Álbuns de Setembro:

Álbum do Mês:

Spoon - Ga Ga Ga Ga Ga (Imagem) - Link

Outros álbuns:

The Bravery - The Sun and The Moon - Link

Fonzie - Shout it Out - Link

The Chemical Brothers - We Are The Night - Link

Sunshine Underground - Raise The Alarm - Link

Mundo Cão - Mundo Cão - Link

Bad Religion - New Maps Of Hell - Link

Lifehouse - Who We Are - Link

Prince - Planet Earth - Link

Paul McCartney - Memory Almost Full - Link

Paul McCartney - Memory Almost Full / Prince - Planet Earth

Dois dos maiores nomes da música contemporânea regressam às edições discográficas. Paul McCartney lança "Memory Almost Full" enquanto Prince, por seu lado, edita "Planet Earth". Enquanto que o Ex-Beatle volta a acertar na muche, Prince opta por um álbum engraçado, aguerrido, ainda que, muito focado no mainstream.

Paul McCartney - Memory Almost Full:

Paul McCartney dá um pontapé na EMI – que, certamente, precisaria de tudo menos um pontapé nesta fase conturbada por que passa – e baptiza a nova Starbucks. "Memory Almost Full" é mais um álbum (e vão 21!) em que McCartney tenta deixar o passado recente de lado. "Dispensa" Nigel Godrich (Radiuhead), produtor de "Chaos & Creation In The Backyard", e volta achamar David Khane.

O Ex-Fab four tenta ser uma rockstar em "Only Mama Knows" e "Nod Your Head", obtém um registo vocal próximo de Rick Davies, vocalista dos Supertramp em "House Of Wax" e faz lembrar Neil Young em "You Tell Me". Atente-se ainda à forma terna como em "See Your Sunshine" canta "Look What You Do To Me Baby / You Make Me Feel So Fine". Parece que já ouvimos isto antes, mas pouco importa.

7/10

Prince - Planet Earth:

Se McCartney dá um pontapé numa editora discográfica, que dizer de Prince? O rei do funk, não contente com o pontapear de uma editora, foca-se em toda a indústria discográfica. "Planet Earth" foi distribuído primeira e gratuitamente pelo tablóide britânico Mail On Sunday. Só depois ficou disponível nas lojas especializadas.

"Planet Earth" soa actual, mainstream, despegado e aguerrido. Não é um grande álbum, mas um respeitável registo. Prince deixou de lado o funk, focando-se bem mais nos regimes mais rockeiros e baladeiros que lhe garante subidas aos TOP's.

A fazer lembrar o velho funk apenas uma faixa, "Chelsea Rodgers" está para Planet Earth como "Black Sweat" para 3121. A faixa-título é um bom épico e única canção que remete para o título do álbum. No fim há ainda "Resolution" também ela uma canção em forma de intervenção, neste caso numa temática mais política. Em "Guitar" é uma estrela de rock com uma guitarra a remeter para os U2.

6/10

Prince e McCartney, respectivamente, aos 49 e 65 “pedem” para que se lhes sejam passados atestados de validade. Em 2007 pode-se dizer que ambos ainda terão qualquer coisa para dar à indústria musical, que tão bem gostam de manietar.

Youtube: Smashing Pumpkins - That's The Way (My Love Is)

Já é conhecido o segundo single de Zeitgeist. "That's The Way (My Love Is)" não é dos melhores momentos do álbum, mas é uma respeitável canção com um grande solo de Billy Corgan. Há quem diga que o título do segundo single de Icky Thump, último dos White Sripes, "You Don't Know What Love Is (You Only Do As Your Told)" é uma resposta a esta canção dos Pumpkins.

Vídeo -> http://youtube.com/watch?v=2Rp8MzzUcTE

Led Zeppelin e Sex Pistols confirmaram regresso (Actualizado)

Led Zeppelin:

Os rumores são mesmo fundados. Os Led Zeppelin vão regressar para um concerto único, a acontecer na O2 Arena em Londres. A formação será constituida pelos originais Robert Plant, Jimmy Page e John Paul Jones. Jason Bonham irá ocupar a bateria. Os preços serão ao preço único de 376 €, o que já era exageradamente esperado. Para abrilhantar a noite haverão colaborações com vários artistas como Pete Townshend, Foreigner, Paolo Nutini e Bill Wyman & The Rythm Kings. Há ainda a hipótese de Mick Jagger participar no evento.

