Os Zeppelin (é sabido) foram desmantelados logo após a morte do baterista John Bronham. Há quem diga que foi o timming perfeito, há quem diga que foram inteligentes o suficiente para parar, ao invés de continuar com um substituto, que poderia ter sido a ruína de Page, Plant e Jones. Ficou o legado de uma das maiores bandas de sempre. Na verdade, os Led Zeppelin estão para a década de 70 como os Beatles para a de 60. Venderam 200 milhões de álbuns por todo o mundo.
Mothership é especial, também, pela forma directa como a banda colaborou na sua concepção, ao seleccionar as faixas. Foi misturado por Kevin Shirley e produzido pelo próprio Jimmy Page.
Não é fácil destacar marcos na carreira da banda. Destaque-se a fantástica "Babe I'm Gonna Leave You", a inevitável " Whole Lotta Love", o solo, sem parte rítmica e, posteriormente, com parte rítmica, de "Heartbreaker" ou mesmo o clássico que já nem vale a pena enaltecer, devido à sua dimensão transcendente, "Stairway To Heaven". Em "Dazed And Confused" verifica-se que os Wolfmother estiveram particularmente atentos a esta.
O concerto no O2 Arena, a possível digressão, a participação dos elementos dos Led Zeppelin na própria construção da compilação, ou mesmo a onda de revivalismo que se vive agora – dos Australianos Wolfmother aos Norte-Americanos Rose Hill Drive – podem soar a estratégia de marketing descarada. Não. Mothership é essencial para quem dá os primeiros passos na discografia de uma das mais importantes bandas de todos os tempos. Para os fãs será, apenas, um instrumento para abrilhantar a colecção.
8/10
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