Oblivion With Bells, o novo álbum dos resepeitáveis senhores da electrónica, Underworld, já está nas lojas. O vídeo de "Crocodile", o primeiro single, é daqueles vídeos que, por um lado, se diz genial sem saber porquê, e por outro, se diz pobre e simples com a certeza naquilo que se está a afirmar. Entre o preto e o branco, pouco há a acrescentar.
Wednesday, October 31, 2007
Youtube: Babyshambles - Delivery
"Delivery" é o primeiro single do novo álbum da banda do infant terrible, Pete Doherty. O segundo álbum da actual banda Ex-Libertine chama-se Shotter's Nation e parece que, finalmente, os Babyshambles cairam nas boas graças da crítica.
Vídeo -> http://youtube.com/watch?v=am8C47g41Nk
Monday, October 29, 2007
The National - Boxer
Alligator – o anterior álbum de estúdio editado em 2005 – deu aos National o reconhecimento generalizado. A banda alcançou o estatuto de culto tendo ainda capacidade para reunir um enorme consenso da crítica em seu redor. Alligator acabou como um dos melhores do ano.
Boxer é, portanto, o quarto álbum de estúdio da banda de Brooklyn. Mais calmo e menos explosivo que o anterior, Boxer é um disco de canções intimistas que centra as atenções na singular voz de Matt Berninger. A voz do vocalista dos National causa náuseas, colocando o estômago a girar como um relógio em pausa para almoço, sem que isso seja algo prejurativo. A melhor forma de a caracterizar é situá-la entre Stuart Staples dos Tinderstiks e Ian Curtis dos extintos Joy Division. A produção ficou a cargo de Peter Katis (Interpol e Spoon), sendo que Boxer conta ainda com as luxuosas participações de Regina Spektor, Sufjan Stevens e Ryan Adams.
A abrir há uma deliciosa "Fake Empire", uma canção melancólica que conta com Sufjan Stevens no piano. Esta canção parece estar para Boxer como "Pionner To The Falls" para Our Love To Admire dos Interpol. Anote-se ainda o sarcasmo de "Mistaken For Strangers", a bela "Green Gloves" ou a simplicidade de uma canção enorme como "Racing Like a Pro". Momentos-chave de um grande álbum.
O culto está cada vez mais forte. Os National são uma das grandes bandas da década.
7/10
Boxer é, portanto, o quarto álbum de estúdio da banda de Brooklyn. Mais calmo e menos explosivo que o anterior, Boxer é um disco de canções intimistas que centra as atenções na singular voz de Matt Berninger. A voz do vocalista dos National causa náuseas, colocando o estômago a girar como um relógio em pausa para almoço, sem que isso seja algo prejurativo. A melhor forma de a caracterizar é situá-la entre Stuart Staples dos Tinderstiks e Ian Curtis dos extintos Joy Division. A produção ficou a cargo de Peter Katis (Interpol e Spoon), sendo que Boxer conta ainda com as luxuosas participações de Regina Spektor, Sufjan Stevens e Ryan Adams.
A abrir há uma deliciosa "Fake Empire", uma canção melancólica que conta com Sufjan Stevens no piano. Esta canção parece estar para Boxer como "Pionner To The Falls" para Our Love To Admire dos Interpol. Anote-se ainda o sarcasmo de "Mistaken For Strangers", a bela "Green Gloves" ou a simplicidade de uma canção enorme como "Racing Like a Pro". Momentos-chave de um grande álbum.
O culto está cada vez mais forte. Os National são uma das grandes bandas da década.
7/10
Saturday, October 27, 2007
Youtube: Mariza surpreende David Letterman em Show Norte-Americano
Convidada pelo programa do Norte-Americano David Letterman, Mariza deixa o próprio incrédulo ao interpretar "Gente da Minha Terra". Entre Oh My Goodness's e Beautiful's, Letterman acaba o talk show numa clara demonstração de apresso pela actuação da fadista portuguesa.
Vídeo -> http://youtube.com/watch?v=r7UDQDl1tcw
Vídeo -> http://youtube.com/watch?v=r7UDQDl1tcw
Youtube: Devil In Me - Brothers In Arms
O primeiro single de Brothers In Arms - novo de originais dos Devil In Me - é a faixa título. O segundo álbum de um dos mais interessantes projectos nacional de hardcore conta com produção de luxo. A masterização, por exemplo, ficou a cargo de Alan Douches que trabalhou com gente como os Sepultura, Misifits ou Sick Of It All.