Recorde-se que os Led Zeppelin são uma das mais influentes bandas rock de sempre tendo gravado álbuns como Physical Graffiti ou a sequência dos quatro Led Zepplin's (I, II, III, IV).

Destaque para o facto de apenas no primeiro dia se terem registado 20 milhões de pessoas para o sorteio, a realizar-se no dia 1 de Outubro, dos 14000 bilhetes sujeitos a tal estipulação.

Sex Pistols:

Nem de propósito os Sex Pistols anunciaram cerca de uma semana depois dos Led Zeppelin também eles o regresso aos palcos por uma noite. Acontecerá no dia 8 de Novembro na Brixton Academy em Londres. O vocalista John Lydon justificou o regresso aos palcos por serem todos os membros da banda serem Londrinos". A marcação do espetáculo coincide com a comemoração do trigésimo aniversário do clássico dos Sex Pistols ""Never Mind the Bollocks".

Lifehouse - Who We Are

Os Lifehouse são uma daquelas bandas que explodiram no início do século, mas que não obtiveram grandes repercussões à posteriori.

Em 2000 lançam o primeiro álbum “No Name Face”, um êxito comercial em grande parte graças ao grande verdadeiro hit da ainda curta carreira, "Hunging In The Momment". Dois anos depois, como que numa espécie de tentativa de não serem esquecidos pelo grande público, editam o segundo de estúdio “Stanley Climbfall”. O plano não resulta, a banda passa desta vez ao lado do mainstream. Esperam desta vez três anos e em 2005 lançam o homónimo "Life House", desta vez com algum retorno comercial, ainda que faltasse qualquer coisa. "Who We Are" pode ser o álbum que faltava nos seis anos de existência da banda Americana.

O trio de Los Angeles aproxima-se, em alguns temas, do tão proclamado pós-grunge (chamemos-lhe Pop/Rock com suaves tonalidades desse pós-grunge traduzido na voz de Jason Wade), ficando-se noutros por um registo mais melancólico com falsetes aqui e ali. As canções vão, por vezes, de encontro a alguns clichés da Pop mais melosa, sendo que de outras vezes a banda sai-se com razoáveis surpresas.

O início de "Who We Are" pode muito bem conter três propícios sucessos - às canções mais Rock "Disarray" e "First Time" junta-se a mais calma "Whatever It Takes". Já "The Joke" é uma canção inspirada numa história real, trazendo algum peso tanto instrumental como lírico, uma vez que a letra trata um suicídio. Pena que o álbum perca força a caminho do seu final.

Ainda que por vezes possam ser associados a uma geração MTV sedenta de canções easy-listening, os Life House sabem como fazer boas canções.

6/10

Outros álbuns:

• Paradise Lost - In Requiem - 8/10 (Imagem)
• The Used - Berth - 7/10
• Santana - Hit Collection 5/10
• Bon Jovi - Lost Highway - 4/10
• Danzig - The Lost Tracks of Danzig - 5/10

Youtube: Rufus Wainwright - Rules and Regulations

Rufus Wainwright já tem a credibilidade de um dos melhores songwriters dos nossos tempos. O primeiro single do novo álbum "Release The Stars" é "Rules and Regulations". Um vídeo com vestuário sugestivo.

Vídeo -> http://youtube.com/watch?v=nNd5R7FQBFg

Bad Religion - New Maps Of Hell

Há 27 anos a distribuir Punk-Rock em doses consideráveis ("New Maps Of Hell" é o décimo quarto álbum da banda Californiana), os Bad Religion lançam novo registo de originais três após o antecessor "The Empire Strikes First”.

