Saturday, June 30, 2007

Patti Smith - Twelve

Na prática promocional a "Twelve" é referido que estas são "as doze canções da vida de Patti Smith". É de imediato material para o fã e o curioso.
Terá sido para muitos uma surpresa a decisão de Patti Smith editar agora um álbum de covers. Ainda assim, a surpresa pode dar lugar ao óbvio e o óbvio neste caso, tem a capacidade de se ramificar em várias razões. Patti Smith desde sempre se dedicou às covers. Desde o seu primeiro álbum "Horses", em que se inclui uma cover de Van Morrison, uma canção chamada "Gloria". Outra chamada "Land Of A Thousand Dances" de Chris Kenner. Pouco depois é a vez dos Byrds com "So You Want to Be (A Rock and Roll Star)" e "Wicked Messenger" de Bob Dylan incluida em "Gone Again", álbum de 1996. Em 2005 passados 30 anos sobre "Houses" lança "My Generation", cover de Pete Thousand com o a reedição comemorativa. É portanto, um regresso de Smith às raízes de sempre.
"Twelve" parece ser também o aproveitar da embalagem da subida de Patti Smith ao Hall of Fame do Rock N' Roll, onde interpretou uma das covers aqui presente, a versão de "Gimme Shelter" dos Rolling Stones. Pode ser considerado então uma fonte de lucro num momento apropriado para tal, pois as luzes da ribalta apontam para Smith. Toda a gente fala de uma das mais respeitadas senhoras do Rock. Ainda assim, "Twelve" talvez seja o menos fustigado álbum de covers de sempre, no que à crí
tica diz respeito.

Com 40 anos de carreira Smith já não tem nada a provar. Se assim entender, pode realizar covers de todos os grandes clássicos do Rock.

6/10

Faixa a Faixa:

Are You Experienced? de Jimmy Hendrix - Patti Smith canta num registo mais limpo e obviamente produzido que o original. Contém novos arranjos. Smith reformula o tema. Deixa as guitarras destorcidas de lado.

Everybody Wants To Rule The World dos Tears For Fears - Era o terceiro single saido do segundo álbum dos Tears Of Fears ("Songs from the Big Chair") e o seu maior clássico de sempre. Atingiu o primeiro lugar da Billboard por 2 semanas, sendo considerada uma das canções mais influentes da década de 80. Patti Smith dá-lhe nova roupagem, retira os os teclados, mantém a base.

Helpless de Neil Young - Esta nova versão é ligeiramente maior que a original. Retiram-se os coros, a voz fica mais grave, colocam-se novos arranjos aqui e ali. Como alterar um tema mantendo a mesma toada do mestre? Ela tem a resposta! Isto é Neil Young segundo Patti Smith.

Gimme Shelter dos Rolling Stones - É a prestação mais forte de Patti Smith, que portanto possui mais força que a original. Como poderiam as lendas do Rock soar ainda mais juvenis?

Within You Without You de George Harrison - É uma das canções mais derivantes de George Harrison e dos Beatles. Patti Smith tenta acima de tudo atribuir-lhe sentido.

White Rabbit dos Jefferson Airplane - É a única voz feminina abrangida por "Twelve". A voz dos Jefferson Airplane é suplantada pela força da de Smith. Pode ser por as duas serem do sexo feminino, mas é a versão mais próxima da original.

Changing Of The Guards de Bob Dylan - A mesma toada, a mesma melodia, a mesma canção. Apenas muda a voz e o género.

Soul Kitchen dos Doors - Jim ainda dava tudo o que tinha. E nós ainda aplaudíamos a criatividade de Morrison. Resta o legado. Smith reinventa o tema. Soa menos caótico, menos abrangente, menos suja, soa mesmo menos tudo que a original dos Doors.

Smells Like Teen Spirit dos Nirvana - A canção do tamanha de uma geração é feita e refeita em formato folk. Kurt Cobain não se lembraria disto! É o melhor momento de "Twelve"!