Vídeo -> http://youtube.com/watch?v=cxe6xAftT0M
Friday, October 26, 2007
Battles - Mirrored
Os 3 EP's anteriormente editados haviam lançado pistas. Mirrored - o muito aguardado primeiro longa duração dos Battles - não desilude quem seguiu a ainda curta carreira do projecto.
Lançados entre 2004 e 2006 os EP's que serviram como uma espécie de prólogo para o álbum era o resultado da junção em estúdio de membros de bandas como Don Caballero, Hamlet, Lynx e Tomahawk. Todos eles multi-instrumentalistas, todos eles de créditos firmados. São eles Tyondai Braxton – filho do falecido Anthony Braxton, grande senhor do Jazz –, o baterista John Stanier, o guitarrista Ian Williams e o baixista Dave Konopka.
Mirrored é um álbum de math-rock, ou seja, rock matemático, ou seja, rock calculado e pensado. Mas a definição rock por si só é muito redutora. O álbum de estreia da banda Nova-Iorquina é atmosférico, surpreendente e imprevisível conseguindo juntar numa só canção elementos do rock, da electrónica ou mesmo do funk. A melhor definição que se pode atribuir a Mirrored é a que este soa a música para banda sonora.
Há nos 11 temas pormenores geniais. Atente-se, por exemplo, a "Tonto" e ao pormenor da secção rítmica que nos dá a falsa ideia de lentidão progressiva. Oiça-se "Atlas" – o primeiro single – em toda a sua complexidade e mudanças rítmicas e lembre-se que pouca gente desafia o rock de forma tão ambiciosa. Por fim, centremo-nos em "Tij" para verificar uma colecção de sons banais e usuais no dia a dia como uma esfera a cair no solo ou, a bizarria de um computador a bloquear.
Mirrored era, já antes de sair, uma certeza no que a qualidade diz respeito. Estes 55 minutos vêm-no apenas confirmar.
7/10
Lançados entre 2004 e 2006 os EP's que serviram como uma espécie de prólogo para o álbum era o resultado da junção em estúdio de membros de bandas como Don Caballero, Hamlet, Lynx e Tomahawk. Todos eles multi-instrumentalistas, todos eles de créditos firmados. São eles Tyondai Braxton – filho do falecido Anthony Braxton, grande senhor do Jazz –, o baterista John Stanier, o guitarrista Ian Williams e o baixista Dave Konopka.
Mirrored é um álbum de math-rock, ou seja, rock matemático, ou seja, rock calculado e pensado. Mas a definição rock por si só é muito redutora. O álbum de estreia da banda Nova-Iorquina é atmosférico, surpreendente e imprevisível conseguindo juntar numa só canção elementos do rock, da electrónica ou mesmo do funk. A melhor definição que se pode atribuir a Mirrored é a que este soa a música para banda sonora.
Há nos 11 temas pormenores geniais. Atente-se, por exemplo, a "Tonto" e ao pormenor da secção rítmica que nos dá a falsa ideia de lentidão progressiva. Oiça-se "Atlas" – o primeiro single – em toda a sua complexidade e mudanças rítmicas e lembre-se que pouca gente desafia o rock de forma tão ambiciosa. Por fim, centremo-nos em "Tij" para verificar uma colecção de sons banais e usuais no dia a dia como uma esfera a cair no solo ou, a bizarria de um computador a bloquear.
Mirrored era, já antes de sair, uma certeza no que a qualidade diz respeito. Estes 55 minutos vêm-no apenas confirmar.
7/10
Thursday, October 25, 2007
Youtube: Velvet Revolver - The Last Fight
É o segundo single extraido de um dos melhores do ano - Libertad dos Velvet Revolver. "Last Fight" é uma das 3 boas baladas contidas no álbum. No vídeo: Slash e Duff iguais a si mesmos. Scott Weiland aparece com uma das menos estravagantes imagens que já lhe reconhecemos.
Wednesday, October 24, 2007
Justice - †
Já foram designers gráficos, bem como elementos de bandas de covers de Nirvana e Metallica – bandas condenadas à garagem. Mas, é na música de dança que Xavier de Rosnay e Gaspar Auge, finalmente, descobrem a fórmula do sucesso.
A história remonta de 2003 quando o duo Francês se propõem a misturar "Never Be Alone", tema dos Simian – actuais Simian Mobile Disco. Em 2006 derrotam, surpreendentemente, Kanye West, numa edição dos MTV Video Music Awards. † era, portanto, uma estreia aguardada com ansiedade nos circuitos da música de dança.
