Álbum do Mês:
Alter Bridge - Blackbird (Imagem) - Link
Outros:
New Young Pony Club - Fantastic Playroom - Link
Andrew Bird - Armchair Apocrypha - Link
Patrick Wolf - The Magic Position - Link
Nirvana - At Reading Festival - Link
Pearl Jam - Immagine in Cornice - Link
Seether - Finding Beauty In Negative Spaces - Link
Puddle of Mudd - Famous - Link
Silverchair - Young Modern - Link
Wolfmother - Please Experience Wolfmother Live - Link
Micro Audio Waves - Odd Size Baggage - Link
Friday, November 30, 2007
Thursday, November 29, 2007
O Futuro Poderá Passar Por Aqui: Rose Hill Drive
Considerados, pela Rollingstone, uma das 10 bandas a manter debaixo de olho no ano que está agora a findar, os Rose Hill Drive vêm de Colorado nos Estados Unidos e podem ser colocados numa onda revivalista do Hard-Rock dos anos 70, da qual se destacam os Australianos Wolfmother - oiça-se "Cold Enough", do homónimo álbum editado em 2006, e vislumbre-se uma bela selecção de tiques do trio Australiano.
Com Led Zeppelin e Deep Purple à cabeça, os Norte-Americanos desfilam influências numa mistura entre uma boa dose de bons riff's Hard-Rock e blues mais clássico. A banda já leva meia década desde a sua formação e o hype que a rodeia já lhes valeu primeiras partes de bandas como os Who, Queens Of The Stone Age, Black Crowes e Aerosmith.
A banda actua a 11 de Dezembro no Santiago Alquimista e o NevermindedMusica vai marcar presença num concerto a manter debaixo de olho.
Com Led Zeppelin e Deep Purple à cabeça, os Norte-Americanos desfilam influências numa mistura entre uma boa dose de bons riff's Hard-Rock e blues mais clássico. A banda já leva meia década desde a sua formação e o hype que a rodeia já lhes valeu primeiras partes de bandas como os Who, Queens Of The Stone Age, Black Crowes e Aerosmith.
A banda actua a 11 de Dezembro no Santiago Alquimista e o NevermindedMusica vai marcar presença num concerto a manter debaixo de olho.
Youtube: Jorge Palma - Encosta-te a mim
Tuesday, November 27, 2007
Youtube: David Fonseca - Superstars
Micro Audio Waves - Odd Size Baggage
Faz já meia década que os portugueses Micro Audio Waves se estrearam nas lides discográficas. Em 2002 o duo Flak (Rádio Macau) e Carlos Morgado editavam o homónimo Micro Audio Waves. Em 2004 elevavam a fasquia com No Waves e eram apadrinhados pelo famoso radialista John Peel – que entretanto faleceu.
Em No Waves sobressai-se a adição de uma sensualidade inerente nas vocalizações de Claudia Efe, adição que agora é assumida pelos próprios como indissociável da banda.
Pop e electrónica fundem-se num álbum em que se vislumbram os Air e de onde se destacam "Do This Do That", "Future Smile", "That's Me, Half A Man" e o single "Down By Flow".
Electro-pop excitante num objecto em que um dos maiores radialistas de sempre vislumbrou qualidade. Não é para todos.
7/10
Pop e electrónica fundem-se num álbum em que se vislumbram os Air e de onde se destacam "Do This Do That", "Future Smile", "That's Me, Half A Man" e o single "Down By Flow".
Electro-pop excitante num objecto em que um dos maiores radialistas de sempre vislumbrou qualidade. Não é para todos.
7/10
Sunday, November 25, 2007
Wolfmother - Please Experience Wolfmother Live
O apelo no título do DVD já é suficientemente aliciante mas, aproveitar o momento é essencial no caso de uma banda como os Wolfmother. A exposição que o primeiro e homónimo álbum - alvo de boas críticas - lhes concedeu, aliado ao regresso dos Led Zepplin - principal influência da banda Australiana -, que anda nas bocas do mundo, conferem a Please Experience Wolfmother Live a exposição necessária.
O pretexto é reunião de milhares de fãs num concerto em Sidney - cidade natal da banda - em que o trio desfila integralmente o seu único álbum de originais com algumas covers e (óptimos) momentos de improvisação à mistura. Há os obviamente mais festejados "Woman" e "White Unicorn", mas há também grandes momentos de celebração como "Pyramid" - com cânticos à "Seven Nation Army" dos White Stripes) -, "Joker & Thief" e, principalmente, "Colossal". De resto, quem presenciou o concerto em Portugal, no Paradise Garage, em Maio passado, não achará este alinhamento estranho.
Essencial, sim, tanto para quem já o experimentou como para quem o nunca o viveu.
8/10
O pretexto é reunião de milhares de fãs num concerto em Sidney - cidade natal da banda - em que o trio desfila integralmente o seu único álbum de originais com algumas covers e (óptimos) momentos de improvisação à mistura. Há os obviamente mais festejados "Woman" e "White Unicorn", mas há também grandes momentos de celebração como "Pyramid" - com cânticos à "Seven Nation Army" dos White Stripes) -, "Joker & Thief" e, principalmente, "Colossal". De resto, quem presenciou o concerto em Portugal, no Paradise Garage, em Maio passado, não achará este alinhamento estranho.