Pastime Paradise de Stevie Wonder - Outro dos grandes momentos do álbum. O clássico de Stevie Wonder não fica nada mal na foto. A voz de Patti Smith cabe aqui na perfeição.

Friday, June 29, 2007

Festival Super Bock Super Rock - Dia 28 De Junho - Parque do Tejo

O primeiro dia do Festival Super Bock Super Rock (SBSR) ficou marcado pela primeira enchente da edição deste ano, cifrando-se os números acima dos 35.000, que eram esperados pela organização. Este superar de expectativas teve como consequências directas uma larga fila para entrar no recinto e entermináveis filas para os comes e bebes. A fila para a Telepizza tinha cerca de 50 metros! Metallica foram os previsíveis reis da noite. More Than A Thousand e Mastodon soldaram-se como honrosos cavaleiros da corte.

Men Eater - Devido à fila na porta de entrada para o recinto, quando finalmente deu para entrar, os More Than A Thousand estavam prestes a iniciar o espectáculo, pelo que foi impossível visualizar o dos Men Eater que, diz-se por aí ser uma das mais brilhantes propostas extremas do ano.

More Than A Thousand (MTAT) - A banda de Setúbal não deixou os créditos por mãos alheias e subiu ao palco ajudada por um som poderosissimo, que lhes conferiu um maior brilhantismo à actuação. A determinada altura o vocalista Vasco pergunta "O que é que vocês acham disto?". O público responde com urros imperceptíveis, mas percebia-se que a resposta era afirmativa. A audiência já tinha vibrado ao som do grande "Memories And Addictions", "Everyone, Everywhere, Everything Will End" e The Red River Murder". Seguia-se "The Hallow", faixa título do segundo e último registo dos MTAT. Vasco revelou uma atitude verdadeiramente imparável, ora percorrendo o palco de um lado ao outro, ora indo cantar para a beira do público. Tudo isto é metal! Tudo isto é Rock! É uma das melhores bandas saídas de solo nacional (ainda que radicados em Londres) nos últimos tempos!

8/10

Blood Brothers - Estranha a presença dos Blood Brothers! Uma proposta que se afasta em grande escala dos alicerces do metal tradicional, que compunha o resto do cartaz, entalada entre MTAT e Mastodon. A banda desfilou Punk, Hardcore e até um pouco de Indie Rock, revelando uma mistura estranha de tendências extremas! Erro de casting!

4/10

Mastodon - Mastodon significa caos! Mastodon significa a melhor proposta extrema (mas mesmo extrema!) dos últimos tempos! Apresentou-se com um "How Are You Motherfuckers?" a que o público respondeu mais uma vez de forma positiva e desde logo começou a desfilar os grandes temas dos seus dois álbuns de originais a um velocidade impiedosa, sem dar descanso ao extasiado público que assistia à 3ª visita dos Mastodon a Portugal.

7/10

Stone Sour - Talvez o concerto mais morno do dia, tendo em conta as expectativas que lhe foram depositadas. Corey Tailor apareceu com um visual diferente do habitual. Tem agora o cabelo mais curto que o de um recruta fusileiro, mas continua com a habitual empatia para com público. À imagem dos Slipknot, com os Stone Sour, Corey faz-se valer das suas capacidades comunicacionais para agarrar o público. Fosse com os temas mais euforicamente recebidos como "Your God" ou "30/30-50" , fosse com a mais conhecida balada do projecto paralelo de Taylor e James Root, "Through The Glass". Corey terminou a digressão Europeia com nota mínima.

5/10

Joe Satriani - É estereótipo Joe Satriani ser considerado um dos melhores guitarristas do mundo. Os que no início se mantinham cépticos em relação a um outro estereótipo, que dizia que o concerto do mago da guitarra iria ser uma "seca", enganaram-se e com certeza saíram convencidos de que foi um monumental recital de guitarra a que assistiram e, provavelmente, não mais assistirão! Satriani tocou, tocou e tocou que se farta! Com as mãos! Com os dentes! Tanto se lhe dá como se lhe deu! Tempo ainda para chamar Kirk (Guitarrista dos Metallica) a público, para uma participação do "seu velho amigo" no espectáculo do mestre. Vai deixar saudades!