Co-Produzido por Joe Barresi (Tool e Queens Of The Stone Age) e pelo próprio Brett Gurewitz, guitarrista e principal compositor da banda, "New Maps of Hell" prossegue na temática política que sempre perseguiu o trabalho da banda, ou seja, o cliché anti-Bush está mais uma vez presente. E a mudança de discurso ao longo do tempo é a prova que a mais influente banda de Punk-Rock, a par dos Pennywise, soube modelá-lo ao longo das três décadas pelas quais foi sobrevivendo. Os temas são todos eles tipicamente Punk-Rock, raramente ultrapassando os 3 minutos de duração, sem que tragam nada de novo ao género.

"52 Seconds" leva na verdade mais 6 segundos que os que o título da canção sugere e serve de prologo para aquilo que será o álbum daí em diante. Fica feio mas apetece dizer, “New Maps Of Hell” é Punk-Rock sempre a rasgar, com riffs contagiantes e música para celebrar. "Honest Goodbye", "Grains Of Wrath", "Lost Pilgrin" e "Requiem For Dissent" são pontos fulcrais dessa celebração.

Já com as bodas de prata, já vão 25 anos desde que lançaram o primeiro álbum, ""How Could Hell Be Any Worse?", os Bad Religion provam que já não têm nada a provar.

7/10

Youtube: Serj Tankian - Empty Walls

Enquanto os System Of A Down (SOAD) hibernam, Serj Tankian aproveita para se lançar a solo. "Empty Walls" é o primeiro single. Um vídeo pleno de revolta e intervenção como é apanágio dos membros da banda de origem Armena. De notar que Tankian está de novo de cabelo curto, como nos bons primeiros tempos dos SOAD.

Vídeo -> http://www.youtube.com/watch?v=BZSKvSz1roQ

Mundo Cão - Mundo Cão

Três quartos dos membros dos Mundo Cão são nomes bem conhecidos dentro do panorama nacional. Ao actor Pedro Laginha juntam-se elementos dos Mão Morta, um ex-elemento dos Big Fat Mamma (Budda) e um menos conhecido Duarte Nuno.

E falando nos Mão Morta, muitos caminhos vão dar à banda Bracarense através dos Mundo Cão. A formação é, como acima referido, constituída por dois elementos da formação da banda de Adolfo Luxúria Canibal. São eles o baterista Miguel Pedro e o guitarrista Vasco Vaz. As letras são todas assinadas pelo próprio Adolfo Luxúria Canibal. Os Mundo Cão poderão mesmo ser o escape dos referidos membros dos Mão Morta, após o seu carismático líder e vocalista anunciar na última edição do Festival Paredes de Coura, o fim do Rock da maior banda que Braga já viu nascer.

E porquê Pedro Laginha? A vontade do actor em lançar um álbum no seio musical não é de agora. O vocalista dos Mundo Cão já havia participado no vídeo "Gumes", contribuindo ainda com coros para temas de "Nús", último álbum dos…Mão Morta.

Dos temas que compõem a estreia dos Mundo Cão, destaque para o primeiro single "Morfina", uma grande canção, "O Divã de Tule", na qual se pode verificar todo o aparato técnico da banda e "O caixão da razão" que também vai obtendo airplay na novela "Vingança" e promete se tornar no hino principal da banda.

É um colectivo com provas dadas onde falhar era proibitivo. Para já não falha! Um dos melhores álbuns nacionais do ano.

7/10

Youtube: Muse - Map Of Problematique

É já o quinto single de "Black Holes & Revelations". "Map Of Problematique" junta-se aos fenomenais "Supermassive Blackhole", "Starlight", "Invincible" e "Knights Of Cydonia". O melhor álbum de 2006 continua a assolar 2007. A actuação é no 4music, conhecido canal televisivo Americano. Os Muse estão preparados para ser uma verdadeira banda de estádio.

Vídeo -> http://youtube.com/watch?v=ZyLx0qc_gKc

Youtube: Eddie Vedder e Ben Harper em dueto no Lollapalooza

Para muitos moribundo, para outros um dos maiores e mais históricos festivais do mundo. Ben Harper e Eddie Vedder (Pearl Jam) juntam-se no Lollapalooza para um dueto de surfistas. O tema é "No More".

