Wednesday, April 30, 2008
Youtube: Radiohead - Nude
Tuesday, April 29, 2008
The Cavalera Conspiracy - Inflikted
Inflikted é tudo aquilo que poderíamos esperar. É uma explosiva mistura de Death e trash-metal – este último, principalmente – a fazer a ponte entre o melhor dos referidos Sepultura e Soulfly. Continuamos a ouvir os sons tribais mais característicos dos Soulfly (“Dark Ark”) e deparamo-nos com introduções acústicas raramente vistas nos anteriores projectos dos dois irmãos (“Bloodbrawl”).
A abrir Inflikted deparamo-nos com a faixa-título, com uma intro à Soulfly e que tem tudo para se tornar num verdadeiro clássico do género. Segue-se-lhe a furiosa “Sanctuary” com um estrondoso riff, logo seguida de “Terrorize”, que tem muito da fase trash dos Metallica. “Hex” é a canção mais brutal do álbum, sendo que, no seu início, faz lembrar “Porrada” de Prophecy – quarto álbum dos Soulfly – e “The Doom Of All Fires” é a mais acessível.
Torna-se quase impossível apontar falhas a este registo. Talvez algum exagero no arrastar de algumas faixas como “Dark Ark” e “Bloodbrawl”. Mas toda a pequena falha é possível perdoar, quando somos compensados com malhas perfeitas como “Nevertrust” e “Must Kill”.
Pode-se chamar a mais do mesmo – um mais do mesmo do bom –, mas, nesta altura, já e possível chamar a Cavalera Conspiracy, o verdadeiro super-grupo do metal mais extremo.
8/10
Monday, April 28, 2008
Youtube: The Raconteurs - Salute Your Solution
Sunday, April 27, 2008
Los Campesinos - Hold On Now, Youngster
Facilmente comparados aos Wombats, a banda revela uma clara atitude punk – há quem refira que mais afirmada do que muitas bandas hardcore –, há electrónica à Kaiser Chiefs e guitarras obviamente indie. Liricamente directo, Hold On Now, Youngster conta com titulos de canções complexos – fossem os Mars Volta como os Campesinos e nada mais seria complicado –, sendo esses títulos mais complicados que as próprias canções. A produção ficou a cargo de Dave Newfeld e dai as várias comparações aos Broken Social Scene – com quem Newfeld trabalhou – de que a banda tem sido alvo.
“Death To Los Campesinos”, canção que abre o álbum possui um riff que está para este registo como “A-Punk” para o debutante disco dos Vampire Weekend – ambos fazem mossa e ambos são deste ano –, "Broken Heartbeats Sound Like Brea” explode com um riff que poderia estar muito bem num álbum dos Queens Of The Stone Age, algures entre o clássico Songs For The Deaf e o posterior Lullabyes To Paralyze e, agora sim, temos a certeza que os Campesinos não têem pretensões de parar. “Drop It Doe Eyes” contem guitarras à Strokes da fase Room On Fire e em “This Is How You Spell "Hahaha, We Destroyed The Hopes And Dreams Of A Generation Of Faux-Romantics" parece que ouvimos Mike Skinner dos Streets no final do tema, num registo similar ao do artista em questão em “Dry Your Eyes”, daquele que é o (único?) grande álbum do mencionado projecto.
De resto, os Campesinos são alvo da mais hilariante crítica do ano presente no site da Popmatters – é seguir o link: http://www.popmatters.com/pm/music/reviews/56995/los-campesinos-hold-on-now-youngster/ – e podemos prever este septeto como uma das próximas grandes sensações, no que a espectáculos ao vivo diz respeito.
7/10
Friday, April 25, 2008
Outros Álbuns:
Ill Nino - Enigma - 4/10
Porcupine Tree - We Lost the Skyline - 6/10
The B-52s - Funplex - 5/10
Elbow - The Seldom Seen Kid - 7/10
Beck - Odelay - (Deluxe Edition) (Na foto) - 9/10
Counting Crows - Saturday Nights And Sunday Mornings 4/10
Rolling Stones - Shine A Light - 7/10
Pennywise - Reason To Believe - 7/10
Sunday, April 20, 2008
Foals - Antidotes
Editado pela Subpop – conhecida por lançar bandas como Nirvana, Mudhoney e Cansei de Ser Sexy – Antidotes goza de uns primeiros 20 minutos quase perfeitos, a intervalar entre canções convencionais muito electropop experimental – “Cassius”, “Red Socks Pugie” e “Electric Bloom” – encontramos outras instrumentais, mais ou menos repetitivas, mas francamente agradáveis - French Open” e “Olympic Airways”. Pena existir o outro lado que, ainda que não seja terrível, não está ao nível do seu arranque. Comparados com os Battles, devido à sua veia math-rock ou à atitude essencialmente experimental de uns Mogwai, o quinteto de Oxford esforça-se por juntar uma amálgama de estilos que junta o convencional indie-rock a uma costela mais dançável, como se se tratassem de uma banda new wave, tipo os Rapture.