7/10

Metallica - Os reis da noite, os previsíveis reis da noite voltaram a contagiar Lisboa. Pela quinta vez foram recebidos como verdadeiros heróis do Metal mundial. A banda do tamanho do mundo não deixou os créditos por mãos alheias e deu o maior espectáculo Rock do ano. Começou com "Creeping Death", continuando com a fase mais trash da banda, onde se incluem os trabalhos "Kill 'm All", "Ride The Lightning" e "Master Of Puppets". Soldaram-se clássicos como "Ride The Lightning", "Fade To Black", "Disposable Heroes", "And Justice For All" e "Master Of Puppets", este último recebido em apoteose! O encore foi preenchido pela colossal "Sad But True", seguida do clássico mais conhecido dos Metallica, "Nothing Else Metters", a muito pirotécnica "One" e por fim "Enter Sandman". No segundo encore espaço ainda para o tema dedicado aos mais acérrimos fãs de Metallica, "Seek And Destroy". A banda despediu-se com um "Metallica Loves You" de James Hitzfield (desta vez com barbicha avantajada), um "Tas ben? Tas ben?" de Trujillo, um "See You Motherfuckers" de Kirk e "New album in the next year" de Lars Ulrich! Para mais tarde recordar!

9/10
Pedro Arnaut

Wednesday, June 27, 2007

Super Bock Super Rock começa amanhã no Parque Tejo e conta com Metallica como cabeças de cartaz

O 13º Festival Super Bock Super Rock (SBSR) arranca amanhã e conta com um dos melhores cartazes de sempre. O primeiro dia (e acto) do Festival conta com os dinossáurios Metallica como cabeças cartaz, Joe Satriani na companhia da sua melhor amiga, guitarra, novos valores internacionais como Mastodon, novos valores nacionais como Men Eater e More Than A Thousand e o regresso de Corey Tailor desta feita não com os Slipknot, mas sim com o seu projecto paralelo, os Stone Sour. Os Metallica prometem um concerto bem diferente do grandioso dado no Rock In Rio de 2004. A banda inicia a digressão no SBSR e trouxe consigo 24 camiões TIR com efeitos cénicos vários. Os Mastodon repetem a dose de 2005 e 2006, quando tocaram neste mesmo palco e na primeira parte dos Tool, respectivamente. Os Stone Sour são o resultado do hiato dos Slipknot. Corey Tailor vê no seu projecto paralelo a oportunidade de escalar outro estilo que não o death metal. Já Joe Satriani promete um longo recital de guitarra para aprendizes levarem com atenção. O bilhete para cada acto é de 40€. O bilhete diário é ao mesmo preço e o bilhete para os 4 dias é de 78€.~
6ª feira ou Sábado a reportagem completa do primeiro dia de Festival.

Tuesday, June 26, 2007

Type O'Negative amanhã no Coliseu de Lisboa

Os Type O' Negative reservaram a sua primeira passagem por Portugal para o próximo dia 27 de Junho. O concerto deverá ter como base o recente "Dead Again", com esporádicas revisitações aos momentos mais altos da carreira da emblemática banda Norte-Americana. A mesma conta já com mais de 15 anos de existência e, assim como com os Nine Inch Nails, a sua visita peca por tardia. A banda conta com 7 álbuns de estúdio e os bilhetes são ao preço único de 25€.