Vídeo -> http://www.youtube.com/watch?v=ekA_GuYHh8Y

Spoon - Ga Ga Ga Ga Ga

Há uma tendência para o ridículo da parte dos Spoon ainda que, esta não se traduza na qualidade dos álbuns editados (e vão 6!). A tendência para o rídiculo é manifestada não nas canções, mas no próprio nome da banda e agora no título do seu sexto álbum de estúdio. Nunca houve um "Ga Ga Ga Ga Ga" antes de "Ga Ga Ga Ga Ga" e nunca mais haverá um "Ga..." depois de "Ga…".

Depois há a outra tendência. A tendência de apego ao sucesso de determinadas canções à boleia de camapanhas publicitárias, como é grande exemplo a "I Turn My Camera On For Jaguar". Posto isto, e em jeito de introdução resta referir que "Ga..." é um dos mais celebrados álbuns do ano por parte da crítica e da própria cena indie em os Spoon se inserem.

"Ga..." é o afirmar enquanto letrista de Britt Daniel. Depois de escrever música para "Stranger Than Fiction", filme exibido à um ano atrás, o vocalista dos Spoon deve se ter sentido preparado para escrever um dos melhores álbuns da sua banda no que à lírica diz respeito.

Co-produzido por Jon Brian (apenas em "The Underdog") e Mike McCarthy (as restantes 9 canções) "Ga..." é mais um álbum minimalista e sem grandes apuros técnicos.

O sexto álbum da banda de Austin Texas começa com a acessibilidade de "Don't Make Me A Target". Segue com "The Ghost Of Your Fingers" que contém um piano descontroladamente alinhado e a incontornável beleza de "You Got Yr. Cherry Bomb". Pausa então na criatividade para uma cover dos Nova-Iorquinos Natural History em "Don’t You Evah”. "Eddie's Regga" é da mais apurada e refinada simplicidade e "My Little Japanese Cigarette Case" surpreende com um solo de guitarra flamenca. E, finalmente, acaba com "Black Like Me", típica balada a fechar um disco fantástico.

"Ga Ga Ga Ga Ga" é um dos candidatos a álbum do ano e sem dúvida o melhor álbum de uma carreira claramente ascendente.

8/10

Youtube: Klaxons - It's Not Over Yet

Os Klaxons são a grande revelação do ano e o hype é mais que justificado. É já o quinto single extraido de Myths Of The Near Future. A canção é "It's Not Over Yet", cover de uma canção dos anos 90 dos Grace.

Vídeo -> http://youtube.com/watch?v=q6f7D-0tIKE

Sunshine Underground - Raise The Alarm

O nome da banda, Sunshine Undeground advém do título de uma canção dos Chemical Brothers. O som da banda, esse promete ficar colado ao que de melhor os Klaxons fizeram no decorrente ano. É verdade que com resultados menos positivos, mas o Nu-Rave parece estar ai para ficar.

Há as chamadas guitarras angulares, há música bem disposta e alegre e há ainda The Killers e, principalmente, The Rapture. São bem sucedidos nos seus propósitos: Raise The Alarm é um álbum claramente para fazer a festa. Não é isso a New-Rave? Não é Rock para dançar? Não é Rock para celebrar?

Será ainda curioso verificar se de futuro a banda consegue afastar-se do rótulo da banda de "Put You In Your Face", canção melosa e primeiro single de assinalável sucesso.

Apesar de boas canções como "The Way It Is" e a faixa título "Raise The Alarm" está aqui apenas mais um hype exagerado vindo de terras de sua majestade.

2007 é cada vez mais o ano pelo qual o New-Rave será recordado.

7/10

Youtube: Apocalyptica & Corey Taylor - I'm not Jesus

O novo álbum dos Apocalyptica só sai no próximo dia 14, mas o primeiro single já tem vídeo e já passa numa televisão perto de si. Em "I'm Not Jesus" a banda instrumental convida o vocalista dos Slipknot e Stone Sour, Corey Tailor. Quanto aos Slipknot correm rumores que estão a preparar um novo álbum.