Produzido por Dave Sitek dos Tv On The Rádio, Antidotes é um belo primeiro passo de uma banda que, admitindo um certo amadurecimento, tem tudo para confirmar as expectativas em si depositadas.
7/10
Tuesday, April 15, 2008
Beck - Devil's Haircut
Saturday, April 12, 2008
Gnarls Barkley - The Odd Couple
E não há como mencionar Gnarls Barkley sem mencionar “Crazy” – não houve uma única critica na imprensa internacional que não o fizesse –, não um hit, mas o hit radiofónico de 2006. Sim, uma boa canção, não uma enorme canção, como muitos o quiseram fazer crer. E assim como falamos da canção, podemos também falar do álbum, St. Elsewhere, para muitas publicações, tanto nacionais como internacionais, o disco do já anterior mencionado ano. O primeiro do álbum do duo foi, pois, o mais sobrevalorizado álbum de 2006.
Já era de esperar que The Odd Couple não fosse um conjunto de “Crazy’s” – não o é de facto. É antes um álbum apenas normal, razoável, com muita soul – “Blind Mary”, é o exemplo mais óbvio –, muita electrónica (“Going On”), muita pop, muitos ritmos dançáveis e algum gospel (“Who’s Gonna Save My Soul”). As canções acabam de repente, de um segundo para o outro, com drásticas mudanças de ritmo – como que de um ritmo frenético para um…nada. De resto, não é pela produção de Danger Mouse que The Odd Couple sai prejudicado. Há momentos de pura genialidade como “Going On”, “A Little Better” ou "Run (I'm A Natural Disaster)" – um sucesso radiofónico com toda a certeza, tão dançável como cantarolável.
Ainda que goze de bons momentos como “Going On”, “Would Be A Killer”, “Whatever” e “Blind Mary”, há,
6/10
Wednesday, April 9, 2008
Youtube: Nirvana - Come As You Are
Sunday, April 6, 2008
Álbuns de Março:
Vampire Weekend - Vampire Weekend (Imagem) - Link
Outros:
Goldfrapp - Seventh Tree- Link
Nick Cave And The Bad Seeds - Dig Lazarus Dig!!! - Link
Bauhaus - Go Away White - Link
The Gutter Twins - Saturnalia - Link
The Black Crowes - Warpaint - Link
Stephen Malkmus & The Jicks - Real Emotional Trash - Link
The Kills - Midnight Boom - Link
We Are Scientists - Brain Thrust Mastery
Depois de With Love And Squalor – o relativamente bem recebido álbum de estreia – o trio virou duo – o baterista Michael Tapper deixou a banda – e o hype, de certa forma, esfumou-se. O regresso, três depois do primeiro disco, dá-se, pois, com o produtor David Sitek, o que garante ao duo um som mais diversificado relativamente ao anterior registo. Esqueçamos, portanto, o inicio tremido que “Ghouls” proporciona e deixemo-nos levar pela pop dançável à anos 80 de “Lethal Enforcer ou “Tonight”, ou pela mais punk – e hoje em dia chama-se punk a tudo e mais alguma coisa – “Let’s See It”, não nos esquecendo de destacar ainda as similaridades existentes entre o riff principal de “Chik Lit” e o de “Robot Rock” dos Daft Punk e entre toda a face instrumental de “Impatince” com “Country Girl” do último álbum dos Primal Scream, Riot City Blues.
É verdade que não é um álbum que prometa ficar nos anais da história, mas o duo Nova Iorquino composto por Keith Murray e Chris Cain, com Brain Thrust Mastery, continua a dar-nos um bom conjunto de razões para não cessar funções - "After Hours", "Lethal Enforcer" e "Tonight" à cabeça.
7/10
Friday, April 4, 2008
Youtube: Portishead - Machine Gun
Tuesday, April 1, 2008
Be Your Own Pet - Get Awkward
Para quem não conhece a banda, imagine-se a costela mais rockeira dos Yeah Yeah Yeahs, aliada à faceta mais punk das Noisettes, com a atitude de uns Sex Pistols ou de uns Buzzcocks. A mistura resulta num álbum explosivo, lascivo, divertido e até insano – não foi à toa que “Black Hole", "Blow Yr Mind" e "Becky” foram retiradas da versão final do álbum (nos Estados Unidos) por conteúdos demasiados violentos. A banda de Nashville consegue, com sucesso, um registo menos ingénuo que o homónimo de estreia – não, Get Awkward não é um portento de seriedade e isso já está bem frisado no ponto que adjectiva o álbum. Os refrães são mais catchy – "The Kelly Affair", primeiro single, é apenas o exemplo mais óbvio e as canções têm nomes perfeitamente ridículos que funcionam estupidamente bem (“Food Fight” dispensa comentários).
O segundo álbum dos Be Your Own Pet – como o primeiro – não deve ser levado demasiado a sério, mas rende cerca de 30 minutos incrivelmente bem passados, de preferência com o quarto bem arrumadinho – não vá o diabo tece-las. Uma orgia de riff’s com odor a suor feminino.
8/10