Essencial, sim, tanto para quem já o experimentou como para quem o nunca o viveu.
8/10
Friday, November 23, 2007
Youtube: Simian Mobile Disco - It's The Beat
A par de "D.A.N.C.E.", dos Justice, "It's The Beat" é uma das mais festejadas canções de 2007.
Vídeo -> http://youtube.com/watch?v=HZPXgQSPm8A
Thursday, November 22, 2007
Silverchair - Young Modern
Longe vão os tempos em que os Australianos Silverchair tocavam um certo pós-grunge manhoso. Young Modern solidifica a mudança radical operada já em 2002, aquando da edição de Diorama.
Ao quinto álbum o trio deixa definitivamente de lado os riff's rasgados e poderosos e a voz meio Eddie Vedder, para se lançar sobre o pós-punk e, até, um certo glam-rock. Há por aqui falsetes a rodos numa sonoridade que explora os terrenos que bandas como os Keane, os Coldplay ou mesmo os Embrace dominam.
Produzido por Nick Launay (INXS, Talking Heads) e misturado por David Bottrill (Tool, Muse) Young Modern começa com a faixa título, que serve de canção tipo para aquilo que vai ser o resto do álbum. Para "Straigth Lines", o single, imaginemos aquilo que está entre uns Spoon e uns Coldplay. "Reflections Of A Sound" expõe a versatilidade da voz atingindo um timbre parecido com o de Caleb Folowill - vocalista dos Kings Of Leon - e "Those Thieving Birds (Part 1) / Strange Behaviour / Those Thieving Birds (Part 2)" quota-se como um belo épico de 7 minutos e com 3 partes distintas. "Mind Reader" é pós-punk festivo - perdoe-se a redundância - e "Insomnia" quase que fecha o álbum pela porta grande.
Após 5 anos de silêncio editorial, aplauda-se o regresso dos Silverchair num álbum de consolidações. Sem medo de arriscar poderemos voltar a ouvir falar deles.
7/10
Ao quinto álbum o trio deixa definitivamente de lado os riff's rasgados e poderosos e a voz meio Eddie Vedder, para se lançar sobre o pós-punk e, até, um certo glam-rock. Há por aqui falsetes a rodos numa sonoridade que explora os terrenos que bandas como os Keane, os Coldplay ou mesmo os Embrace dominam.
Produzido por Nick Launay (INXS, Talking Heads) e misturado por David Bottrill (Tool, Muse) Young Modern começa com a faixa título, que serve de canção tipo para aquilo que vai ser o resto do álbum. Para "Straigth Lines", o single, imaginemos aquilo que está entre uns Spoon e uns Coldplay. "Reflections Of A Sound" expõe a versatilidade da voz atingindo um timbre parecido com o de Caleb Folowill - vocalista dos Kings Of Leon - e "Those Thieving Birds (Part 1) / Strange Behaviour / Those Thieving Birds (Part 2)" quota-se como um belo épico de 7 minutos e com 3 partes distintas. "Mind Reader" é pós-punk festivo - perdoe-se a redundância - e "Insomnia" quase que fecha o álbum pela porta grande.
Após 5 anos de silêncio editorial, aplauda-se o regresso dos Silverchair num álbum de consolidações. Sem medo de arriscar poderemos voltar a ouvir falar deles.
7/10
Wednesday, November 21, 2007
Youtube: New Young Pony Club - Ice Cream
Sunday, November 18, 2007
Seether - Finding Beauty In Negative Spaces / Alter Bridge - Famous / Puddle of Mudd - Famous
Seether, Alter Bridge e Puddle Of Mudd são 3 propostas que, curiosamente, lançam todos novos trabalhos pela mesma altura num estilo muito similar, vulgarmente intitulado de pós-grunge. Os Seether lançam Finding Beauty In Negative Spaces, o seu pior álbum. Por seu lado, os Alter Bridge e Puddle Of Mudd lançam Blackbird e Famous, respectivamente, os seus melhores trabalhos discograficos.
Seether:
Sejamos directos e concisos: Finding Beauty In Negative Spaces é uma desilusão. A banda parece ter andado a ouvir Metallica e Audioslave nos últimos dois anos e o cliché esbate-se de uma forma absolutamente cruel sobre o terceiro álbum da banda de Shaun Morgan.
Não foi fácil a vida do vocalista dos Seether nos últimos 2 anos: o fim da relação com Amy Lee, a saída do guitarrista Pat Callahan após Karma & Effect e, principalmente, o suicídio do irmão que será, porventura, a temática principal da canção que abre o disco, "Like A Suicide".
O álbum cria uma certa distância para com os antecessores. Finding Beauty In Negative Spaces aproxima os Seether do Rock FM, possuindo vários potenciais singles de sucesso, singles esses, sem metade da qualidade das canções de Karma & Effect, o melhor álbum da banda Sul-Africana. A parte lírica nunca foi o forte de Morgan, mas Finding Beauty... possuirá, provavelmente, a pior colecção de letras de toda a discografia.