Vídeo -> http://www.youtube.com/watch?v=mUhOo8KcrXw

Youtube: Pavarotti & Queen - Too Much Love Will Kill You

Pavarotti morreu, mas deixou um enorme legado! Entre as imensas participações do tenor ,que participou com toda a gente, conta-se a de 2003 com os Queen. Sem Freddie Mercury (é claro), mas com Paul Taylor e Brian May. Pavarotti & Friends ganhava aqui mais um elemento de peso.

Vídeo -> http://youtube.com/watch?v=C7FGPIRJx6I&mode=related&search=

Pavarotti: As reacções:

"Havia tenores e havia Pavarotti" - Franco Zeffirelli (Maestro Italiano);

"Um dos raros artistas que tocam verdadeiramente a vida das pessoas, de todos os horizontes e no mundo inteiro" - Ópera Real de Londres;

"Era meu amigo há várias décadas. O seu timbre era tão distinto que o identificava automaticamente, por exemplo de cada vez que ouvia as músicas dele num restaurante" - Seiji Ozawa (Maestro Japonês);

"A mais bela voz de tenor que se conhece" - Ana Paula Russo (Cantora Lírica);

"Luciano Pavarotti era um fenómeno de popularidade rara que ultrapassou os limites da música erudita" - Ruy Vieira Nery (Director de música da Fundação Calouste Gulbenkian);

"Alguns sabem cantar ópera, Luciano Pavarotti era uma ópera. Vivia as músicas, a ópera dele era uma grande mistura de alegria e tristeza, surreal e terrestre ao mesmo tempo, um grande vulcão que cantava fogo mas derramava um amor pela vida em toda a sua complexidade, um enorme e generoso amigo" - Bono Vox (U2);

"Isto significa a perda da mais bonita voz tenor do meu tempo e a perda de um ser humano que teve um impacto extraordinário pela sua arte e que se entregou totalmente à sua audiência" - Ioan Holender (Director da Ópera Nacioanl de Viena);

In Público

Luciano Pavarotti (1936-2007)

Morreu um dos mais carismáticos tenores contemporâneos. Luciano Pavarotti morreu com 71 anos e muitos duetos acumulados. Entre os proveligiados encontram-se Andrea Bocelli, U2 ou Roberto Carlos. Participou ainda no espetáculo "Os 3 tenores" com os espanhóis José Carreras e Plácido Domingo.

Momentos-Chave:

• Nasce a 12 de Outubro de 1936 em Modena, Itália;




• A 29 de Abril de 61 Pavarotti estreia-se na ópera em La Bohéme;
  




• Em 1969 dão-se os primeiros sinais de sucesso comercial em Roma. I Lombardi, I Capuleti e i Montecchi são editados em disco;
  




• Em 1990 já como respeitadíssimo tenor, canta o hino oficial do mundial 90 em Itália. "Nessun Dorma" de Giacomo Puccini foi a obra escolhida;
  




• No mesmo ano lança o disco "Os 3 tenores", que torna-se no álbum mais vendido de sempre no que a música clássica diz respeito;
  




• Em 1993 comete a proeza de juntar 500.000 pessoas no Central Park em Nova-Iorque;
  




• No ano de 2003 casa-se com a sua assistente Nicoletta Mantovani;
  

• 2004 é o ano em que anuncia a sua turné de despedida que não chegou ao fim;
  




• A última actuação do Tenor dá-se em 2006, no espectáculo de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno em Turim;
  




• A partir daqui seria uma luta contra o cancro do pâncreas que acabaria por perder;

The Chemical Brothers - We Are The Night

Foi há cerca de um mês atrás, que os Groove Armada decretaram a sua própria entrada para um abismo sem aparente saída. A história tem tendência a repetir-se. Mas para os Chemical Brothers, apesar de um fraco regresso, ainda há esperança.

Ao fim de 17 anos de carreira e cinco discos (se descontarmos os álbuns de remixes), os Chemical Brothers têm por certo consciência que o mundo já não é o mesmo. No que à música e respectivas modas diz respeito, a mudança acentua-se. Em "We Are The Night", título que remete para as pistas de dança, o duo Tom Rowlands e Ed Simons espalha-se ao comprido.

