Os 3 EP's anteriormente editados haviam lançado pistas. Mirrored - o muito aguardado primeiro longa duração dos Battles - não desilude quem seguiu a ainda curta carreira do projecto.
Lançados entre 2004 e 2006 os EP's que serviram como uma espécie de prólogo para o álbum era o resultado da junção em estúdio de membros de bandas como Don Caballero, Hamlet, Lynx e Tomahawk. Todos eles multi-instrumentalistas, todos eles de créditos firmados. São eles Tyondai Braxton – filho do falecido Anthony Braxton, grande senhor do Jazz –, o baterista John Stanier, o guitarrista Ian Williams e o baixista Dave Konopka.
Mirrored é um álbum de math-rock, ou seja, rock matemático, ou seja, rock calculado e pensado. Mas a definição rock por si só é muito redutora. O álbum de estreia da banda Nova-Iorquina é atmosférico, surpreendente e imprevisível conseguindo juntar numa só canção elementos do rock, da electrónica ou mesmo do funk. A melhor definição que se pode atribuir a Mirrored é a que este soa a música para banda sonora.
Há nos 11 temas pormenores geniais. Atente-se, por exemplo, a "Tonto" e ao pormenor da secção rítmica que nos dá a falsa ideia de lentidão progressiva. Oiça-se "Atlas" – o primeiro single – em toda a sua complexidade e mudanças rítmicas e lembre-se que pouca gente desafia o rock de forma tão ambiciosa. Por fim, centremo-nos em "Tij" para verificar uma colecção de sons banais e usuais no dia a dia como uma esfera a cair no solo ou, a bizarria de um computador a bloquear.
Mirrored era, já antes de sair, uma certeza no que a qualidade diz respeito. Estes 55 minutos vêm-no apenas confirmar.
7/10
Lançados entre 2004 e 2006 os EP's que serviram como uma espécie de prólogo para o álbum era o resultado da junção em estúdio de membros de bandas como Don Caballero, Hamlet, Lynx e Tomahawk. Todos eles multi-instrumentalistas, todos eles de créditos firmados. São eles Tyondai Braxton – filho do falecido Anthony Braxton, grande senhor do Jazz –, o baterista John Stanier, o guitarrista Ian Williams e o baixista Dave Konopka.
Mirrored é um álbum de math-rock, ou seja, rock matemático, ou seja, rock calculado e pensado. Mas a definição rock por si só é muito redutora. O álbum de estreia da banda Nova-Iorquina é atmosférico, surpreendente e imprevisível conseguindo juntar numa só canção elementos do rock, da electrónica ou mesmo do funk. A melhor definição que se pode atribuir a Mirrored é a que este soa a música para banda sonora.
Há nos 11 temas pormenores geniais. Atente-se, por exemplo, a "Tonto" e ao pormenor da secção rítmica que nos dá a falsa ideia de lentidão progressiva. Oiça-se "Atlas" – o primeiro single – em toda a sua complexidade e mudanças rítmicas e lembre-se que pouca gente desafia o rock de forma tão ambiciosa. Por fim, centremo-nos em "Tij" para verificar uma colecção de sons banais e usuais no dia a dia como uma esfera a cair no solo ou, a bizarria de um computador a bloquear.
Mirrored era, já antes de sair, uma certeza no que a qualidade diz respeito. Estes 55 minutos vêm-no apenas confirmar.
7/10
1 comment:
4/5
É um bom álbum!
Já agora a VR já postou o grande especial JOY DIVISION.
Não percas :)
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