O álbum começa com a já referida "Like A Suicide", talvez a faixa com o refrão mais punk alguma vez criada pelos Seether. Segue-se-lhe a surpreendentemente swing "Fake It", o primeiro single com um solo muito Nirvana da fase Nevermind. Revelam-se dois dos piores momentos do álbum: "Breackdown", muito colada aos Metallica, e "FMLYHM" com Morgan a alcançar o efeito Chris Cornell no seu início. "Fallen", contém um bom riff e pouco mais, "Rise Above This" um bom solo e "6 Gun Quota" tentar repetir a eficácia do riff de "Remedy" – do anterior Karma & Effect – mas sem êxito. A faixa que "parte" o álbum ao meio, a surpreendente "No Jesus Christ" é, sem quaisquer dúvidas, o melhor momento de um álbum que triunfa nos momentos de maior impressibilidade.
Não foi fácil a vida do vocalista dos Seether nos últimos 2 anos: o fim da relação com Amy Lee, a saída do guitarrista Pat Callahan após Karma & Effect e, principalmente, o suicídio do irmão que será, porventura, a temática principal da canção que abre o disco, "Like A Suicide".
O álbum cria uma certa distância para com os antecessores. Finding Beauty In Negative Spaces aproxima os Seether do Rock FM, possuindo vários potenciais singles de sucesso, singles esses, sem metade da qualidade das canções de Karma & Effect, o melhor álbum da banda Sul-Africana. A parte lírica nunca foi o forte de Morgan, mas Finding Beauty... possuirá, provavelmente, a pior colecção de letras de toda a discografia.
O álbum começa com a já referida "Like A Suicide", talvez a faixa com o refrão mais punk alguma vez criada pelos Seether. Segue-se-lhe a surpreendentemente swing "Fake It", o primeiro single com um solo muito Nirvana da fase Nevermind. Revelam-se dois dos piores momentos do álbum: "Breackdown", muito colada aos Metallica, e "FMLYHM" com Morgan a alcançar o efeito Chris Cornell no seu início. "Fallen", contém um bom riff e pouco mais, "Rise Above This" um bom solo e "6 Gun Quota" tentar repetir a eficácia do riff de "Remedy" – do anterior Karma & Effect – mas sem êxito. A faixa que "parte" o álbum ao meio, a surpreendente "No Jesus Christ" é, sem quaisquer dúvidas, o melhor momento de um álbum que triunfa nos momentos de maior impressibilidade.
O que surpreendeu em Karma & Effect foi um talento inegável dos intérpretes em si. O problema era as letras que, por vezes, roçavam o ridículo e o primário. Em Finding... o problema mantém-se, sendo agravado com a falta das boas canções que preenchiam Karma & Effect e até mesmo Declaimer.
5/10
5/10
Alter Bridge:
Aviso: Este álbum é um vício!
Nascidos das cinzas dos Creed – os Alter Bridge são os Creed mais Miles Kennedy, sem Scott Stapp, com atitude, com nova sonoridade e, sobretudo, com qualidade, muita qualidade -, os Alter Bridge são talvez, a par dos Velvet Revolver, a melhor banda de hard-rock do momento. Talento não falta para estas bandas e se One Day Remains não confirmou, felizmente que Blackbird o coloca totalmente às claras.
Mark Tremonti, na guiitarra, Brian Marshall, no baixo, Scott Phillips na bateria e Miles Kennedy nas vocalizações constituem o super-grupo. Mark Tremonsti – talvez o membro mais preponderante na banda – queima riff's e espalha solos geniais, a secção rítmica demonstra inteligência e, principalmente, o baterista Scott Phillips – incrivel na bateria – torna Blackbird num disco muito mais abrangente e envolvente que One Day Remains. Resta o vocalista, Miles Kennedy, que neste registo supera a, já de si, genial participação no antecessor de Blackbird.
A genialidade de Blackbird não poderia ser mais homogénea, é difícil destacar uma faixa. Arrisquemos "Come To Life" ou a pura genialidade de "Burried alive", sem menosprezar as restantes. Atente-se a "Blackbird" e ao carrossel sonoro que a faixa título representa. Um espantoso épico de 8 minutos, em que Miles Kennedy destila uma emoção paranormal. Em "Watch Over You", a única balada de Blackbird, vislumbra-se uma guitarra acústica ao estilo de "Daughter" dos Pearl Jam.
Blackbird é uma daqueles álbuns que a crítica não vai prestar atenção mas que, na verdade, é um das melhores obras Rock dos últimos tempos. Pena a escolha do single ter recaido sobre "Rise Today", talvez a canção menor do álbum.
Este poderá ser o álbum que tornará os Alter Bridge grandes. Enormes! Blackbird é. a par, de Libertad dos Velvet Revolver o melhor álbum de Rock pesado do ano (e em muitos anos). Monstruoso.
