Saturday, August 23, 2008
Mudança
http://futureimusic.blogspot.com
Aos que me acompanhavam neste blog: um obrigado e até já.
Sunday, August 3, 2008
Primal Scream - Can't Go Back
Saturday, August 2, 2008
Isobel Campbell And Mark Lanegan - Sunday At Devil Dirt
Acabem-se com as dúvidas! Mark Lanegan vai ficar ligado a muito do que de melhor se fez na década dos zeros – tal e qual nomes como Jack White e Josh Homme (com quem colaborou anteriormente nos Queens Of The Stone Age (QOTSA) com os resultados conhecidos (Songs For The Deaf é um clássico do início ao fim)). Para além das colaborações com os QOTSA, há que destacar Bubblegum – outro clássico instantâneo –, o álbum a solo, sob o pseudónimo de Mark Lanegan Band, ou Saturnalia, o disco editado já no decorrer de 2008 – sério candidato no que a listas de balanços anuais diz respeito, pelos melhores motivos, claro – e a colaboração reincidente com Isobel Campbell (Belle And Sebastian). Lanegan parece um Midas do novo milénio – tudo aquilo em que toca parecer tornar-se especial – ouro.
As vozes dos dois protagonistas – não é novidade – combinam na perfeição. A de Isobel é suave e doce, a de Lanegan vem disfarça agressividade. Se a de Mark Lanegan faz arrancar as canções, a de Isobel Campbell complementa-as de forma única e brilhante. “Trouble” é o mais delicioso momento que comprova a compatibilidade.
Num disco que se passeia pela folk, os blues e o jazz – “Come on Over (Turn Me On)“ é exemplo óbvio – destacam-se - para além da supracitada “Trouble” – “Selvation”, “Back Burner e “The Flame That Burns” – Mark Lanegan igual a si mesmo
Sai mais uma obra-prima para os lados de ex-Screaming Trees.
8/10
Álbuns de Julho:
Testament – The Formation Of Damnation (Imagem) - Link
Outros:
A Naifa - Uma inocente inclinação para o mal Link
dEUS - Vantage Point Link
Portishead - Third Link
MGMT - Oracular Spectacular Link
The Last Shadow Puppets - The Age Of The Understatement Link
The Long Blondes - Couples Link
Mesa - Para Todo o Mal Link
Death Cab For Cutie - Narrow Stairs Link
Thursday, July 31, 2008
Death Cab For Cutie - Narrow Stairs
O anterior registo de estúdio, Plans, foi um tremendo sucesso de vendas – a máquina promocional por detrás do disco talvez tenha algumas culpas (o disco foi editado por uma major) – com mais de 1 milhão de cópias vendidas.
Narrow Stairs começa épico e progressivo “(Bixby Canyon Bridge" e "I Will Possess Your Heart"), cai em esparrelas fáceis (“No Sunlight"), conta com letras tão negras quanto sempre, e apodera-se da distorção. Tudo isto num álbum em que é dada primazia às guitarras.
No balanço final nenhuma das 11 canções que compões o 6º registo de originais do quarteto fica na memória e a ideia de razoabilidade parece ser mesmo a conclusão a retirar deste disco. De resto – e ainda que a imprensa estrangeira pareça insistir nesta ideia –, qualquer comparação com os Wilco ou Radiohead é completamente descabida.
Nas mãos de novos aventureiros indie-rock poderia ser um grande álbum, vindo de quem vem é apenas um razoável documento musical.
Tuesday, July 29, 2008
Mesa - Para Todo o Mal
Que fique desde já esclarecido: não, não existe por aqui nada que se assemelhe a “Luz Vaga”. É verdade que o projecto continua a passear-se por trilhos já antes explorados, ou seja, a electro-pop (“Tribunal da Relação” e “Munição”), mas há ambições de ir mais longe. Senão, repare-se na aura 60’s tão presente em “Estrela Carente” – os próprios Rolling Stones encontrariam familiaridades – ou o classicismo da introdução ao álbum “Porta de Entrada” – os créditos devidos à Orquestra Nacional do Porto.
A nível nacional, as comparações com os Clã são inevitáveis, seja pela voz de Mónica Ferraz (“Quando as palavras”, “Fiordes” e “Para todo o mal”), seja pela pop muito dançável presente em grande parte do disco. De resto, para além de João Pedro Coimbra (bateria, percussão e teclados), Mónica Ferraz (voz), Jorge Coelho (guitarra) e Miguel Ramos, Para todo o mal conta ainda com participações do saxofonista José Pedro Coelho, o percussionista Jean François Léze.
Nunca os Mesa foram tão ambiciosos e maduros.
7/10
Sunday, July 27, 2008
Festival Best Rock - Da Weasel - 26 de Julho - Loures
Há 15 anos atrás os Da Weasel não poderiam alimentar o tipo de luxo que foi ontem vislumbrado no concerto inserido no cartaz do Festival Best Rock, em Loures: enormes projectores a promover participações especiais virtuais - Atiba e Manuel Cruz - e todo o restante aparato cénico revelador de maiores ambições.
É verdade que a banda de "Tás na Boa" não terá dado um concerto tão especial quanto o que prometeu dar no Festival Marés Vivas - não estivemos presentes - há uma semana atrás, mas a "Doninha" é uma máquina muito bem oleada no que a espectáculos ao vivo diz respeito, em que mesmo aqueles que são à borla estão incluídos. Arrisque-se a dizer: nos dias que correm é impossível a banda de Pacman e Virgul promover um mau concerto.
Claramente dividido em duas metades. A primeira - substancialmente maior que a segunda - foi constituída maioritariamente por temas divididos entre reggae e hip hop, ou seja, os ritmos mais negros, com excepções para "Essência" - com recepção surpreendente fria - e "Outro Nível" - esta sim, recebida com a euforia do costume.
DJ Glue revelou-se certeiro nos já conhecidos interlúdios promovidos pelo próprio. Assim, desfilaram êxitos de Pharrel Williams - os N.E.R.D. estão na ordem do dia com o novo álbum nas lojas -, Queen com "We Will Rock You" - que já anunciaram que vão editar um álbum com Paul Rogers - e Rage Against The Machine, com "Bulls on Parade" - não é necessário qualquer tipo de parênteses.
Para o final ficou guardado um surpreendente encore em formato claramente rock. E aqui todo o aparato cénico passou a fazer sentido, centrando-se em Jay, no baixo: a pose é a de sempre, tímido, concentrado, de olhos no instrumento, o som torna-se agressivo, é hora de "partir a loiça toda" como diz a letra de "Tás na Boa". A sequência é infernal, começa com "Adivinha quem Voltou", continua com "Niggaz" e, para terminar, sem ferir susceptibilidades, a muito aguardada pelo círculo do "pseudo-mosh pit", "Tás na Boa". Antes já haviam desfilado "Re-Tratamento", "Todagente", "Carrocel", "GTA", "Dialetos de Ternuar", "Toque-Toque", "Mundos Mudos", "Força" e a certeza de que estamos perante uma das maiores máquinas de espectáculos ao vivo nacional - como dizem em "Essência": "O melhor dos melhores ao vivo em Portugal". Não é pura presunção.
8/10