Remontemos aos inícios dos anos 90, altura em que os Chemical Brothers e os Prodigy revolucionavam a música electrónica, ou aos finais dos anos 90 quando os Daft Punk - talvez a maior influência presente no debutante álbum dos Justice - abanavam as pistas para lançar a questão em relação ao momento actual da música electrónica. Quem se chegou afrente depois da década de 90? Os Justice têm grandes ambições. Serão capazes? † está a ter um enorme impacto. Mas será suficiente?
Bons argumentos não faltam. O pontapé de saída é dado com "Genesis", canção introdutória com sons futuristas dignos de um qualquer episódio da série Star Trek. seguem-se-lhe "Let There Be Light" que mais parece uma homenagem ao saudoso Pinball – o datado jogo para computador - e "D.A.N.C.E." que é um hino aos propósitos da música dos Justice e uma da mais exageradamente celebradas canções do ano. Em "Stress" mascaram-se de Chemical Brothers e terminam com uma colecção de sons danosos de "Waters Of Nazareth" – anteriomente já lançada como single – e uma "One Minute To Midnight" que colocada lado a lado com "Da Funk" dos Daft Punk poderia gerar confusão.
Ao primeiro álbum, os Justice juntam as premissas essenciais do legado dos Daft Punk e atribuem-lhes uma identidade própria. Não é genial, mas causa moça.
7/10
A história remonta de 2003 quando o duo Francês se propõem a misturar "Never Be Alone", tema dos Simian – actuais Simian Mobile Disco. Em 2006 derrotam, surpreendentemente, Kanye West, numa edição dos MTV Video Music Awards. † era, portanto, uma estreia aguardada com ansiedade nos circuitos da música de dança.
Remontemos aos inícios dos anos 90, altura em que os Chemical Brothers e os Prodigy revolucionavam a música electrónica, ou aos finais dos anos 90 quando os Daft Punk - talvez a maior influência presente no debutante álbum dos Justice - abanavam as pistas para lançar a questão em relação ao momento actual da música electrónica. Quem se chegou afrente depois da década de 90? Os Justice têm grandes ambições. Serão capazes? † está a ter um enorme impacto. Mas será suficiente?
Bons argumentos não faltam. O pontapé de saída é dado com "Genesis", canção introdutória com sons futuristas dignos de um qualquer episódio da série Star Trek. seguem-se-lhe "Let There Be Light" que mais parece uma homenagem ao saudoso Pinball – o datado jogo para computador - e "D.A.N.C.E." que é um hino aos propósitos da música dos Justice e uma da mais exageradamente celebradas canções do ano. Em "Stress" mascaram-se de Chemical Brothers e terminam com uma colecção de sons danosos de "Waters Of Nazareth" – anteriomente já lançada como single – e uma "One Minute To Midnight" que colocada lado a lado com "Da Funk" dos Daft Punk poderia gerar confusão.
Ao primeiro álbum, os Justice juntam as premissas essenciais do legado dos Daft Punk e atribuem-lhes uma identidade própria. Não é genial, mas causa moça.
7/10
Tuesday, October 23, 2007
Youtube: Wraygunn - Everything's Gonna Be Ok
Monday, October 22, 2007
The Thrills - Teenager
A banda Irlandesa, com nome inspirado no clássico maior de Michael Jackson (Thriller), regressa 3 anos depois do difícil teste do segundo álbum. Let's Little Bohemia acabou por não cair nas boas graças da crítica, ao contrário do debutante So Much For The City – lançado um ano antes. Depois da digressão de promoção do segundo álbum – que trouxe o quinteto a Portugal com uma morna e incompreendida actuação no Festival Sudoeste – não mais ouvimos falar dos Thrills.
Ao terceiro álbum, a banda de Dublin continua a espalhar as influências óbvias dos Beach Boys num álbum que não a desune do seu passado. O quinteto optou por gravar em Vancouver (EUA) e volta a chamar Tony Hoffer – famoso pelo seu trabalho com Beck, Air e Smashing Pumpkins – para a promoção, o que confere uma ainda maior ligação com o passado, visto que credenciado produtor já havia produzido o antecessor de Teenager. Para quem não conhece o som dos Thrills, este situa-se entre uma espécie de folk sustentada em canções como "The Midnight Coir" e "Restaurant" e a pop melosa de canções como "Nothing Changes Around Here" – o primeiro single – e "This Year".
Sente-se uma necessidade de ruptura e de não repetição na música dos Thrills. Três álbuns sempre na mesma toada começam a parecer demais. Poderá tornar-se catastrófico quando a música deixar de ser indubitavelmente bela.
