar essa espécie de anarquia.
7/10
Assim, em Jukebox, Power atira-se, entre outros, a clássicos de gente como Joni Mitchell, Frank Sinatra, Bob Dylan, Janis Joplin, James Brown e Billie Holiday e recruta uma nova banda, a Dirty Delta Blues – Jim White dos Dirty Three, Judah Bauer dos Jon Spencer Blues Explosion, Gregg Foreman dos Delta 72 e Erik Paparozzi dos Lizard Music.
Há, em Jukebox há rock clássico em “New York” – sim, é mesmo o clássico de Frank Sinatra – e “Aretha, Sing One For Me”, country em “Silver Stallion” e gospel e soul, em doses variadas, espalhadas pelas restantes faixas do álbum. Destaque para os 2 originais aqui incluídos: “Metal Heart” constitui mesmo um dos mais brilhantes momentos do registo, enquanto que “Song To Bobby” é notoriamente dedicada ao mestre Dylan, numa clara referência a “Song To Woody” do cantor de “Like A Rolling Stone”. Como momentos de maior inspiração encontramos “Ramblin’ Woman”, original de Hank Williams, “Lord, Help The Poor & Needy” de Jessie Mae Hemphill, “Woman Left Lonely” de Janis Joplin e “I Believe In You”, original de, como não poderia deixar de ser, Bob Dylan.
Não nos deixemos enganar: este é apenas um álbum de covers – um belo álbum de covers, mas não mais que isso.
6/10