My Chemical Romance - 24 de Junho - Coliseu dos Recreios

Os reis do "Emo/Punk", termos usado para descrever a música Punk transmitida com sentimento passaram pelo Coliseu dos Recreios. Sucesso é a palavra-chave.
O concerto:

Os My Chemical Romance iniciaram o concerto ao som de "This is How I Desappear" e terminaram de forma apoteótica com "Helena".
Ao longo de todo o concerto o grupo entusiasmou os fãs, levando os mesmos a participarem em cada música e em cada batida mais forte. "I'm Not Okay" foi o auge da loucura desenfriada e "The Gost Of You" trouxe o sentimento de volta ao Coliseu. Gerard Way conteve nele uma energia electrizante contagiando todos os que os observavam.
O vestuário era o habitual da "Black Parade Tour" que combinava com o visual do espectáculo, assim como a maquilhagem fantasmagórica. A avaliar pela reacção do público, o regresso não deverá demorar.

Cândida Fontes

Os My Chemical Romance chegaram e arrasaram o Coliseu dos Recreios, onde milhares de fãs aguardavam a estreia do grupo em Portugal.
"This is How I Desappear" abriu o concerto e colocou o público em euforia, numa espécie de amostra do que se iria tornar a noite. Durante quase duas horas de espectáculo, a banda Norte-Americana percorreu (quase) todas as faixas do último "The Black Parade" e revisitou alguns temas emblemáticos que os deram a conhecer como "I'm Not Okay" ou "The Ghost Of You", este último cantada à luz dos telemóveis e isqueiros que o público acendeu tornando num ambiente muito intimista. Gerard Way mostrou a sua energia em palco, contagiando o público, incentivando o mesmo a cantar com ele.Um dos momentos mais emocionantes foi o agitar da bandeira Nacional por parte do vocalista da banda, provocando os habituais cânticos por "Portugal" vindos da multidão.
O concerto terminou com "Helena", um dos maiores sucessos da banda, e com uma promessa de regressarem em breve. Os fãs agradecem.

Ana Fontes

Sunday, June 24, 2007

My Chemical Romance hoje no Colseu dos Recreios

Os Norte-Americanos My Chemical Romance actuam hoje pela primeira vez em Portugal num espetáculo integrado na "Black Parade Tour" que visa a promoção do bem sucedido álbum "The Black Parade". Os preços têm a estipulação única de 25€ e a primeira parte pertence aos Cinemuerte.

Rolling Stones amanhã no Estádio Alvalade XXI

Aquela que é unanimemente considerada a melhor banda Rock do mundo regressa a Portugal um ano depois da última visita, no Estádio do Dragão. Desta feita a coisa dá-se no recinto de um dos rivais de Lisboa. O espetáculo não deverá ser muito diferente do apresentado no estádio do Dragão. A banda continua a apresentar "A Bigger Bang", álbum editado no ano passado. Os preços vão do 69€ aos 142€ e conta na primeira parte com os Norte-Americanos Jet.

Saturday, June 23, 2007

Vilar de Mouros - Será 35 o limite?