9/10
Nascidos das cinzas dos Creed – os Alter Bridge são os Creed mais Miles Kennedy, sem Scott Stapp, com atitude, com nova sonoridade e, sobretudo, com qualidade, muita qualidade -, os Alter Bridge são talvez, a par dos Velvet Revolver, a melhor banda de hard-rock do momento. Talento não falta para estas bandas e se One Day Remains não confirmou, felizmente que Blackbird o coloca totalmente às claras.
Mark Tremonti, na guiitarra, Brian Marshall, no baixo, Scott Phillips na bateria e Miles Kennedy nas vocalizações constituem o super-grupo. Mark Tremonsti – talvez o membro mais preponderante na banda – queima riff's e espalha solos geniais, a secção rítmica demonstra inteligência e, principalmente, o baterista Scott Phillips – incrivel na bateria – torna Blackbird num disco muito mais abrangente e envolvente que One Day Remains. Resta o vocalista, Miles Kennedy, que neste registo supera a, já de si, genial participação no antecessor de Blackbird.
A genialidade de Blackbird não poderia ser mais homogénea, é difícil destacar uma faixa. Arrisquemos "Come To Life" ou a pura genialidade de "Burried alive", sem menosprezar as restantes. Atente-se a "Blackbird" e ao carrossel sonoro que a faixa título representa. Um espantoso épico de 8 minutos, em que Miles Kennedy destila uma emoção paranormal. Em "Watch Over You", a única balada de Blackbird, vislumbra-se uma guitarra acústica ao estilo de "Daughter" dos Pearl Jam.
Blackbird é uma daqueles álbuns que a crítica não vai prestar atenção mas que, na verdade, é um das melhores obras Rock dos últimos tempos. Pena a escolha do single ter recaido sobre "Rise Today", talvez a canção menor do álbum.
Este poderá ser o álbum que tornará os Alter Bridge grandes. Enormes! Blackbird é. a par, de Libertad dos Velvet Revolver o melhor álbum de Rock pesado do ano (e em muitos anos). Monstruoso.
9/10
Puddle Of Mudd:
Em 2001, Come Clean lançou os Puddle Of Mudd para o mainstream do Rock de variação pós-grunge. Singles como "Control", "Drift & Die", a deprimente "She Hates Me", e, principalmente, "Blurry" foram expoente máximo do sucesso da banda. Com Life On Display – álbum que passou completamente alheado do mundo – a banda entra num estado de hibernação de 4 anos até à edição deste Famous.
De facto, o longo tempo de paragem parece ter sido proveitosa para a banda de Wes Scantlin. Há de facto boas canções, não muitas é verdade, mas as que existem conseguem elevar a fasquia de uma banda que sempre se deixou ficar sobre a sombra de uns Nirvana de forma medíocre. Os Puddle Of Mudd dão um ligeiro pontapé no passado – há uma certa “indielização” das guitarras -, sem nunca o desprezar por completo.
“Livin’ On Borrowed Time” revela-nos uma voz ao estilo de Ozzy Ousbourne dos nossos tempos, “Psycho” é a canção mais surpreendente e melhor momento do álbum e “Thinking About You” leva-nos aos muitos clichés que envolvem os Mudd. “I’m Sure” é mais uma chave-mestra e “Radiate” cola-se descaradamente a “Blurry”, talvez na tentativa de obter o mesmo sucesso da mesma.
O futuro dos Puddle Of Mudd já se vislumbrou negro e sombrio. De momento, Famous conseguiu aclarar um pouco esse futuro.
5/10
De facto, o longo tempo de paragem parece ter sido proveitosa para a banda de Wes Scantlin. Há de facto boas canções, não muitas é verdade, mas as que existem conseguem elevar a fasquia de uma banda que sempre se deixou ficar sobre a sombra de uns Nirvana de forma medíocre. Os Puddle Of Mudd dão um ligeiro pontapé no passado – há uma certa “indielização” das guitarras -, sem nunca o desprezar por completo.
“Livin’ On Borrowed Time” revela-nos uma voz ao estilo de Ozzy Ousbourne dos nossos tempos, “Psycho” é a canção mais surpreendente e melhor momento do álbum e “Thinking About You” leva-nos aos muitos clichés que envolvem os Mudd. “I’m Sure” é mais uma chave-mestra e “Radiate” cola-se descaradamente a “Blurry”, talvez na tentativa de obter o mesmo sucesso da mesma.
O futuro dos Puddle Of Mudd já se vislumbrou negro e sombrio. De momento, Famous conseguiu aclarar um pouco esse futuro.
5/10
Friday, November 16, 2007
Nirvana - At Reading Festival / Pearl Jam - Immagine in Cornice
Nirvana e Pearl Jam, as duas maiores bandas do movimento grunge, "lançam", quase em simultâneo, dois DVD's que servem de modelo para o que foram, no caso dos primeiros, e o que são, no caso dos segundos.