6/10
Ao terceiro álbum, a banda de Dublin continua a espalhar as influências óbvias dos Beach Boys num álbum que não a desune do seu passado. O quinteto optou por gravar em Vancouver (EUA) e volta a chamar Tony Hoffer – famoso pelo seu trabalho com Beck, Air e Smashing Pumpkins – para a promoção, o que confere uma ainda maior ligação com o passado, visto que credenciado produtor já havia produzido o antecessor de Teenager. Para quem não conhece o som dos Thrills, este situa-se entre uma espécie de folk sustentada em canções como "The Midnight Coir" e "Restaurant" e a pop melosa de canções como "Nothing Changes Around Here" – o primeiro single – e "This Year".
Sente-se uma necessidade de ruptura e de não repetição na música dos Thrills. Três álbuns sempre na mesma toada começam a parecer demais. Poderá tornar-se catastrófico quando a música deixar de ser indubitavelmente bela.
6/10
Saturday, October 20, 2007
Youtube: Slimmy - Bloodshot Star
Distingue-se pela sua aparência arrojada e por certo arrojo audiovisual. Slimmy é um dos senhores da música nacional pelos quais 2007 será recordado. O sucessor do bem sucedido primeiro single "Beatsound Loverboy" é "Bloodshot Star". O vídeo promete criar uma certa controvérsia. Sujo, quente, delirante e caótico são quatro adjectivos que o caracterizam na perfeição.
Youtube: Jeff Buckley - Hallelujah
Friday, October 19, 2007
Korn - Untitled
Faz já 13 anos desde que os Korn começaram a ser associados ao malfadado nu-metal. Ligação estranha, diga-se, pois a banda Californiana nunca foi muito dada à arte do rap, a que o Nu-Metal é normalmente ligado. Moral da história: O Nu-Metal foi sepultado, mas os Korn ainda por cá andam.
Era irrefutável a desconfiança que pairava no ar, após falhanços artísticos tão dispares como o anterior See You On The Other Side e a tentativa de soar choninhas do MTV Umplugged. Havia ainda que juntar as anteriores saídas de Brian "Head" Welch em 2005 e o anunciado hiato de David Silveria na bateria. Os receios concretizam-se: Untilted é o pior álbum dos Korn.
Terry Bozzio - conhecido pelo trabalho com Franz Zappa - substitui (sem mestria) David Silveria na bateria, num álbum que Jonathan Davis referia que iria ter influências dos Beatles (!) e The Cure - pelos quais os Korn já haviam demonstrado apreço aquando do apelo à colaboração no álbum acústico. Influências, essas, que parecem ter sido esquecidas.
O oitavo álbum de estúdio da Jonathan Davis é repetitivo, previsível e pouco ambicioso, mais industrial e atmosférico que a anterior discografia, tanto que as comparações com Marilyn Manson e Nine Inch Nails são inevitáveis.
Os Korn já não são a banda que se lançou em 1994. Actualmente, são uma banda sem força nem química, que tenta ser aquilo que nunca foi e pelo qual não se notabilizou. Um álbum sem título ajudará a que (felizmente) o oitavo disco dos Korn venha a ser pouco recordado.
4/10
Era irrefutável a desconfiança que pairava no ar, após falhanços artísticos tão dispares como o anterior See You On The Other Side e a tentativa de soar choninhas do MTV Umplugged. Havia ainda que juntar as anteriores saídas de Brian "Head" Welch em 2005 e o anunciado hiato de David Silveria na bateria. Os receios concretizam-se: Untilted é o pior álbum dos Korn.
Terry Bozzio - conhecido pelo trabalho com Franz Zappa - substitui (sem mestria) David Silveria na bateria, num álbum que Jonathan Davis referia que iria ter influências dos Beatles (!) e The Cure - pelos quais os Korn já haviam demonstrado apreço aquando do apelo à colaboração no álbum acústico. Influências, essas, que parecem ter sido esquecidas.
O oitavo álbum de estúdio da Jonathan Davis é repetitivo, previsível e pouco ambicioso, mais industrial e atmosférico que a anterior discografia, tanto que as comparações com Marilyn Manson e Nine Inch Nails são inevitáveis.
Os Korn já não são a banda que se lançou em 1994. Actualmente, são uma banda sem força nem química, que tenta ser aquilo que nunca foi e pelo qual não se notabilizou. Um álbum sem título ajudará a que (felizmente) o oitavo disco dos Korn venha a ser pouco recordado.