Por esta altura já não será surpresa para ninguém o assunto que diz respeito ao cancelamento do mais histórico festival de Música Português, o Vilar de Mouros. Importa analisar a situação.
No dia 13 de Junho é noticiado o cancelamento do Festival no decorrente ano por parte da promotora PortoEventos em conjunto com a Junta de Freguesia de Vilar de Mouros por alegada falta de apoios da parte da câmara Municipal de Caminha. No dia seguinte, a Câmara Municipal de Caminha refuta tais acusações, alegando “Erros de Gestão (…) e dívidas acumuladas”. Passa mais um dia e surgem desta vez acusações da parte da Junta de Vilar denunciando uma divida de 150 mil euros da parte da PortoEventos ameaçando uma hipotética rescisão de contrato com a promotora. A provém de uma divida de 150 mil euros, distribuídos 25 mil por cada ano de Festival desde 2003, que a PortoEventos se havia comprometido a pagar e outros 50 mil para obras de renovação do recinto do Festival. Passadas duas semanas está tudo bem. Simplesmente não vai haver Vilar de Mouros este ano. As duas partes (Promotora e Junta de Freguesia) mantêm o acordo, ainda que com o hiato de um ano. Quem fica realmente a perder? O público fiel do mais carismático Festival Português, os fãs de Brian Wilson e a própria região do Minho, que perde assim, por um ano, o maior evento cultural da zona. Sobra Paredes de Coura que a cada ano que passa se vem a afirmar como o melhor e mais fiável Festival de Verão a nível nacional.
O festival Vilar de Mouros contava já com nomes como o cabeça de cartaz Brian Wilson, Marky Ramone (Ex-Ramones), The Gift, Super Ratones, McAllister, The Queers e Blasted Mechanism. A acabar definitivamente acabará o Festival que trouxe nomes que sempre julgamos ser impossível ver num Festival deste nível. Nomes como U2, Elton John, Bob Dylan ou Iron Maiden. Outros nomes de peso como Skank Anansie, Ben Harper, Stone Roses, Iggy Pop & Stooges, Peter Gabriel, The Cure, The Chemical Brothers, Public Enemy, Megadeath ou Rammstein, também por lá passaram.
Há quem afirme que o hiato se deve ao largo número de eventos a decorrer em Portugal em 2007. Fico-me pela falta de acordo entre as duas entidades responsáveis pelo Vilar de Mouros. Os bilhetes não haviam sequer ainda sido colocados à venda, de modo que seria impossível calcular um eventual fracasso de bilheteira. Além disso, Vilar de Mouros possuí um público próprio que lhe é demasiado fiel para o abandonar (deixemos o ano em que o preço atingiu os 70 euros de parte).
Para o ano deverá haver Vilar de Mouros segundo a promotora. Ou serão os 35 anos o limite?

Wednesday, June 20, 2007

Dream Theater hoje no Coliseu do Porto

Os reis do Metal Progressivo Dream Theater regressam a Portugal para um concerto único no Coliseu do Porto. A banda lançou há poucos meses "Systematic Chaos", último álbum de originais. Os bilhetes variam entre os 22€ e os 28€.

Saturday, June 16, 2007

The White Stripes - Icky Thump

"Icky Thump" talvez fosse o mais esperado álbum do ano. A este nível, talvez só possua rival em nomes como Metallica, Queens Of The Stone ou Arcade Fire. O caso dos últimos é singular, pois a expectativa devia-se ao debutante "Funeral". Uma coisa é certa, "Icky Thump" é o álbum mais aguardado do mês de Junho!
Depois de "Elephant" nunca mais os White Stripes (WT) foram os mesmos. O pré-Elephant denunciava uma banda indie a "despachar" temas a alta velocidade. "Elephant" torna as coisas mais complicadas, ainda que na mesma, muito minimalistas. "Seven Nation Army" revoluciona 2003, "I Just Don't Know What To Do With My Self" torna-se na mais celebrada cover do mesmo ano e "The Hardest Buttom to Buttom" possui o vídeo que, anos mais tarde, daria uma participação de menos de 60 segundos a Meg e Jack White na série televisiva "Os Simpsons"."Get Behind Me Satan" foi o caminho ideal a seguir. Começa com um sugestivo "Blue Orchid", em que Jack canta "Get behind me / Get behind me now anyway". "Doorbell" é talvez a canção mais POP do duo e "Forever for her (Is over for me)" uma grande balada. O pós-Elephant era recebido de forma mais resfriada, mas era o passo ideal para um dos casais de divorciados mais famosos do planeta."Icky Thump" volta a colocar os WS no estatuto do clássico. Começa com o tema título e primeiro single "Icky Thump", que é a canção mais complexa de sempre fabricada pelos WS. Contém uma guitarra que soa bem demais e uns teclados que, por outro lado, soam bastante mal. Após um início algo tremido, "You Don't Know What Love Is (You Just Do As You're Told)" é a primeira grande canção do álbum, seguida logo desde logo pelo segundo grande momento, "300 mph Torrential Outpour Blues" que possui guitarras destorcidas a culminar ”interlúdios” tanto melodiosamente, como acusticamente recitados por Jack. Em "Conquest" Jack White canta "Coooonquest" à Rafiki, macaco personagem de "O Rei Leão", que apresenta Simba, o rei leão, ao mundo animal. Mau? Nem por isso. É das faixas em que a bateria ganha mais destaque e aparenta uma canção de origem medieval. Em "Prickly Thorn But Sweetly Worn" contém sons tribais misturados, "I'm Slowly Turning To You" é a melhor faixa de "Icky Thump" e "St. Andrew (This Battle is In The Air)" tem como temática o juízo final. Destaque ainda para a terminal "Effect and Cause" e para um dos mais intusiasmantes diálogos da história da música em "Rag And Bone".
Passados 4 anos de "Elephant" os WS inventam mais um clássico em apenas 3 semanas. Notável!
9/10