Nirvana - At Reading Festival
É vulgar, aquando da tentativa de encontrar o mais marcante concerto dos Nirvana, referir o concerto no Reading da edição de 1992. É de referir que a própria banda – Cobain incluído –, após o espectáculo, ter referido que tudo correu bem. A qualidade do som, a forma dos três elementos, os riff's, ou mesmo os solos. Salvo um ou outro percalço, este foi, mesmo para os Nirvana, o grande concerto da carreira do trio.
Despachemos os aspectos negativos em dois pontos fundamentais:
1 - A qualidade de som;
2 - Uma editora, a Masterplan, que parece apostada em lançar tudo e mais alguma coisa da mais influente banda dos anos 90, numa aparente tentativa de dissecar a carreira da banda até ao limite – com incidência principalmente no Natal;
O resto é história. Destaquemos a história que rodeia o concerto que até perto do seu início esteve em dúvida para os milhares que se deslocaram ao festival - Cobain encontrava-se hospitalizado e, como tal, supostamente a banda não actuaria. A verdade é que o concerto acaba por acontecer, sendo que o vocalista entra de cadeira de rodas, como que a satirizar toda a situação. O mesmo Cobain viria mesmo a referir: "This Is Our Last Show...Before Our Next Show” ridicularizando, mais ainda, a situação. É ainda em Reading 92 que Kurt pede ao público para gritar "We Love You Cortney" – Courtney Love pensaria (e bem) que era o ódio de estimação da altura.
Para recordar as interpretações de clássicos como "Come As You Are" ou "Smells Like Teen Spirit" - com falso arranque - e das menos conhecidas do grande público "Spank Thru" e "D7".
Um concerto, sem dúvida, histórico e essencial, para o fã e simpatizante!
8/10
Despachemos os aspectos negativos em dois pontos fundamentais:
1 - A qualidade de som;
2 - Uma editora, a Masterplan, que parece apostada em lançar tudo e mais alguma coisa da mais influente banda dos anos 90, numa aparente tentativa de dissecar a carreira da banda até ao limite – com incidência principalmente no Natal;
O resto é história. Destaquemos a história que rodeia o concerto que até perto do seu início esteve em dúvida para os milhares que se deslocaram ao festival - Cobain encontrava-se hospitalizado e, como tal, supostamente a banda não actuaria. A verdade é que o concerto acaba por acontecer, sendo que o vocalista entra de cadeira de rodas, como que a satirizar toda a situação. O mesmo Cobain viria mesmo a referir: "This Is Our Last Show...Before Our Next Show” ridicularizando, mais ainda, a situação. É ainda em Reading 92 que Kurt pede ao público para gritar "We Love You Cortney" – Courtney Love pensaria (e bem) que era o ódio de estimação da altura.
Para recordar as interpretações de clássicos como "Come As You Are" ou "Smells Like Teen Spirit" - com falso arranque - e das menos conhecidas do grande público "Spank Thru" e "D7".
Um concerto, sem dúvida, histórico e essencial, para o fã e simpatizante!
8/10
Pearl Jam - Immagine in Cornice
A ideia era passar para DVD o ambiente, a febre, a essência que é o culto dos Pearl Jam, enquanto religião, na sua catedral - o palco. As imagens são, apenas, de 4 datas Italianas, aquando da digressão da banda de Seattle pela Europa para apresentação do último e homónimo álbum.
Provavelmente, a banda que suscita mais paixões junto dos seus fãs no mundo aparece em palco como que se cada um dos seus elementos fossem deuses envolta de um deus maior, Eddie Vedder, prontos para espalhar a sagrada palavra que junta as premissas do Rock da loucura dos ínvios dos anos 90, altura em que saíram os melhores álbuns da banda – Ten e VS. Eddie Vedder tem o público na mão, mas quer mais – fala em Italiano numa tentativa de se rebaixar ao nível do homem normal – tarefa, diga-se, não muito difícil para tamanha humildade.
Grandes momentos: a apoteótica interpretação de "Porch", "Alive" – um dos maiores momentos de celebração dos nossos dias –, "Blood" ou, a sempre festejada cover de Neil Young, "Rockin' In The Free World".
Já não é a loucura desenfreada do início da década de 90, mas é valioso documento da digressão que passou duas vezes por Porutgal, em 3 diferentes datas.
7/10
Provavelmente, a banda que suscita mais paixões junto dos seus fãs no mundo aparece em palco como que se cada um dos seus elementos fossem deuses envolta de um deus maior, Eddie Vedder, prontos para espalhar a sagrada palavra que junta as premissas do Rock da loucura dos ínvios dos anos 90, altura em que saíram os melhores álbuns da banda – Ten e VS. Eddie Vedder tem o público na mão, mas quer mais – fala em Italiano numa tentativa de se rebaixar ao nível do homem normal – tarefa, diga-se, não muito difícil para tamanha humildade.
Grandes momentos: a apoteótica interpretação de "Porch", "Alive" – um dos maiores momentos de celebração dos nossos dias –, "Blood" ou, a sempre festejada cover de Neil Young, "Rockin' In The Free World".
Já não é a loucura desenfreada do início da década de 90, mas é valioso documento da digressão que passou duas vezes por Porutgal, em 3 diferentes datas.
