Friday, May 4, 2007

Brincando aos Clássicos: Nirvana - Nevermind

Há muito a escrever sobre Nevermind para além do facto de ter sido o mais marcante álbum dos anos 90 e um dos melhores de sempre. Depois da crueza de Bleach era impossível esperar algo assim. Nevermind é álbum suficiente para mudar o mundo. E mudou mesmo. O nosso, mas principalmente, o dos três jovens músicos de Seattle: Chris Novoselic, Dave Grhol e, particularmente, Kurt Cobain.

Concentremo-nos nas canções. Nevemind possui uma das melhores colecções de riff's de sempre da história do Rock. "Smells Like Teen Spirit" possuirá o melhor de todos. A canção explode com a bateria de Dave Grhol mas é a lírica forte e a rebeldia qb do vídeo que torna a canção num sucesso de nível mundial e num clássico de sempre. Possui ainda um dos melhores solos de todos os tempos que se limita a seguir a melodia da canção. É aqui que a embarcação dos Nirvana dá uma volta de 180º. "In Bloom" possui mais um grande riff e, ao contrário de "Smells Like...", não explode com a bateria de Grhol mas sim com o poderoso refrão cantado por Cobain e duplicado em coro com o baterista da banda. "Come As You Are" é, para não variar, mais um grande e marcante riff, mais um clássico instantâneo, deprimente e talvez a canção com a letra mais ininterpretável dos Nirvana. "Breed" consegue arrancar - sim, adivinharam! - mais um grande riff e, a par de "Stay Away", são as canções com mais groove de "Nevermind". "Lithium" é a canção pseudo-depressiva, em que Cobain expulsa para fora todo o ódio que possui de si mesmo. "Polly" é a balada em que Cobain se coloca na pele de advogado do diabo. Expressa os sentimentos de um violador para com a sua vítima. A letra é baseada numa notícia que havia chocado Cobain. "Territorial Pissings" é a canção mais pesada. Contém frases como "Just because you're paranoid / Don't mean they're not after you" que explicam o porquê de Cobain ter sido, por muitos, considerado um génio. "Star Away" para além do já referido groove lança a par de "Smells Like..." uma certa angústia de Cobain para fora. Frases como "Rather be dead than cool" e, claro, "God Is Gay" provam-no. "Drain you" arranca com "One baby to another said / I'm lucky to met you / I don't care what you think / Unless it is about me", introdução, no mínimo, contagiante. É uma das canções que se diz ter sido composta a pensar em Tobi Vail - vocalista das Bikini Kill que havia deixado Cobain por não desejar relações sérias. "On a Plain" é um hino à improvisação! O líder dos Nirvana debita, em piloto automático, uma letra que é obviamente...improvisada (É certo, sabido e admitido que Kurt compunha as letras à pressa no final das gravações). A canção começa mesmo com "I'll start this off without any words". Comprovado! Something In The Way" é mais uma balada que descreve a experiência do vocalista na altura em que foi expulso, pela mãe, de sua casa. O álbum acaba com uma Jam, em que a banda segue Cobain que explode de fúria. Indecifrável!

A mistura de rebeldia, groove, distorção, a voz de Cobain, a forte bateria de Grhol e alguns dos melhores riff's da história do Rock, tornam Nevermind num clássico incontornável da história do Rock e Cobain num ícone da música ao nível de Freddy Mercury ou Jim Morrison.

1 comment:

Alexandre Pereira said...

é mesmo dos melhores álbuns que eu alguma vez ouvi. São certas músicas que os fizeram entrar para a história, e muitas delas, estão neste álbum!

Boas