4/10
Tuesday, October 16, 2007
Youtube: Eddie Vedder - Hard Sun
Youtube: The Chemical Brothers - The Salmoan Dance
O álbum não é bom, o video é mau, a canção é mediocre. "The Salmoan Dance" é o segundo single retirado de We Are The Night.
Saturday, October 13, 2007
Brincando aos Clássicos - Jeff Buckley - Grace
O filho de Tim Buckley – Jeff Buckley de seu nome – seguiu, exactamente, os mesmos passos do pai. Jeff, talentoso songwriter e dono de uma voz portentosa, lança-se no seio do mundo musical – como o seu pai havia feito, a seu tempo – em 1994, com um álbum que antes de ser um clássico já o era. Mas, assim como Tim, Jeff deixa o mundo a tenra idade. Se Tim Buckley morre com 28 anos de vida, Jeff Buckley viria a falecer com três décadas de vida.
Grace revelava uma voz sem mácula, tanto mais abonada como sôfrega ou melancólica, que se situava entre Chris Cornell (ex-Soundgarden e Audioslave) e Thom York (Radiohead). Um songwriter de excelência e de gosto aprofundado, Jeff acabaria por confessar o seu apreço pelos Led Zepplin, influencias, essas, que passariam para o álbum de estreia, com Robert Plant à cabeça.
Atente-se ao single e fantástico épico que é "Grace" e pense-se num artista da década de 90 que tenha atingido o nível de excelência da voz de Jeff Buckley. Escute-se a fantástica cover para "Halleluiah" e atreva-se a referir que o aluno ultrapassou o mestre (Leonard Cohen). Entre estes momentos altos encontram-se outros, não menos geniais, que fizeram de Jeff Buckley um dos mais penosos mártires da década de 90. Provavelmente, só se pode encontrar paralelismo com o caso Kurt Cobain.
Jeff Buckley foi especial. Faleceu em 1997 no Mississipi sem que lhe tenha sido concedida a oportunidade de errar.
Grace revelava uma voz sem mácula, tanto mais abonada como sôfrega ou melancólica, que se situava entre Chris Cornell (ex-Soundgarden e Audioslave) e Thom York (Radiohead). Um songwriter de excelência e de gosto aprofundado, Jeff acabaria por confessar o seu apreço pelos Led Zepplin, influencias, essas, que passariam para o álbum de estreia, com Robert Plant à cabeça.
Atente-se ao single e fantástico épico que é "Grace" e pense-se num artista da década de 90 que tenha atingido o nível de excelência da voz de Jeff Buckley. Escute-se a fantástica cover para "Halleluiah" e atreva-se a referir que o aluno ultrapassou o mestre (Leonard Cohen). Entre estes momentos altos encontram-se outros, não menos geniais, que fizeram de Jeff Buckley um dos mais penosos mártires da década de 90. Provavelmente, só se pode encontrar paralelismo com o caso Kurt Cobain.
Jeff Buckley foi especial. Faleceu em 1997 no Mississipi sem que lhe tenha sido concedida a oportunidade de errar.
Monday, October 8, 2007
Youtube: The Hives - Tick Tick Boom
Youtube: Pearl Jam - Alive ao vivo em Milão
Immagine Nel Telaio é o nome do novo DVD dos Pearl Jam editado a 15 de Setembro. O pretexto é a última digressão Europeia da banda. As imagens são de quatro concertos em outras tantas cidades Italianas. Neste vídeo, no clássico de sempre "Alive", por momentos revemos em Eddie Vedder e companhia a rebeldia do início de carreira. Tempo ainda para ver Vedder a espalhar-se, literalmente, ao comprido.
Vídeo -> http://youtube.com/watch?v=tcZTLGd9Ex0
Sunday, October 7, 2007
Foo Fighters - Echoes, Silence, Patience And Grace / The Colour And The Shape - (10th Anniversary Special Edition)
Echoes, Silence, Patience And Grace:
É com a pressão de uma das maiores bandas Rock de hoje, que os Foo Fighters lançam "Echoes, Silence, Patience And Grace".
Começando pelo essencial, este sexto álbum de estúdio dos Foo Fighters é, em muito, diferente da anterior discografia da banda de Dave Grohl. Como elemento diferencial mais relevante, "Echoes..." conta em muitas das suas canções com mudanças de ritmo radicalíssimas - de resto, como Grohl já havia avisado pouco antes do álbum saltar para as lojas. Atente-se a "Let It Die", canção dedicada ao turbilhão de emoções à volta da relação Kurt & Courtney, que começa em formato acústico, acabando com Grohl a gritar em plenos pulmões com uma certa dose de desespero "Why You Have To Go And Let It Die!”. 13 anos depois, Grohl já se sente à vontade para falar dos Nirvana e de Cobain.