7/10
Monday, November 12, 2007
Youtube: Animal Collective - Peacebone
“Peacebone” é a amalgama sonora que serve de single de apresentação para o novo álbum dos Animal Collective, Strawberry Jam. O video é, como não poderia deixar de ser, bizarro.
Vídeo -> http://youtube.com/watch?v=fxvGHQHiY70
Friday, November 9, 2007
Andrew Bird - Armchair Apocrypha / Patrick Wolf - The Magic Position
Patrick Wolf e Andrew Bird são dois dos songwriters em maior ascensão nos últimos tempos. O primeiro é, por muitos, considerado um génio. O outro é, "apenas", um fantástico escritor de canções que arrebatou a crítica com anterior The Mysterious Production Of Eggs.
Armchair Apocrypha:
E confirma-se! Depois de The Mysterious Production of Eggs – álbum maior da carreira de Andrew Bird – nada mais será o igual. The Mysterious... concedeu a a Bird a aprovação da crítica. O mundo está mais desperto para o rapaz de Chicago e Bird poderá, a curto prazo, tornar-se grande demais.
O oitavo álbum do multi-instrumentalista está, sem desrespeitar o passado, repleto de instrumentos clássicos. Sejam violinos, violoncelos ou qualquer outro instrumento de cordas, é na combinação dos mesmos que se dá a aprovação de 12 canções fantásticas. Armchair Apochypha explora vários territórios que vão da Folk à Pop passando mesmo pelo rock e o jazz.
Logo a abrir "Fiery Crash" larga faíscas numa fantástica intervenção politica. Nem por isso, um pronuncio para o resto do álbum que p ainda momentos de grande categoria como "Cataracts" e "Simple-X", esta última que era, anteriormente, apenas um instrumental de Martin Dosh - habitual colaborador de Bird que trata das partes de bateria e teclados. Bird carrega, ainda, a emoção de Jeff Buckley em "Dark Matter" e, principalmente, em "Armchairs", o melhor momento do álbum.
Depois de Armchair Apocrypha, poucas dúvidas restarão quanto à impossibilidade, de futuramente Andrew Bird poder vir a rematar ao lado.
O oitavo álbum do multi-instrumentalista está, sem desrespeitar o passado, repleto de instrumentos clássicos. Sejam violinos, violoncelos ou qualquer outro instrumento de cordas, é na combinação dos mesmos que se dá a aprovação de 12 canções fantásticas. Armchair Apochypha explora vários territórios que vão da Folk à Pop passando mesmo pelo rock e o jazz.
Logo a abrir "Fiery Crash" larga faíscas numa fantástica intervenção politica. Nem por isso, um pronuncio para o resto do álbum que p ainda momentos de grande categoria como "Cataracts" e "Simple-X", esta última que era, anteriormente, apenas um instrumental de Martin Dosh - habitual colaborador de Bird que trata das partes de bateria e teclados. Bird carrega, ainda, a emoção de Jeff Buckley em "Dark Matter" e, principalmente, em "Armchairs", o melhor momento do álbum.
Depois de Armchair Apocrypha, poucas dúvidas restarão quanto à impossibilidade, de futuramente Andrew Bird poder vir a rematar ao lado.
8/10
Patrick Wolf - The Magic Position:
A história de Patrick Wolf obriga-nos a repensar em todos os clichés de rebeldia que concebemos actualmente. Wolf sai de casa aos 16 anos partindo para Londres, local onde forma vários projectos. Há quem diga que Wolf é um génio e, assim, talvez seja melhor repensar a primeira frase desta crítica. A verdade é que Patrick Wolf é uma das actuais esperanças maiores no que a songwriters diz respeito.
The Magic Position revela um Patrick Wolf – já com 23 anos – a tocar tudo e mais alguma coisa. Ora ele é piano, ora ele é violino, ora ele é violoncelo. Wolf "atrira-se", inclusivé, aos teclados. É por aqui que Wolf poderá ser considerado um génio. Lamente-se o facto de The Magic Position soar a passo atrás. Possui alguns bons momentos, sim, mas soa a panela a ferver à tempo demais. Não foi à toa que o jovem Inglês colocou mesmo a hipótese de não conseguir passar o disco para o palco. O terceiro álbum do jovem britânico é enorme no que a complexidade e excentricidade diz respeito.
As 5 primeiras faixas intercalam-se da forma descrita no parágrafo anterior, sendo que The Magic Position entra numa aura mais bizarra em "Magpie", uma extraordinária faixa com Patrick Wolf em dueto com Marianne Faithfull, e, logo a seguir, na intimidante "The Kiss". Em "Augustine" regressa à normalidade com todo o virtuosismo técnico de Wolf que tal facto possa acarretar.
Ao terceiro álbum, Patrick Wolf obriga-nos a repensar a sua música. Serão os próximos trabalhos do pequeno génio uma continuação do culminar de todo o seu virtuosismo?