Vamos por partes: é verdade que o tema-título poderá muito bem tornar-se num instantâneo clássico das pistas de dança. É também verdade, que "Do It Again" é uma respeitável tentativa da banda atingir os TOP's mundiais. Mas, a verdade é que também aqui encontramos uma "The Salmon Dance" com participação de Fatlip, que mais parece uma ridícula aula de aeróbica. A introdução "Let me introduce to you a brand new dance / I know you gonna love it if you give it one chance / It's not complicated, its not too hard / You don't even have to be a hip-hop star!" deita por terra qualquer hipótese de salvação. Descortina-se ainda qualquer coisa de Gorillaz do primeiro álbum, mas é apenas fogo de vista.

Em "All Rights Reversed" a história é outra. Convocam ironicamente os Klaxons (para quem não sabe, a nova coqueluche da música de dança). Aqui aplica-se o provérbio que diz que "O melhor ataque é por vezes é a defesa". E neste caso, os Chemical Brothers foram inteligentes o suficiente.

Entre instrumentais insonsos e mais uma ou duas participações pouco adocicadas, o álbum arrasta-se na parte final de forma penosa.

Um esquálido 6º álbum da carreira dos Chemical Brothers. O momento parece já não ser deles. Esse momento parece ser de novos projectos como os já citados Klaxons, mas também os Justice ou os Digitalism.

4/10

Youtube: Wraygunn - Loucura bem vinda de Paulo Furtado provoca queda

Eis a prova, que uma ponta emprovisada pode se tornar num autêntico desastre. Paulo Furtado queria que o público invadisse o palco. A audiência aderiu. O problema estava no facto de a tal ponte improvisada não aguentar o peso da "louca" juventude. Mais um ponto para Paulo Furtado, que já nos vem habituando a episódios do género. Nota para o facto de não se terem registado feridos .

Vídeo -> http://www.youtube.com/watch?v=EJ0NNdEqyAQ&v2

Youtube: Black Rebel Motorcycle Club - Weapon of Choise

O regresso da banda de "Whatever Happened to my Rock N' Roll". "Weapon Of Choise" é o primeiro single. O refrão é um grito de guerra, que pode ser o lema lançado pelos novos messias do Rock. É ela: "I Want Waste My Time On A Nation!". Alguém falou em canção política?

Vídeo -> http://youtube.com/watch?v=DqI0Qxf9HFU

David Fonseca: A obra de uma das melhores vozes nacionais

O aparecimento do gigantesco e inesperado sucesso dos Silence 4. O fim do projecto. O ínicio da carreira a solo. Os dois álbuns até hoje editados, ao detalhe. A colaboração com o projecto Humanos. Está tudo no documentário realizado pela RTP e dísponível online:

Link -> http://www.megavideo.com/?v=5XOX0LBW

Fonzie - Shout it Out

Foram precisos dez anos de carreira e dois álbuns de originais, para os Fonzie produzirem um álbum em território nacional. "Shout It Out" foi produzido pela própria banda, ainda que com uma ajuda de Fred Stone, baterista dos Blasted Mechanism.

Na verdade, o sucessor de "Wake Up Call" de 2004 não passa de um conjunto de canções pouco mais que banais ou inconsequentes. O novo material é ligeiramente mais pesado que o anterior, que possuía autênticos hinos Punk-Pop como "Gotta Get Away" ou "Say Hello", este último merecedor de um elevado airplay nas rádios e televisões nacionais.

Assim, Hugo Maia, David Rose, João Marques e Carlos Teixeira não conseguem fazer mais que assinar um dos poucos álbuns Punk (-POP) no panorama musical nacional.

A banda já referiu que esteve perto do fim. Este "Shout It Out" é o resultado de um processo de digestão lenta e motivada pelos próprios fãs da banda. O problema é que nada acrescenta ao valor da banda. Muito pelo contrário.

