Friday, November 9, 2007

Andrew Bird - Armchair Apocrypha / Patrick Wolf - The Magic Position

Patrick Wolf e Andrew Bird são dois dos songwriters em maior ascensão nos últimos tempos. O primeiro é, por muitos, considerado um génio. O outro é, "apenas", um fantástico escritor de canções que arrebatou a crítica com anterior The Mysterious Production Of Eggs.

Armchair Apocrypha:

E confirma-se! Depois de The Mysterious Production of Eggs – álbum maior da carreira de Andrew Bird – nada mais será o igual. The Mysterious... concedeu a a Bird a aprovação da crítica. O mundo está mais desperto para o rapaz de Chicago e Bird poderá, a curto prazo, tornar-se grande demais.

O oitavo álbum do multi-instrumentalista está, sem desrespeitar o passado, repleto de instrumentos clássicos. Sejam violinos, violoncelos ou qualquer outro instrumento de cordas, é na combinação dos mesmos que se dá a aprovação de 12 canções fantásticas. Armchair Apochypha explora vários territórios que vão da Folk à Pop passando mesmo pelo rock e o jazz.

Logo a abrir "Fiery Crash" larga faíscas numa fantástica intervenção politica. Nem por isso, um pronuncio para o resto do álbum que p ainda momentos de grande categoria como "Cataracts" e "Simple-X", esta última que era, anteriormente, apenas um instrumental de Martin Dosh - habitual colaborador de Bird que trata das partes de bateria e teclados. Bird carrega, ainda, a emoção de Jeff Buckley em "Dark Matter" e, principalmente, em "Armchairs", o melhor momento do álbum.

Depois de Armchair Apocrypha, poucas dúvidas restarão quanto à impossibilidade, de futuramente Andrew Bird poder vir a rematar ao lado.


8/10

Patrick Wolf - The Magic Position:

A história de Patrick Wolf obriga-nos a repensar em todos os clichés de rebeldia que concebemos actualmente. Wolf sai de casa aos 16 anos partindo para Londres, local onde forma vários projectos. Há quem diga que Wolf é um génio e, assim, talvez seja melhor repensar a primeira frase desta crítica. A verdade é que Patrick Wolf é uma das actuais esperanças maiores no que a songwriters diz respeito.

The Magic Position revela um Patrick Wolf – já com 23 anos – a tocar tudo e mais alguma coisa. Ora ele é piano, ora ele é violino, ora ele é violoncelo. Wolf "atrira-se", inclusivé, aos teclados. É por aqui que Wolf poderá ser considerado um génio. Lamente-se o facto de The Magic Position soar a passo atrás. Possui alguns bons momentos, sim, mas soa a panela a ferver à tempo demais. Não foi à toa que o jovem Inglês colocou mesmo a hipótese de não conseguir passar o disco para o palco. O terceiro álbum do jovem britânico é enorme no que a complexidade e excentricidade diz respeito.

As 5 primeiras faixas intercalam-se da forma descrita no parágrafo anterior, sendo que The Magic Position entra numa aura mais bizarra em "Magpie", uma extraordinária faixa com Patrick Wolf em dueto com Marianne Faithfull, e, logo a seguir, na intimidante "The Kiss". Em "Augustine" regressa à normalidade com todo o virtuosismo técnico de Wolf que tal facto possa acarretar.

Ao terceiro álbum, Patrick Wolf obriga-nos a repensar a sua música. Serão os próximos trabalhos do pequeno génio uma continuação do culminar de todo o seu virtuosismo?

6/10

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