Em "Echoes...", a banda volta a chamar Gil Norton, produtor que já havia colaborado em "The Colour And The Shape". Os tempos são outros e, contrário do segundo álbum dos Foo Fighters, "Echoes..." não soa tão cru e brutal. De resto, os Foo Fighters têm vindo a fabricar álbuns cada vez mais ambiciosos e produzidos.
No que a canções diz respeito "The Pretender", o primeiro single, contém radicalíssimas mudanças de ritmo e pode muito bem ser apontado como um dos momentos mais altos do ano. Em "Cheer Up, Boys (Your Make-Up Is Running)" lança farpas aos Emo's, e "The Ballad Of The Beaconsfields Miners" é um instrumental dedicado a dois mineiros Australianos que ficaram presos debaixo da terra durante semanas, tendo pedido não mais que um !Pod com canções de Grohl e companhia, para não perderem a esperança.
Se "In Your Honor" era constituído por dois discos, um de puro Rock N’ Roll e outro acústico, "Echoes..." é uma espécie de 2 em 1.
7/10
Começando pelo essencial, este sexto álbum de estúdio dos Foo Fighters é, em muito, diferente da anterior discografia da banda de Dave Grohl. Como elemento diferencial mais relevante, "Echoes..." conta em muitas das suas canções com mudanças de ritmo radicalíssimas - de resto, como Grohl já havia avisado pouco antes do álbum saltar para as lojas. Atente-se a "Let It Die", canção dedicada ao turbilhão de emoções à volta da relação Kurt & Courtney, que começa em formato acústico, acabando com Grohl a gritar em plenos pulmões com uma certa dose de desespero "Why You Have To Go And Let It Die!”. 13 anos depois, Grohl já se sente à vontade para falar dos Nirvana e de Cobain.
Em "Echoes...", a banda volta a chamar Gil Norton, produtor que já havia colaborado em "The Colour And The Shape". Os tempos são outros e, contrário do segundo álbum dos Foo Fighters, "Echoes..." não soa tão cru e brutal. De resto, os Foo Fighters têm vindo a fabricar álbuns cada vez mais ambiciosos e produzidos.
No que a canções diz respeito "The Pretender", o primeiro single, contém radicalíssimas mudanças de ritmo e pode muito bem ser apontado como um dos momentos mais altos do ano. Em "Cheer Up, Boys (Your Make-Up Is Running)" lança farpas aos Emo's, e "The Ballad Of The Beaconsfields Miners" é um instrumental dedicado a dois mineiros Australianos que ficaram presos debaixo da terra durante semanas, tendo pedido não mais que um !Pod com canções de Grohl e companhia, para não perderem a esperança.
Se "In Your Honor" era constituído por dois discos, um de puro Rock N’ Roll e outro acústico, "Echoes..." é uma espécie de 2 em 1.
7/10
The Colour And The Shape - (10th Anniversary Special Edition):
Quando há que referir o melhor dos cinco álbuns editados pelos Foo Fighters, até à data desta edição, "The Colour And The Shape" é o escolhido, tanto pelos fãs, como pela crítica. É o álbum que conferiu à banda de Dave Grohl a credibilidade de uma grande banda Rock, que não vive apenas apoiada no passado histórico do seu frontman.
A comemoração da década de vida do mais marcante álbum dos Foo Fighters reúne a loucura extravasada de "Monkey Wrench" ou "Enough Space" e as frenéticas mudanças de ritmo a deambular entre um registo vocal mais melódico e um outro mais brutal de "My Poor Brain". Há ainda espaço para os sussurros de "Doll", uma relaxante "Walking After You" e os verdadeiros clássicos que são "My Hero" e "Everlong".
Ao segundo álbum, Grohl enterrava a pesada herança deixada pelos Nirvana. Mais tarde colaboraria com o Queens Of The Stone Age, provando que em ambiente de génios Grohl é absolutamente mágico. Ao contrário de Crhis Novoselik, baixista dos Nirvana, o baterista (feito vocalista) voltava a ser bem sucedido na indústria musical. Reincidente portanto.
8/10
Friday, October 5, 2007
Youtube: Foo Fighters em entrevista
Dave Grohl e Taylor Hawkins falam sobre os Nirvana, sobre o novo álbum e...sobre paternidade. São à volta de 11 minutos, sempre com o bom humor dos 2 elementos da banda a vir ao de cima.
