Seether, Alter Bridge e Puddle Of Mudd são 3 propostas que, curiosamente, lançam todos novos trabalhos pela mesma altura num estilo muito similar, vulgarmente intitulado de pós-grunge. Os Seether lançam Finding Beauty In Negative Spaces, o seu pior álbum. Por seu lado, os Alter Bridge e Puddle Of Mudd lançam Blackbird e Famous, respectivamente, os seus melhores trabalhos discograficos.
Seether:
Sejamos directos e concisos: Finding Beauty In Negative Spaces é uma desilusão. A banda parece ter andado a ouvir Metallica e Audioslave nos últimos dois anos e o cliché esbate-se de uma forma absolutamente cruel sobre o terceiro álbum da banda de Shaun Morgan.
Não foi fácil a vida do vocalista dos Seether nos últimos 2 anos: o fim da relação com Amy Lee, a saída do guitarrista Pat Callahan após Karma & Effect e, principalmente, o suicídio do irmão que será, porventura, a temática principal da canção que abre o disco, "Like A Suicide".
O álbum cria uma certa distância para com os antecessores. Finding Beauty In Negative Spaces aproxima os Seether do Rock FM, possuindo vários potenciais singles de sucesso, singles esses, sem metade da qualidade das canções de Karma & Effect, o melhor álbum da banda Sul-Africana. A parte lírica nunca foi o forte de Morgan, mas Finding Beauty... possuirá, provavelmente, a pior colecção de letras de toda a discografia.
O álbum começa com a já referida "Like A Suicide", talvez a faixa com o refrão mais punk alguma vez criada pelos Seether. Segue-se-lhe a surpreendentemente swing "Fake It", o primeiro single com um solo muito Nirvana da fase Nevermind. Revelam-se dois dos piores momentos do álbum: "Breackdown", muito colada aos Metallica, e "FMLYHM" com Morgan a alcançar o efeito Chris Cornell no seu início. "Fallen", contém um bom riff e pouco mais, "Rise Above This" um bom solo e "6 Gun Quota" tentar repetir a eficácia do riff de "Remedy" – do anterior Karma & Effect – mas sem êxito. A faixa que "parte" o álbum ao meio, a surpreendente "No Jesus Christ" é, sem quaisquer dúvidas, o melhor momento de um álbum que triunfa nos momentos de maior impressibilidade.
Não foi fácil a vida do vocalista dos Seether nos últimos 2 anos: o fim da relação com Amy Lee, a saída do guitarrista Pat Callahan após Karma & Effect e, principalmente, o suicídio do irmão que será, porventura, a temática principal da canção que abre o disco, "Like A Suicide".
O álbum cria uma certa distância para com os antecessores. Finding Beauty In Negative Spaces aproxima os Seether do Rock FM, possuindo vários potenciais singles de sucesso, singles esses, sem metade da qualidade das canções de Karma & Effect, o melhor álbum da banda Sul-Africana. A parte lírica nunca foi o forte de Morgan, mas Finding Beauty... possuirá, provavelmente, a pior colecção de letras de toda a discografia.
O álbum começa com a já referida "Like A Suicide", talvez a faixa com o refrão mais punk alguma vez criada pelos Seether. Segue-se-lhe a surpreendentemente swing "Fake It", o primeiro single com um solo muito Nirvana da fase Nevermind. Revelam-se dois dos piores momentos do álbum: "Breackdown", muito colada aos Metallica, e "FMLYHM" com Morgan a alcançar o efeito Chris Cornell no seu início. "Fallen", contém um bom riff e pouco mais, "Rise Above This" um bom solo e "6 Gun Quota" tentar repetir a eficácia do riff de "Remedy" – do anterior Karma & Effect – mas sem êxito. A faixa que "parte" o álbum ao meio, a surpreendente "No Jesus Christ" é, sem quaisquer dúvidas, o melhor momento de um álbum que triunfa nos momentos de maior impressibilidade.
O que surpreendeu em Karma & Effect foi um talento inegável dos intérpretes em si. O problema era as letras que, por vezes, roçavam o ridículo e o primário. Em Finding... o problema mantém-se, sendo agravado com a falta das boas canções que preenchiam Karma & Effect e até mesmo Declaimer.
5/10
5/10
Alter Bridge:
Aviso: Este álbum é um vício!
Nascidos das cinzas dos Creed – os Alter Bridge são os Creed mais Miles Kennedy, sem Scott Stapp, com atitude, com nova sonoridade e, sobretudo, com qualidade, muita qualidade -, os Alter Bridge são talvez, a par dos Velvet Revolver, a melhor banda de hard-rock do momento. Talento não falta para estas bandas e se One Day Remains não confirmou, felizmente que Blackbird o coloca totalmente às claras.
Mark Tremonti, na guiitarra, Brian Marshall, no baixo, Scott Phillips na bateria e Miles Kennedy nas vocalizações constituem o super-grupo. Mark Tremonsti – talvez o membro mais preponderante na banda – queima riff's e espalha solos geniais, a secção rítmica demonstra inteligência e, principalmente, o baterista Scott Phillips – incrivel na bateria – torna Blackbird num disco muito mais abrangente e envolvente que One Day Remains. Resta o vocalista, Miles Kennedy, que neste registo supera a, já de si, genial participação no antecessor de Blackbird.