6/10
The Magic Position revela um Patrick Wolf – já com 23 anos – a tocar tudo e mais alguma coisa. Ora ele é piano, ora ele é violino, ora ele é violoncelo. Wolf "atrira-se", inclusivé, aos teclados. É por aqui que Wolf poderá ser considerado um génio. Lamente-se o facto de The Magic Position soar a passo atrás. Possui alguns bons momentos, sim, mas soa a panela a ferver à tempo demais. Não foi à toa que o jovem Inglês colocou mesmo a hipótese de não conseguir passar o disco para o palco. O terceiro álbum do jovem britânico é enorme no que a complexidade e excentricidade diz respeito.
As 5 primeiras faixas intercalam-se da forma descrita no parágrafo anterior, sendo que The Magic Position entra numa aura mais bizarra em "Magpie", uma extraordinária faixa com Patrick Wolf em dueto com Marianne Faithfull, e, logo a seguir, na intimidante "The Kiss". Em "Augustine" regressa à normalidade com todo o virtuosismo técnico de Wolf que tal facto possa acarretar.
Ao terceiro álbum, Patrick Wolf obriga-nos a repensar a sua música. Serão os próximos trabalhos do pequeno génio uma continuação do culminar de todo o seu virtuosismo?
6/10
Tuesday, November 6, 2007
Youtube: The National - Mistaken For Strangers
"Mistaken For Strangers" foi o primeiro tema destacado para o formato single do aclamado Boxer. Destaque inteiramente justo, diga-se, pois é um dos melhores momentos do álbum.
Vídeo -> http://youtube.com/watch?v=cgRsYkKb1eI
Saturday, November 3, 2007
Outros álbuns:
New Young Pony Club - Fantastic Playroom
Formados em 2004, os New Young Pony Club (NYPC) lograram atingir alguma notoriedade com a edição de dois singles de assinalável sucesso – "Get Lucky" e, principalmente, "Ice Cream" – que fizeram a cena indie estremecer moderadamente. Íamos em 2006, um ano antes da edição deste Fantastic Playroom.
A banda tem sido vindo a ser colada ao fenómeno New-Rave - o acontecimento musical mais badalado de 2007 -, colagem essa, com apadrinhamento, como não poderia deixar de ser, do NME. Colam-nos ainda às Cansei de Ser Sexy (CSS), que por sua vez, têm sido progressivamente colada ao tal fenómeno. A verdade é que o som dos NYPC pouco tem que ver com a New-Rave e, muito menos, com as CSS. Fenómenos pouco lógicos aparte, o que os NYPC fazem, é recordar a New-Wave dos inícios dos anos 80 com os ensinamentos dos Talking Heads na ponta da língua.
Ainda que com alguns bons apontamentos como "Ice Cream" e, o primeiro single, "The Bomb", a primeira experiência de estúdio revela-se aborrecida a curto prazo. Há uma espécie de energia desgarrada na voz de Tahita Bulmer, a provar que o carisma, sensualidade e dinâmica contidos nas actuações ao vivo não são os mesmos em estúdio. E, não bastava o resultado das canções ser tão insonso, Fantastic Playroom consiste apenas numa reunião dos singles e EP's já conhecidos com uns (poucos) inéditos.
A vocalista, Tahita Bulmer, já afirmou que gostaria de ter a dinâmica de Iggy Pop nas actuações ao vivo. Não lhe duvidamos. O que está aqui em causa é que, a fórmula que ao vivo resulta numa bem razoável experiência audiovisual, em estúdio não faz sentido. E daqui a uns meses já ninguém se lembrará deles, à excepção de David Bowie – confesso apreciador da banda.
4/10
A banda tem sido vindo a ser colada ao fenómeno New-Rave - o acontecimento musical mais badalado de 2007 -, colagem essa, com apadrinhamento, como não poderia deixar de ser, do NME. Colam-nos ainda às Cansei de Ser Sexy (CSS), que por sua vez, têm sido progressivamente colada ao tal fenómeno. A verdade é que o som dos NYPC pouco tem que ver com a New-Rave e, muito menos, com as CSS. Fenómenos pouco lógicos aparte, o que os NYPC fazem, é recordar a New-Wave dos inícios dos anos 80 com os ensinamentos dos Talking Heads na ponta da língua.
Ainda que com alguns bons apontamentos como "Ice Cream" e, o primeiro single, "The Bomb", a primeira experiência de estúdio revela-se aborrecida a curto prazo. Há uma espécie de energia desgarrada na voz de Tahita Bulmer, a provar que o carisma, sensualidade e dinâmica contidos nas actuações ao vivo não são os mesmos em estúdio. E, não bastava o resultado das canções ser tão insonso, Fantastic Playroom consiste apenas numa reunião dos singles e EP's já conhecidos com uns (poucos) inéditos.
A vocalista, Tahita Bulmer, já afirmou que gostaria de ter a dinâmica de Iggy Pop nas actuações ao vivo. Não lhe duvidamos. O que está aqui em causa é que, a fórmula que ao vivo resulta numa bem razoável experiência audiovisual, em estúdio não faz sentido. E daqui a uns meses já ninguém se lembrará deles, à excepção de David Bowie – confesso apreciador da banda.