Vídeo -> http://youtube.com/watch?v=ItuwZyBYSAo
Youtube: Nine Inch Nails - Capital G
Se a letra poderia gerar algumas dúvidas, o vídeo, por seu lado, desmitifica-as. O fim do mundo (tão presente no conceptual Year Zero) pode passar por aqui.
Vídeo -> http://youtube.com/watch?v=C8bmlXmDDs4
Thursday, October 4, 2007
Ash - Twilight Of The Innocents
"Twilight Of The Innocents" é o ultimo album dos Ash. A banda anunciou que a partir daqui serão apenas editados singles. A ideia de construção de carreira já não é o que era e, ao quinto álbum, os Ash tentam abalar a indústria musical.
Na verdade, ainda que tenham obtido assinalável sucesso comercial, os Ash nunca conseguiram saltar para o mainstream. Não é por falta de material. O trio conta já com 13 anos carreira, a espalhar um Rock "apunkalhado" com a sensibilidade pop derivada da voz de Tim Wheeler que já entrou na casa dos 30 - embora pareça que a nível vocal, o tempo parou nos seus 17 anos, quando lançaram Trailer. Nesse momento, os elementos da banda ainda não haviam atingido a maioridade.
No que a problemas diz respeito, depois de "Meltdown", Charlotte Hatherley - o segundo guitarrista - abandona a banda, lançando-se a solo no início do decorrente ano. Os Ash tornam-se um trio.
Quanto às canções, o primeiro single "You Can't Have it All" é o estereótipo de single que os Ash pretenderão editar a partir daqui de tão catchy consegue ser. Há ainda uma poderosa "Started a Fire", ou um certo Stoner em "Blacklisted" e "Princess Six".O álbum acaba com o épico "Twilight Of The Innocents". Num último momento temos a certeza que estas poderão ter sido os últimos 6 minutos dos Ash em formato álbum.
O facto de a partir de agora apenas ouvirmos falar dos Ash para edição de singles não deverá constar como um problema para uma banda que sempre soube fabricar 2 ou 3 temas mais radiofónicos por álbum.
7/10
Na verdade, ainda que tenham obtido assinalável sucesso comercial, os Ash nunca conseguiram saltar para o mainstream. Não é por falta de material. O trio conta já com 13 anos carreira, a espalhar um Rock "apunkalhado" com a sensibilidade pop derivada da voz de Tim Wheeler que já entrou na casa dos 30 - embora pareça que a nível vocal, o tempo parou nos seus 17 anos, quando lançaram Trailer. Nesse momento, os elementos da banda ainda não haviam atingido a maioridade.
No que a problemas diz respeito, depois de "Meltdown", Charlotte Hatherley - o segundo guitarrista - abandona a banda, lançando-se a solo no início do decorrente ano. Os Ash tornam-se um trio.
Quanto às canções, o primeiro single "You Can't Have it All" é o estereótipo de single que os Ash pretenderão editar a partir daqui de tão catchy consegue ser. Há ainda uma poderosa "Started a Fire", ou um certo Stoner em "Blacklisted" e "Princess Six".O álbum acaba com o épico "Twilight Of The Innocents". Num último momento temos a certeza que estas poderão ter sido os últimos 6 minutos dos Ash em formato álbum.
O facto de a partir de agora apenas ouvirmos falar dos Ash para edição de singles não deverá constar como um problema para uma banda que sempre soube fabricar 2 ou 3 temas mais radiofónicos por álbum.
7/10
Wednesday, October 3, 2007
Frases:
"Vocês não são mais New Order do que eu!" - Peter Hook (New Order);
"Não vai soar Arctic Monkeys" - Miles Kane (sobre o projecto com Alex Turnor, vocalista dos Arctic Monkeys);
"A Internet deveria deixar de existir durante 5 anos" - Sir Elton John;
"Os jornalistas são as pessoas mais preguiçosas do mundo" - Jack White (White Stripes);
"Nunca iremos repetir o sucesso dos Guns N' Roses" - Duff McKagan (Baixista dos Velvet Revolver);
"A minha carreira a solo terminará se, a partir de 11 de Setembro, o Kanye vender mais álbuns que eu" - 50 Cent;
"Nunca vamos parar" - Ronnie Wood (Guitarrista os Rolling Stones);
"Vai ser mais POP, mais pesado, mais tudo!" - James Righton (Klaxons) sobre o próximo álbum da banda;
"Não vai soar Arctic Monkeys" - Miles Kane (sobre o projecto com Alex Turnor, vocalista dos Arctic Monkeys);
"A Internet deveria deixar de existir durante 5 anos" - Sir Elton John;
"Os jornalistas são as pessoas mais preguiçosas do mundo" - Jack White (White Stripes);
"Nunca iremos repetir o sucesso dos Guns N' Roses" - Duff McKagan (Baixista dos Velvet Revolver);
"A minha carreira a solo terminará se, a partir de 11 de Setembro, o Kanye vender mais álbuns que eu" - 50 Cent;
"Nunca vamos parar" - Ronnie Wood (Guitarrista os Rolling Stones);
"Vai ser mais POP, mais pesado, mais tudo!" - James Righton (Klaxons) sobre o próximo álbum da banda;
Youtube: Angels & Airwaves - Everything's Magic
Eis a melhor parte do desmantelamento dos Blink 182. Os Angels And Airwaves representam a faceta mais progressiva de uma das mais celebradas bandas Punk-Rock dos últimos tempos. Geraram tanto, amores como ódios, mas no fim podem afirmar que abanaram a indústria musical. “Everything’s Magic” é o single de avanço do segundo álbum que aí vem.