A genialidade de Blackbird não poderia ser mais homogénea, é difícil destacar uma faixa. Arrisquemos "Come To Life" ou a pura genialidade de "Burried alive", sem menosprezar as restantes. Atente-se a "Blackbird" e ao carrossel sonoro que a faixa título representa. Um espantoso épico de 8 minutos, em que Miles Kennedy destila uma emoção paranormal. Em "Watch Over You", a única balada de Blackbird, vislumbra-se uma guitarra acústica ao estilo de "Daughter" dos Pearl Jam.
Blackbird é uma daqueles álbuns que a crítica não vai prestar atenção mas que, na verdade, é um das melhores obras Rock dos últimos tempos. Pena a escolha do single ter recaido sobre "Rise Today", talvez a canção menor do álbum.
Este poderá ser o álbum que tornará os Alter Bridge grandes. Enormes! Blackbird é. a par, de Libertad dos Velvet Revolver o melhor álbum de Rock pesado do ano (e em muitos anos). Monstruoso.
9/10
Nascidos das cinzas dos Creed – os Alter Bridge são os Creed mais Miles Kennedy, sem Scott Stapp, com atitude, com nova sonoridade e, sobretudo, com qualidade, muita qualidade -, os Alter Bridge são talvez, a par dos Velvet Revolver, a melhor banda de hard-rock do momento. Talento não falta para estas bandas e se One Day Remains não confirmou, felizmente que Blackbird o coloca totalmente às claras.
Mark Tremonti, na guiitarra, Brian Marshall, no baixo, Scott Phillips na bateria e Miles Kennedy nas vocalizações constituem o super-grupo. Mark Tremonsti – talvez o membro mais preponderante na banda – queima riff's e espalha solos geniais, a secção rítmica demonstra inteligência e, principalmente, o baterista Scott Phillips – incrivel na bateria – torna Blackbird num disco muito mais abrangente e envolvente que One Day Remains. Resta o vocalista, Miles Kennedy, que neste registo supera a, já de si, genial participação no antecessor de Blackbird.
A genialidade de Blackbird não poderia ser mais homogénea, é difícil destacar uma faixa. Arrisquemos "Come To Life" ou a pura genialidade de "Burried alive", sem menosprezar as restantes. Atente-se a "Blackbird" e ao carrossel sonoro que a faixa título representa. Um espantoso épico de 8 minutos, em que Miles Kennedy destila uma emoção paranormal. Em "Watch Over You", a única balada de Blackbird, vislumbra-se uma guitarra acústica ao estilo de "Daughter" dos Pearl Jam.
Blackbird é uma daqueles álbuns que a crítica não vai prestar atenção mas que, na verdade, é um das melhores obras Rock dos últimos tempos. Pena a escolha do single ter recaido sobre "Rise Today", talvez a canção menor do álbum.
Este poderá ser o álbum que tornará os Alter Bridge grandes. Enormes! Blackbird é. a par, de Libertad dos Velvet Revolver o melhor álbum de Rock pesado do ano (e em muitos anos). Monstruoso.
9/10
Puddle Of Mudd:
Em 2001, Come Clean lançou os Puddle Of Mudd para o mainstream do Rock de variação pós-grunge. Singles como "Control", "Drift & Die", a deprimente "She Hates Me", e, principalmente, "Blurry" foram expoente máximo do sucesso da banda. Com Life On Display – álbum que passou completamente alheado do mundo – a banda entra num estado de hibernação de 4 anos até à edição deste Famous.
De facto, o longo tempo de paragem parece ter sido proveitosa para a banda de Wes Scantlin. Há de facto boas canções, não muitas é verdade, mas as que existem conseguem elevar a fasquia de uma banda que sempre se deixou ficar sobre a sombra de uns Nirvana de forma medíocre. Os Puddle Of Mudd dão um ligeiro pontapé no passado – há uma certa “indielização” das guitarras -, sem nunca o desprezar por completo.
“Livin’ On Borrowed Time” revela-nos uma voz ao estilo de Ozzy Ousbourne dos nossos tempos, “Psycho” é a canção mais surpreendente e melhor momento do álbum e “Thinking About You” leva-nos aos muitos clichés que envolvem os Mudd. “I’m Sure” é mais uma chave-mestra e “Radiate” cola-se descaradamente a “Blurry”, talvez na tentativa de obter o mesmo sucesso da mesma.
O futuro dos Puddle Of Mudd já se vislumbrou negro e sombrio. De momento, Famous conseguiu aclarar um pouco esse futuro.
5/10
De facto, o longo tempo de paragem parece ter sido proveitosa para a banda de Wes Scantlin. Há de facto boas canções, não muitas é verdade, mas as que existem conseguem elevar a fasquia de uma banda que sempre se deixou ficar sobre a sombra de uns Nirvana de forma medíocre. Os Puddle Of Mudd dão um ligeiro pontapé no passado – há uma certa “indielização” das guitarras -, sem nunca o desprezar por completo.
“Livin’ On Borrowed Time” revela-nos uma voz ao estilo de Ozzy Ousbourne dos nossos tempos, “Psycho” é a canção mais surpreendente e melhor momento do álbum e “Thinking About You” leva-nos aos muitos clichés que envolvem os Mudd. “I’m Sure” é mais uma chave-mestra e “Radiate” cola-se descaradamente a “Blurry”, talvez na tentativa de obter o mesmo sucesso da mesma.
O futuro dos Puddle Of Mudd já se vislumbrou negro e sombrio. De momento, Famous conseguiu aclarar um pouco esse futuro.
5/10
2 comments:
Alter Bridge - Famous está muito bem produzido! Muito boa análise, parabéns ;)
Cumpz
Penso que te querias referir a Alter Bridge - Blackbird. Obrigada ;)
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