4/10

The Bravery - The Sun and The Moon

Dois anos após o homónimo álbum de estreia, os The Bravery regressam com um segundo capítulo intitulado "The Sun And The Moon". Foi há dois anos, nesse 2005 em que os Arcade Fire se davam a uma comunidade Indie que há muito por eles esperava. Colados aos The Killers, os Bravery não conseguem descolar da concorrência, ainda que o segundo álbum dos Nova-Iorquinos não seja de menosprezar.

A diferença reside essencialmente no facto de à banda de Brandon Flowers se poder chamar de fábrica de potenciais hits traduzidos em singles de inegável sucesso. Aos Bravery descortina-se apenas um ou outro rasgo mais acessível.

É apenas à quarta faixa que os Norte-Americanos nos conseguem despertar verdadeiramente a atenção. "Every Word Is A Knife In My Ear" é uma grande canção do melhor Rock dançável dos dias de hoje. Segue-se-lhe "Time Wont Let Me Go", com um grande riff de guitarra e "Tragedy Bound", uma bela balada de regime acústico. Segue-se a pior fase do disco: "Angelina" é uma má faixa em toda a sua concepção e "Above And Below" é penosamente uma canção cliché. O resto é desilusões amorosas reportadas em canções melosas a oscilar entre o bom e o medíocre.

Parece que ao segundo álbum, os Bravery dão pistas daquilo que poderá ser o futuro: a descida à segunda divisão Indie-Rock. A primeira, essa fazem parte bandas como os Kaiser Chiefs, The Killers e principalmente os Franz Ferdinand.

6/10

Frases:

"Algum parvalhão da indústria musical pensa que Bob Dylan precisa de ser remisturado? (...) Querem apostar que vem Bob Marley e os Nirvana a seguir?" - Geoff Barrow (Portishead sobre Mark Ronson (produtor que pretende remisturar Bob Dylan))

"Depois de três décadas de banda ficámos muito desapontados quando Hook decidiu comunicar à imprensa de forma unilateral o fim dos New Order" - Bernard Sumner e Stephen Morris (New order)

"Criámos uma sonoridade para bandas como os Coldplay aparecerem depois e venderem milhões de discos" Fran Healy (Vocalista dos Travis)

"[Os Arctic Monkeys] foram brilhantes. Estão a tocar muito bem neste momento. Sou um grande fã da banda." - Matthew Bellamy (Muse)

"Estamos a gravar em várias igrejas. Instalamo-nos onde pudemos - em frente ao altar, debaixo do púlpito..." - Coldplay

"Mostra o lado mais cru e mais sexual da banda, que tem estado presente na mesma desde o primeiro dia" - Karen O (Yeah Yeah Yeahs)

"Perguntaram-me se queria fazer o último álbum com eles (Massive Attack). Não é nenhum desrespeito por eles, adoro experimentar, mas voltar atrás..." - Tricky (Ex-vocalista dos Massive Attack)

"Há camadas de pianos, cordas e sintetizadores. Há uma ou duas canções que remetem para os System of A Down, mas parece-me que vai em várias direcções." - Serj Tankian (System Of A Down sobre o álbum a solo)

"O hip-hop é mais interessante que o rock. É bem mais excitante!" - Pelle Almqvist (Vocalista dos The Hives)

"Ela (Barbara Streisand) chegou com dez minutos de atraso para cantar durante apenas dez minutos" - Jake Shears (Scissor Sisters)

Youtube: Mike Patton & Dillinger Escape Plan e...Justin Timberlake

E eis que o insólito acontece! O que esperar quando se juntam em palco Mike Patton (Ex-Faith No More, Fântomas, Tomahawk e Pipping Tom) e os Dillinger Escape Plan? Uma cover de "Like I Love You" de Justin Timberlake, pois está claro.

Vídeo -> http://www.youtube.com/watch?v=w4EMIa83xzU

Youtube: White Stripes - You Don't Know What Love Is (You Just Do As Your Told)

"You Don't Know What Love is (You Just Do As Your Told)" é o segundo single retirado de "Icky Thump". Depois do rock meio estragado e com avarias esporádicas da faixa título, os Stripes regressam a terrenos mais elegantes. Este é um dos temas do ano.

Vídeo -> http://youtube.com/watch?v=SrhUDnIsCUM