Vídeo -> http://uk.youtube.com/watch?v=jgUSltb-7V0
Tuesday, October 2, 2007
Sum 41 - Underclass Hero
Passaram-se três anos sobre o último álbum de originais da banda de Deryck Whibley. Os Sum 41 passaram por alguns dos momentos mais conturbados da sua carreira, com a saída do guitarrista Dave Baksh à cabeça.
Em Underclass Hero, o trio Canadiano mais não faz que lançar farpas à administração Bush, num álbum que se situa algures entre o anterior álbum da banda, o moderadamente bem recebido Chuck e American Idiot dos Greenday.
O já clássico dos Greenday parece ter mesmo sido colocado como ponto de partida para o quarto álbum dos Sum 41. Senão, atente-se ao single e faixa título "Underclass Hero", que pode ser comparada a "Holiday", e que contém um solo típico da banda de East Bay. No interlúdio "Ma Poubelle" escancaram-nos com um registo vocal colado ao de Billy Joe e, por fim, consolidam as comparações nos coros e na voz nasalada de "March Of Dogs". Tudo isto é American Idiot. Tudo isto é Greenday. De resto, "Pull The Certain" faz lembrar "We're All To Blame" do álbum anterior de Chuck e "King Of The Certain" puxa-nos para outras referências históricas dos Pennywise e Bad Religion.
"Underclass Hero" é inconsequente. É, sem dúvida, um álbum mais ambicioso que os anteriores, mas o facto de a banda não se conseguir descolar das referências do género só a prejudica. É impossível não pensar que isto já foi feito antes.
4/10
Em Underclass Hero, o trio Canadiano mais não faz que lançar farpas à administração Bush, num álbum que se situa algures entre o anterior álbum da banda, o moderadamente bem recebido Chuck e American Idiot dos Greenday.
O já clássico dos Greenday parece ter mesmo sido colocado como ponto de partida para o quarto álbum dos Sum 41. Senão, atente-se ao single e faixa título "Underclass Hero", que pode ser comparada a "Holiday", e que contém um solo típico da banda de East Bay. No interlúdio "Ma Poubelle" escancaram-nos com um registo vocal colado ao de Billy Joe e, por fim, consolidam as comparações nos coros e na voz nasalada de "March Of Dogs". Tudo isto é American Idiot. Tudo isto é Greenday. De resto, "Pull The Certain" faz lembrar "We're All To Blame" do álbum anterior de Chuck e "King Of The Certain" puxa-nos para outras referências históricas dos Pennywise e Bad Religion.
"Underclass Hero" é inconsequente. É, sem dúvida, um álbum mais ambicioso que os anteriores, mas o facto de a banda não se conseguir descolar das referências do género só a prejudica. É impossível não pensar que isto já foi feito antes.
4/10
Monday, October 1, 2007
Youtube: Foo Fighters - The Pretender
"The Pretender" é o primeiro single de Echoes, Silence, Patience And Grace, o novo dos Foo Fighters. Um vídeo a fazer lembrar a fase One By One, em que Dave Ghrol - o mesmo que há tempos pensava não atingir os minimos no que à sua voz diz respeito - atinge registos vocais impensáveis há dois ou três álbuns atrás. A crítica brevemente.
Youtube: A queda de PJ Harvey
PJ Harvey em palco é um momento irrepetivel! Um verdadeiro animal de palco. Por vezes essa "loucura" pode dar para o torto. Neste vídeo acaba, literalmente, por meter os pés pelas mãos e cai em plena actuação.
Vídeo -> http://www.youtube.com/watch?v=3FjhsNVBQjo
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