Wednesday, January 23, 2008

The Magnetic Fields - Distortion

Quantas vezes o título conseguiu numa só palavra resumir os quase 40 minutos de um álbum? Disturtion vem para aquilo para que está empacotado. O consumidor leva para casa aquilo que compra. Stephin Merrin, mentor/vocalista/letrista dos Magnetic Fields, não está aqui para enganar ninguém.

Já o havíamos ouvido: o vocalista dos Magnetic Fields havia dito que “queria fazer um álbum mais Jeses & Mary Chain que os próprios Jesus & Mary Chain" – o resultado directo destas palavras é Distortion. São notórias as influências da banda de Psychocandy espalhadas pelas 13 faixas que constituem o oitavo registo de originais da banda Nova-Iorquina. E que faixas!

Distortion abre de forma quase perfeita. Abre com a quase instrumental “Three-Way”, sendo que o título da canção é repetido por 3 vezes, sendo o suficiente para estragar a premissa. Segue-se-lhe “Califórnia Girls” e vislumbramos a velha Costa Oeste e os Beach Boys a remarem contra a maré, numa canção puramente pop e candidata a primeiro single. Em “Old Fools” vislumbra-se a classe de Matt Berninger, vocalista dos National, para em “Please Stop Dancing” assistir-se ao duelo entre o falsete e o tom nauseabundo da voz de Stephin Merrin. “Mr Mistltoe” é uma enorme canção que, se apregoa por ai, chegou uns dias atrasada.

Distortion é o primeiro grande álbum pop do ano – é angustiante a forma como tanta distorção consegue-nos deixar sem argumentos para a voltarmos a desdenhar. Que pena os Death From Above 1979 terem chegado ao fim.

8/10

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