Tuesday, June 12, 2007

Festival Oeiras Alive! 07 - 8,9,10 de Junho - Passeio Maritimo de Algés

A primeira edição do Festival Oeiras Alive! 07 foi um sucesso. O apadrinhamento de 2 grandes bandas a nível mundial, uma deste século (White Stripes), outra já com 30 anos de existência (Beastie Boys), elevava as espectativas. Os esperados grandes regressos de Pearl Jam e Smashing Pumpkins abrilhantava, mais ainda, o já de si brilhante. Não nos foi possível estar presente no último dia do Festival.

Dia 8

The Used:


Os originários de Utah, The Used, deram um concerto com base nas suas credenciais Punk/Rock. O vocalista Bert McCracken incitou os fãs à loucura (leia-se Mosh) e tentou bater o record de Fuck's num concerto de Rock.


Blasted Mechanism:


É praticamente impossível alguém ficar indiferente a um concerto dos Blasted Mechanism. Ainda que em estúdio o resultado não deixe de ser de grande nível, é em palco que a banda ganha todo o sentido. "Sound Of Light" foi o mote, mas houve espaço ainda para os maiores sucessos dos registos anteriores.


Linkin Park:


Os seis elementos entram em palco. Chester entra com uma vestimenta a revelar a nova postura mais gótica da banda. Gótica a nível lírico, claro. Musicalmente os Linkin Park passeiam-se, agora, pelo Rock mais progressivo. Mike Shinoda também ocupa agora funções na guitarra em algumas canções. Esta nova faceta terá sido imposta pela sua perda de destaque, na renovação do som da banda, que agora é comandada por Chester Benington. Esperava-se um concerto muito virado para a apresentação de "Minutes To Midnight", sem esquecer claro os mais carismáticos temas da banda. Não aconteceu exactamente assim. Os Linkin Park presentearam a audiência exactamente com o que esta pretendia. Nenhum dos singles da banda foi esquecido. "One Step Closer", "points Of Authority", "Crawling" e "In The End" de "Hybrid Theory" e "Faint", "Somewhere I Belong", "Numb", "From The Inside" e "Breacking The Habbit" de Meteora. De "Minutes of Midnight" a banda presenteou o seu público com "Given Up", "Live Out All The Rest". "No More Sorrow" e já em encore "Bleed It Out" e o inevitável primeiro single "What I've Done". Os temas foram "despachados" a grande velocidade, sem que o público tenha por isso saído desiludido da terceira visita dos Norte-Americanos a terras lusas.


5/10


Pearl Jam:


É grande a empatia entre os Pearl Jam e o público Português. Entraram a abrir com "Interstellar Overdrive", "Do The Evolution", "World Wide Suicide" e "Animal". Não se esqueceram de grande clássicos como "Alive" (Já em encore) , "Given To Fly" (dedicada a 2 gémeos que Eddie Vedder diz ter conhecido), "Daughter", "Even Flow" e "Crazy Mary" que possibilita a deixa da noite a Vedder com um sentido "Que se foda Madrid!!". Novo encore com os reis de Seattle a voltarem com "Black", "Rockin' In The Free World" e "Yellow Ledbetter". Seremos desta vez mesmo o melhor público do mundo?


