Em Kala, Maya Arulpragasam, ou, simplesmente, M.I.A., volta a espalhar em 12 faixas numa mistela de estilos, que vai do hip hop ao baile funk, passando pelas variações electro-pop / electro-hip hop. A nativa do Sri Lanka propõe um disco complexo, alegre e desafiante. Um objecto de difícil alcance, que está longe de ser para o consumidor comum.
Kala é suficientemente bizarro para conter em "Bamboo Banga" samples de Fqualquercoisa - sim, uma qualquer variação de carros de corrida - a alta velocidade ou em "Boyz", canção que, quando não é comandada por "na na na na's", possui uma confiante pronuncia brasileira num simples "pois é!. "Birdflu" e "World Town" é o mais próximo de Arular que encontramos em Kala. "Jimmy" - o melhor momento - tem aspirações a clássico e, em"Come Around", chama o suspeito do costume, Timbaland. Por fim, "XR2", com Diplo, é uma canção com nome de jogo de computador, que se explica numa equação do tipo tétris mais flippers mais M.I.A. – em formato (ainda mais) sensual – é igual a OSNI (objecto sonoro não identificável).
Amada ou odiada, M.I.A. faz parte daquele rol de artistas – com Kanye West à cabeça - que, de álbum para álbum, tentam inovar o meio musical em que se inserem.
8/10
1 comment:
Na minha opinião MIA alcançou com este último cd o auge.
Ela desde o início mostrou ser uma excelente cantora e tem grandes potenciais para ser a melhor.
Para além disso ela tem um ritmo completamente diferente e bastante inovador, mexido e que nos dá vontade de dançar durante horas e horas..
Arrependo-me tanto de não a ter ido ver ao Paredes de Coura :( agora só espero que ela volte a Portugal novamente..
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