Por esta altura já não será surpresa para ninguém o assunto que diz respeito ao cancelamento do mais histórico festival de Música Português, o Vilar de Mouros. Importa analisar a situação.
No dia 13 de Junho é noticiado o cancelamento do Festival no decorrente ano por parte da promotora PortoEventos em conjunto com a Junta de Freguesia de Vilar de Mouros por alegada falta de apoios da parte da câmara Municipal de Caminha. No dia seguinte, a Câmara Municipal de Caminha refuta tais acusações, alegando “Erros de Gestão (…) e dívidas acumuladas”. Passa mais um dia e surgem desta vez acusações da parte da Junta de Vilar denunciando uma divida de 150 mil euros da parte da PortoEventos ameaçando uma hipotética rescisão de contrato com a promotora. A provém de uma divida de 150 mil euros, distribuídos 25 mil por cada ano de Festival desde 2003, que a PortoEventos se havia comprometido a pagar e outros 50 mil para obras de renovação do recinto do Festival. Passadas duas semanas está tudo bem. Simplesmente não vai haver Vilar de Mouros este ano. As duas partes (Promotora e Junta de Freguesia) mantêm o acordo, ainda que com o hiato de um ano. Quem fica realmente a perder? O público fiel do mais carismático Festival Português, os fãs de Brian Wilson e a própria região do Minho, que perde assim, por um ano, o maior evento cultural da zona. Sobra Paredes de Coura que a cada ano que passa se vem a afirmar como o melhor e mais fiável Festival de Verão a nível nacional.
O festival Vilar de Mouros contava já com nomes como o cabeça de cartaz Brian Wilson, Marky Ramone (Ex-Ramones), The Gift, Super Ratones, McAllister, The Queers e Blasted Mechanism. A acabar definitivamente acabará o Festival que trouxe nomes que sempre julgamos ser impossível ver num Festival deste nível. Nomes como U2, Elton John, Bob Dylan ou Iron Maiden. Outros nomes de peso como Skank Anansie, Ben Harper, Stone Roses, Iggy Pop & Stooges, Peter Gabriel, The Cure, The Chemical Brothers, Public Enemy, Megadeath ou Rammstein, também por lá passaram.
Há quem afirme que o hiato se deve ao largo número de eventos a decorrer em Portugal em 2007. Fico-me pela falta de acordo entre as duas entidades responsáveis pelo Vilar de Mouros. Os bilhetes não haviam sequer ainda sido colocados à venda, de modo que seria impossível calcular um eventual fracasso de bilheteira. Além disso, Vilar de Mouros possuí um público próprio que lhe é demasiado fiel para o abandonar (deixemos o ano em que o preço atingiu os 70 euros de parte).
Para o ano deverá haver Vilar de Mouros segundo a promotora. Ou serão os 35 anos o limite?
Saturday, June 23, 2007
Vilar de Mouros - Será 35 o limite?
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