Vencedores da Noite: Pearl Jam

Dia 9


Palco Sagres Mini:


Dapunksportif:


Calhou à melhor banda nacional que 2006 deu a conhecer abrir o segundo dia do Festival. Os Dapunksportif esbanjaram as referências dos Queens Of The Stone Age durante pouco mais que 40 minutos. Temas como "Lady 666", "I Can't Move (But My Head Moves Like A Horse)", o primeiro sucesso da banda e, para terminar, "Summer Boys" provaram que a banda poderia ter aberto outro tipo de palco.


7/10


Palco Optimus:


Triângulo de Amor Bizarro:

A proposta mais estranho do line up do Alive! 07. Uma teclista/baixista com vestimentas tipo empregada de limpeza, uma dinâmica de palco nula e um despachar de temas, quase que exclusivamente instrumentais, fizeram o (pouco) público presente louvar a curta duração do concerto. Despediram-se com um tímido "Grazias".


2/10


Balla:


Outro erro de casting. Os Balla não são banda para grandes palcos. Tal como não são os Mão Morta. E a comparação é tão fácil...! Apresentaram temas dos dois álbuns, com maior destaque para o recente "A grande mentira", dando lugar ainda a versões dos Mão Morta e GNR. No fim, o vocalista reconhece, aquando do anuncio do último tema "Eu sei, eu sei. Os White Stripes". Era imediato.


3/10


The White Stripes (Na foto):

Sabia-se de antemão que os White Stripes pretendiam encher o palco de vermelho e branco à velha moda portuguesa. A nível cénico era de esperar mais. Um simples pano de fundo vermelho com os ecrãs a transmitir imagem apenas a branco, assim como os próprios instrumentos (todos de vermelho). Jack White (todo ele era vermelho), aparece sem o seu característico chapéu retro. Meg tem camisa branca e calças pretas. Ocupam os postos e dá-se azo aos Rock N' Roll dos "manos" White. Meg dá a corda, Jack comanda a acção. O concerto é composto numa primeira parte para fãs que vibram ao som de "Black Math" e "Ball And Biscuits" de Elephant" e os mais antigos "John The Revelator" e "Fell In love With A Girl". Espaço também para apresentar novos temas como "Icky Thump" e "300..." (?). A segunda parte é constituida por um imparável encore com os temas mais emblemáticos da banda, "Blue Orchid", "Doorbell", "I Just Don't Know What To Do With My Self" e o grande tema do novo século, "Seven Nation Army" do qual já era cantada em coro a melodia segundos antes do primeiro riff. Os White Stripes vão um dia ser a maior banda Rock do mundo. Uma vénia a Jack White. Memorável.


9/10


Smashing Pumpkins:


O regresso da banda de Billy Corgan conjugado com o regresso a Portugal eram premissas mais que suficientes para ser construído um alinhamento em formato Best Of. Foi o que aconteceu. Começou com o apadrinhamento de S. Pedro ao primeiro acorde de "Today". Seguiu-se "Stand Beside Your Love", ambas tendo sido cantadas em euforia pelos milhares de fãs. Seguiram-se ainda outros inevitáveis êxitos como "Bullet With Butterfly Wings", 1979", "Tonight Tonight", "Zero" e "Untilted", até se chegar a um duradouro encore com vários solos e momentos de improvisação. Mais um grande concerto carregado de emoção. Corgan e companhia apresentaram-se com estranhas vestimentas a remeter para um qualquer super-herói da Marvel. Corgan apresentou-se ainda, ao terceiro tema, com listas brancas e pretas nas mangas dos membros superiores à presidiário.


7/10


Vencedores da Noite: White Stripes


Pedro Arnaut e Rui Simões

Thursday, June 7, 2007

Oeiras Alive 07! Arranca amanhã!

A primeira edição do Oeiras Alive tem ínicio amanhã, a prometer um conjunto de espetáculos únicos e, algumas boas repetições de alguns dos melhores cabeças de cartaz, que passeiam neste momento a sua música pela Europa!