4/10
Friday, November 2, 2007
Youtube: Seether - Fake It
Os Seether são, a par dos Alter Bridge, uma das propostas mais interessantes do movimento Pós-Grunge. Uma capacidade técnica apurada aliada à extraordinária voz de Shaun Morgan tornou a banda numa referência do movimento. "Fake It" é o primeiro single do novo álbum Finding Beauty In Negative Spaces - acabado de editar. A canção é um misto de Swing (!!) com os riff's pesados que já podíamos verificar no anterior, e fantástico, Karma & Effect. A crítica para breve.
Vídeo -> http://youtube.com/watch?v=7j2DHUw8SZg
Thursday, November 1, 2007
Álbuns de Outubro:
Álbum do Mês:
Bonde Do Rolê - Bonde Do Rolê With Lasers (Imagem) - Link
Outros álbuns:
Sum 41 - Underclass Hero - Link
Ash - Twilight Of The Innocents - Link
Foo Fighters - The Colour And The Shape - (10th Anniversary Special Edition) - Link
Foo Fighters - Echoes, Silence, Patience And Grace - Link
Korn - Untitled - Link
The Thrills - Teenager - Link
Justice - † - Link
Battles - Mirrored - Link
The National - Boxer - Link
Bonde Do Rolê - Bonde Do Rolê With Lasers
Há coisas que não se explicam e ideias que não se propõe. Os Bonde Do Rolê constituem o exemplo perfeito. O trio Brasileiro de Curitiba – são eles Rodrigo Gorky, Pedro D'Eyrot e Marina – junta o característico baile-funk à electrónica, adicionando-se-lhe, ainda, uma veia rockeira baseada em samples de riff's do Hard-Rock dos AC/DC e do grunge/heavy metal dos Alice In Chains. A mistura revela-se pesada e festiva ao mesmo tempo.
A ideia parece original mas, apesar dos elogios em publicações tão reputadas como a “Rolling Stone” e o “New York Times”, foi necessário que Diplo – Conhecido DJ norte-Americano – numa das suas passagens pelo Brasil ficasse surpreendido com a mistura explosiva dos Bonde Ro Rolê. Diplo ficou tão surpreendido que os contratou para a sua editora e convocou o trio para uma digressão conjunta. No fim, a banda acabaria por assinar pela reputada Domino – conhecida por possuir contrato com bandas como os Franz Ferdinand e Arctic Monkeys. Já este ano, os Bonde Do Rolê passaram por festivais históricos como o Roskilde e o Glasonbury ou, em Portugal, pelo Sudoeste.
As canções não passam dos 2/3 minutos e contém frases cruas, por vezes, a roçar o ordinário. A abrir "Dança do Zumbi" é mesmo Hard-Rock puro e um dos melhores momentos desta promissora estreia. Atente-se a "James Bonde" e retenham-se frases como "James Bonde, o seu charme lá de Londres já sacou que tu é gay" ou "James Bonde é travesti" ou, mesmo em "Marina do Bairro", com a ode à puberdade de "Meu ursinho de peluche, eu roçava na infância". Fiquemo-nos por aqui para citarmos apenas os politicamente correctos. O single "Solta o Frango" faz lembrar os primeiros segundos de "Hunting For Witches” do último Weekend In The City dos Bloc Party, numa das mais festivais e oportunamente funk faixas do álbum.
Mas alguém pensou que isto poderia mesmo resultar?
8/10
A ideia parece original mas, apesar dos elogios em publicações tão reputadas como a “Rolling Stone” e o “New York Times”, foi necessário que Diplo – Conhecido DJ norte-Americano – numa das suas passagens pelo Brasil ficasse surpreendido com a mistura explosiva dos Bonde Ro Rolê. Diplo ficou tão surpreendido que os contratou para a sua editora e convocou o trio para uma digressão conjunta. No fim, a banda acabaria por assinar pela reputada Domino – conhecida por possuir contrato com bandas como os Franz Ferdinand e Arctic Monkeys. Já este ano, os Bonde Do Rolê passaram por festivais históricos como o Roskilde e o Glasonbury ou, em Portugal, pelo Sudoeste.
As canções não passam dos 2/3 minutos e contém frases cruas, por vezes, a roçar o ordinário. A abrir "Dança do Zumbi" é mesmo Hard-Rock puro e um dos melhores momentos desta promissora estreia. Atente-se a "James Bonde" e retenham-se frases como "James Bonde, o seu charme lá de Londres já sacou que tu é gay" ou "James Bonde é travesti" ou, mesmo em "Marina do Bairro", com a ode à puberdade de "Meu ursinho de peluche, eu roçava na infância". Fiquemo-nos por aqui para citarmos apenas os politicamente correctos. O single "Solta o Frango" faz lembrar os primeiros segundos de "Hunting For Witches” do último Weekend In The City dos Bloc Party, numa das mais festivais e oportunamente funk faixas do álbum.
Mas alguém pensou que isto poderia mesmo resultar?
8/10
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