Cartaz para amanhã:

Pearl Jam (Na foto) - A banda de Eddie Vedder pode já ter passado por Portugal várias vezes, mas a actuação no Oeiras Alive 07! será a estreia no que diz respeito a festivais. 16 anos de carreira e 8 álbuns de estúdio são as premissas para um concerto em jeito de best of onde clássicos como "Alive", "Even Flow", "Black" e "Wishlist" não deverão faltar.

Linkin Park - Os Ex-Reis do enterrado Nu-Metal regressam a Portugal para a sua terceira actuação em terras lusas. "Minutes To Midnight" é o pontapé no passado que os Linkin Park fizeram questão de dar e promete ser a base para o concerto de amanhã.

Blasted Mechanism - Este será o primeiro grande concerto de uma das mais aclamadas bandas nacionais dos últimos tempos. "Sound In light" está fresco e será o prato forte.

The Used - Os The Used são o nome mais surpreendente deste primeiro dia do Oeiras Alive 07! A banda Norte-Americana aposta num Punk/Rock agressivo e lançou já este ano "Lies For The Liars".

O primeiro dia de Festival conta ainda com nomes como os Oioai, Unkle Bob, The Rakes, The Sounds e Mini Shantel & Bucovina Club Orkestar.

Linkin Park - Minutes To Midnight (Crítica) - http://nevermindedmusica.blogspot.com/2007/05/linkin-park-minutes-to-midnight.html

Wednesday, June 6, 2007

Wraygunn - Shangri-La

"Shabgri-La" é, desde já, o principal candidato a melhor disco nacional do ano. Será difícil superar o resultado da nova obra-prima que Paulo Furtado e companhia nos presenteiam a meio de 2007.
Sendo que é no palco que os Wraygunn ganham todo o sentido, é impressionante que também em disco os resultados sejam excepcionais.
"Shangri-La" confirma mais um passo em frente da banda comandada por Paulo Furtado, aka Legendary Tiger Man em outras andanças.
Blues, Soul...Rock N' Roll, puro Rock N'Roll para dançar e saltar. À sequência inicial de "Love Is My New Drug", "She's A Go Go Dancer" e "Love Letters From a Mutherfucka" é impossível resistir e, chega a ser desumano para o paralítico.
O sucessor de Ecleseastes 1.11 é mais uma poderosa arma Rock bem afinada com poder de contágio massivo num palco perto de si.
8/10

Saturday, June 2, 2007

Filme - Tenacious D - The Pick Of Destiny

Diz a "lenda", que todos aqueles que tiveram na sua posse a palheta do destino ("Pick Of Destiny"), não precisavam de ser grandes virtuosos na guitarra para "sacar", virtuosamente, grandes riff's e grandes solos de uma guitarra. Convém referir que a palheta não é mais que uma parte do corpo (um dente) do Diabo em pessoa, que foi alvo de um feitiço.
Jack Black quer ser uma grande estrela de Rock, Kyle Gass insconscientemente também. Jack Black e Kyle Glass acabam por ajudar-se mutuamente na tentativa de conquistarem o sonho de ambos. Tenacious D, o filme (também há a banda ou, melhor, a pseudo-banda criada pelos dois protagonistas) junta as duas personagens numa aventura em busca da tal palheta do destino. Se as premissas não são entusiasmantes, o que dizer do filme em si? Tenacious D é mau, por vezes rídiculo. É o típico filme que tenta a sua sorte na parvoice compulsiva.
Não tem mesmo piada, salvo em um ou outro pormenor nas letras das pseudo-canções lançadas pelas duas personagens principais.
A evitar.
1/10

Low hoje no Santiago Alquimista

A histórica banda de Indie-Rock, os Low actuam pela primeira vez em Portugal, hoje no Santiago Alquimista.
A banda formada em 1993 conta já com 8 álbuns de estúdio entre muitas outras edições. O preço dos bilhetes é de 20€.